Segundo
os dados mais recentes do CAGED, apenas as economias de Macaé e Campos
registraram saldo líquido positivo de empregos na indústria em fevereiro de
2025. Já Rio das Ostras e São João da Barra enfrentaram perdas de postos de
trabalho no setor industrial, o que representa um sinal negativo para a
economia do Norte Fluminense.
Será inaugurado hoje o
novo prédio da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Campos dos Goytacazes
(RJ), pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, às 16 horas.
Esta é a segunda vez que o presidente Lula visita
Campos. Na primeira ocasião, ele já havia saído do seu segundo mandato; agora,
retorna como chefe de Estado e de Governo no seu terceiro mandato.
A inauguração é altamente simbólica no atual
cenário político e demonstra a preocupação do presidente com a educação e a
juventude. Sem educação, não construiremos uma grande nação e o jovem sem
qualificação, diante das transformações revolucionárias no mercado de trabalho
em escala global, terá dificuldades para se inserir no mercado formal.
Por fim, vale a máxima: “Enquanto alguns políticos se preocupam em construir presídios, o atual
presidente do Brasil constrói escolas.” Simples assim.
Saíram os primeiros
números da execução orçamentária do primeiro bimestre de 2025 dos municípios de
Macaé e São João da Barra, enquanto os de Campos e Rio das Ostras ainda não
foram prestados contas ao TCE-RJ. O que está acontecendo?
Com base nos dados orçamentários, observamos que
Macaé gastou, em janeiro e fevereiro de 2025, 6,32% a mais com saúde em comparação ao mesmo período de 2024,
considerando seu orçamento bilionário de R$ 1.065.658.200,00 para a área em 2025.
Já a Prefeitura de São João da Barra, com um
orçamento total de R$ 213.801.583,59
destinado à saúde neste ano, aumentou seus gastos em 20,92% em relação ao primeiro bimestre de 2024.
Portanto, os orçamentos destinados à saúde pública
em Macaé e São João da Barra são expressivos. Como se verifica no gráfico,
apenas Macaé já aportou mais de R$ 100
milhões na área da saúde nos dois primeiros meses do ano. É muito dinheiro. Mas será que a população
está sendo bem atendida?
O IBGE divulgou hoje a inflação oficial de março medida pelo IPCA, que
ficou em 0,56%. Em fevereiro, o índice havia sido de 1,31%, o que representa
uma desaceleração de 0,75 ponto percentual. Ainda assim, trata-se do maior
índice para o mês de março desde 2023.
A redução da
inflação em março já sinaliza a eficácia da política monetária austera adotada
pelo Banco Central (BACEN), com elevação da taxa de juros para conter a
atividade econômica.
Dos nove
grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, todos apresentaram alta
nos preços no mês, com destaque para Alimentação
e Bebidas, que subiu 1,17% e foi o principal responsável pelo impacto no
índice (0,25 p.p.), respondendo por cerca de 45% do IPCA de março.
Apesar da
recuperação gradual do poder aquisitivo das famílias, o aumento dos preços dos
alimentos segue sendo uma das maiores fontes de incômodo no orçamento
doméstico. Esse cenário gera desconforto e pressiona inclusive a popularidade
do atual presidente da República.
Agora, resta acompanhar os próximos meses para verificar se a chegada da
nova safra agrícola contribuirá para a redução dos preços dos alimentos. Essa é
a expectativa dos agentes econômicos.
O IBGE
divulgou hoje as estatísticas referentes ao desempenho do setor de serviços da
economia brasileira em fevereiro de 2025. Houve um avanço de 0,8% no volume de
serviços em comparação com o mês anterior. No acumulado do ano, o segmento
registra uma expansão de 2,6%, enquanto, no intervalo de 12 meses encerrado em
fevereiro, o crescimento foi de 2,8%.
Dentre as
atividades que mais contribuíram para esse resultado positivo estão telefonia,
alimentação fora do lar, tecnologia da informação, hospedagem e transporte.
Assim, mesmo
diante da elevação da taxa básica de juros pelo Banco Central (BACEN), o país continua
em trajetória de recuperação, impulsionando a geração de empregos e o aumento
da renda da população.
O mercado da
construção civil, segundo o CAGED, no mês de fevereiro de 2025 em comparação
com fevereiro de 2024, apresentou melhoras nas contratações das economias de
Campos, Macaé e Rio das Ostras, com a criação de mais postos de trabalho. Em
contrapartida, a economia de São João da Barra registrou uma retração de 79,07%
na geração de empregos com carteira assinada.
A título de
esclarecimento, em fevereiro de 2024 o saldo líquido foi negativo nos
municípios de Campos, Macaé e Rio das Ostras. Já em São João da Barra, o número
de vagas criadas foi de 127 empregos formais.
Portanto, o
setor da construção civil retoma seu fôlego no que diz respeito à
empregabilidade no início de 2025 na região Norte Fluminense. Uma excelente
notícia!
O mundo
financeiro e dos negócios estremeceu com a ameaça do novo "tarifaço"
do furacão Donald Trump. Ontem, as bolsas de valores ao redor do globo fecharam
em queda após o governo Trump declarar que aumentará ainda mais as tarifas, podendo
dobrar as taxas sobre produtos chineses,
elevando-as em até 104%. Um verdadeiro terremoto econômico provocado por Trump,
símbolo máximo da extrema-direita mundial e da decadência da política
internacional.
Diversos
bilionários de Wall Street, que anteriormente apoiaram Trump, agora se
manifestam contra ele, pois já começaram a sentir os prejuízos causados pelo
“tarifaço”. A expectativa é de uma forte recessão econômica nos Estados Unidos,
com impactos severos em escala global.
O ambiente
de incerteza levou o mundo corporativo a adiar investimentos, afetando
negativamente as bolsas. Um exemplo emblemático é Elon Musk, que perdeu US$ 4,4
bilhões em um único dia, após novas quedas nas ações da Tesla. No acumulado do
ano, a perda já soma US$ 134,7 bilhões.
Musk, que
ocupa um cargo no Departamento de Eficiência do governo Trump para promover
reformas no Estado, confidenciou a colegas, em informação vazada à imprensa,
que pretende deixar o governo. A crise revela o dilema clássico: "apoio o
governo, desde que ele não prejudique meu bolso", o que agora se aplica ao
próprio Musk, que vê seu patrimônio e o de outros bilionários americanos
derreterem.
Enquanto
isso, no Brasil, figuras como os bolsonaristas Tarcísio de Freitas (SP) e Romeu
Zema (MG), aliados ideológicos de Trump, evitam comentar o impacto das tarifas
sobre as exportações da indústria paulista e o setor siderúrgico mineiro. Já
Bolsonaro e seu filho Eduardo seguem ao lado de Trump, mesmo que isso contrarie
os interesses nacionais.
Essa é a
consequência de se votar em extremistas. Nada se constrói pelos extremos, é no
equilíbrio que se encontra o caminho, como ensinava Buda.
Estoque
de mão de obra de janeiro a dezembro de 2023 e 2024 - Campos dos Goytacazes (RJ)
A tabela
apresenta o volume de empregados formais, ou seja, o total de pessoas com
carteira assinada em cada setor da economia de Campos dos Goytacazes (RJ), no
período de janeiro a dezembro dos anos de 2023 e 2024.
De acordo
com os dados, o contingente profissional registrado em 2023 atingiu 79.073
indivíduos. No ano seguinte, esse valor aumentou para 81.950, resultando em uma
elevação de 3,64% nas admissões.
A área que
mais absorveu trabalhadores nos dois anos foi a de serviços, seguida
pelo comércio. Já a agropecuária ocupou a última colocação no
ranking setorial, mantendo-se como a lanterninha na geração de empregos
formais no município.
Diante
disso, é possível concluir que a dinâmica econômica local segue sustentada,
majoritariamente, pelo setor terciário. E quanto à agropecuária de Campos? Continua sendo apenas um elemento retórico
nas campanhas institucionais da prefeitura, uma autêntica quimera.
Campos gerou 14 mil empregos nos últimos 4 anos. A informação foi passada com exclusividade ao J3News na última semana de março, pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, através do setor de indicadores sociais da pasta.
O número foi destacado pelo município como mais positivo da gestão Wladimir Garotinho no primeiro mandato do prefeito (2021-2024). O segmento que mais produziu vagas foi o de serviços.
Coordenador do Núcleo de Pesquisa Econômica do RJ (Nuperj), o professor Alcimar Chagas, pós-doutorado em economia pela UFRJ, analisa o cenário:
“Talvez esta análise possa explicar melhor a economia do município. O setor de serviços tem índice de 47%. Se essas atividades fossem densas em tecnologia seria ótimo, porém trata-se de ocupações de baixa e média escolaridade com baixos salários. O mesmo acontece com o setor de comércio. Com características muito parecidas, concentra 21% do estoque de vínculos. Chama atenção a proporção limitada das atividades industriais, com 10%, e da agropecuária com somente, 2% do total”, pontua. E acrescenta, criticando o baixo investimento público no segmento:
“Como município produtor de petróleo e beneficiário de rendas petrolíferas, o padrão de investimento público tem sido baixo, não favorecendo o fomento à indução de negócios com maior padrão de conhecimento. Por outro lado, as microempresas criadas apresentam perfil de empreendedorismo por necessidade, ou seja, baixo investimento, baixo padrão tecnológico, além de expectativa breve de vida útil”, complementa.
De acordo com o Nuperj, a evolução do índice de dinâmica econômica do município, entre 2019 a 2023, não apresentou indícios de avanço, mantendo um padrão de dinâmica regular e moderada ao longo do período:
“Uma observação interessante é de que Campos tem se apoiado na sua localização estratégica entre as aglomerações econômicas do setor petrolífero, em Macaé, e da estrutura portuária do Açu, em São João da Barra. O fato de contar com estrutura de cidade mais vigorosa, em função da rede de instituições de ensino, saúde, lazer, etc, ‘suga’ parte das externalidades positivas geradas pelas mesmas aglomerações citadas”, conclui o especialista.
Segundo os
dados mais recentes do CAGED, em fevereiro de 2025, em comparação ao mesmo mês
de 2024, o setor de prestação de serviços em Campos apresentou uma retração de
-32,07% no número de empregos formais. Já em Macaé, houve um crescimento de
40,07%, enquanto Rio das Ostras registrou um aumento de 8,10% nas contratações
com carteira assinada. Em São João da Barra, a expansão foi ainda mais
expressiva, com 64,89% de novos postos de trabalho formais.
Diante desse
panorama, observa-se que, entre os municípios analisados no gráfico, apenas
Campos apresentou redução na criação de vagas no período em questão,
evidenciando a vulnerabilidade da sua economia no contexto atual.
Portanto, os
três municípios que registraram avanço no mercado de trabalho em fevereiro de
2025, em relação a 2024, são justamente aqueles com presença significativa do
setor industrial. Isso reforça a importância da indústria como motor essencial
para o crescimento econômico. Sem ela, o desenvolvimento tende a estagnar.
O presidente
da República assinou, nesta quinta-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto,
um decreto que antecipará o pagamento do décimo terceiro do INSS para
aposentados e pensionistas, com depósitos previstos para o final dos meses de
abril e maio. Trata-se de uma excelente notícia para a categoria e para o país.
A medida tem
o potencial de injetar mais de R$ 70 bilhões na economia brasileira e
beneficiar cerca de 35 milhões de pessoas. O anúncio foi feito um dia após a
divulgação da pesquisa eleitoral Genial/Quaest, contratada pelo mercado
financeiro, que indica uma queda na popularidade do presidente.
Entretanto,
a mesma sondagem aponta que, se a eleição presidencial fosse hoje, o presidente
Lula venceria todos os demais candidatos no segundo turno, garantindo assim um
quarto mandato como chefe maior da nação.
Portanto,
prevalece aquela velha máxima: o governo pode até estar mal avaliado, mas se o
candidato for o Lula, ele ainda é considerado melhor do que os demais. E assim,
o eleitor diz: "Eu voto nele". Esse é o comportamento do soberano
eleitor. Vai entender, pessoal!
Foi
publicado o número de pessoas cadastradas, ou em situação de pobreza, no
CADÚNICO do Ministério da Cidadania do Governo Federal, referente ao mês de
março de 2025, nos municípios pertencentes às Bacias Petrolíferas de Campos e
de Santos. Esta última é composta pelas cidades de Maricá, Niterói e Saquarema.
No que diz
respeito a Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, a pobreza
apresentou redução em março de 2025, em comparação com março de 2024, nas
seguintes proporções: -6,80%, -1,35%, -4,57% e -0,36%, respectivamente.
Já em
relação às cidades hoje consideradas a "rota da fortuna", a pobreza,
em vez de diminuir, como seria esperado
diante dos investimentos e maiores oportunidades, aumentou. Em Maricá, houve um
crescimento de 6,95%; em Niterói, de 3,17%; e em Saquarema, de 3,33%. Um
cenário curioso e contraditório.
Portanto,
chega-se rapidamente à conclusão de que, em alguns casos, o excesso de recursos
pode atrapalhar, como parece ocorrer na
atual conjuntura com os grandes recebedores das rendas do petróleo da Bacia de
Santos.
De acordo
com os dados do CAGED de fevereiro de 2025, comparados aos de fevereiro de
2024, referentes aos empregos no setor comercial dos municípios de Campos,
Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, observa-se o seguinte cenário:
Campos foi o
único município que apresentou saldo líquido negativo nos dois períodos
analisados. Já São João da Barra teve resultado negativo apenas em fevereiro de
2025, o que evidencia certa fragilidade do comércio nessas duas cidades.
Por outro
lado, Macaé e Rio das Ostras apresentaram um ambiente mais favorável para o
setor comercial em ambos os períodos. Esse desempenho positivo está fortemente
atrelado à renda gerada pela indústria do petróleo, que impulsiona a economia
local.
Portanto,
sem o suporte da indústria petrolífera, a atividade do comércio de Macaé e Rio
das Ostras tende a perder tração. Viva a indústria do petróleo!
De acordo
com os dados mais recentes do CAGED, referentes ao mês de fevereiro de 2025,
realizamos uma comparação entre os números de fevereiro de 2024 e as variações
observadas na economia brasileira e no estado do Rio de Janeiro. O objetivo é
proporcionar uma compreensão mais clara aos leitores sobre a dinâmica do
mercado de trabalho nas duas escalas econômicas, antes de entrarmos na análise do mercado de trabalho em Campos.
Na economia
nacional, em fevereiro de 2024, foram gerados 307.544 postos de trabalho
formais, enquanto em fevereiro de 2025, esse número subiu para 431.995,
resultando em um crescimento de 40,47% na criação de empregos.
Em relação à
economia do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2024, foram abertas 17.238 vagas
formais, e em fevereiro de 2025, o número subiu para 31.974, o que representa
uma expansão de 85,49% no mercado de trabalho fluminense. Esses números indicam
um aquecimento da atividade econômica tanto no Brasil quanto no estado, apesar
da alta taxa de juros da Selic, estabelecida pelo Banco Central para controlar
a demanda por bens e serviços.
Passando
para a análise dos empregos criados na economia de Campos em sintonia com o gráfico, em fevereiro de 2024
foram abertas 518 vagas com carteira assinada. No entanto, em fevereiro de
2025, houve uma leve retração de 7,92%, resultando no quantitativo de 477
postos de trabalho formais.
Vale
destacar que, tanto em fevereiro de 2024 quanto em fevereiro de 2025, o setor
de serviços foi o principal responsável pela abertura de empregos no município. Em contrapartida, o setor comercial foi o que
mais destruiu postos de trabalho no mesmo período, com a mesma quantidade de
vagas fechadas tanto em fevereiro de 2024 quanto em 2025.
Portanto,
apesar da retração de 7,92% na oferta de empregos formais em Campos, o cenário
de emprego foi bastante positivo no âmbito nacional, estadual e municipal.
Vamos comemorar!
A região Norte Fluminense gerou um saldo de 2.162 empregos em
fevereiro com substancial participação de Macaé, responsável por 73,45% do
total. Campos gerou um saldo de 477 empregos e São João da Barra um saldo de 91
empregos no mês. No acumulado do bimestre foram gerados 2.484 empregos, com
participação de 80% de Macaé e 19,2% de Campos dos Goytacazes.
Na avaliação setorial, considerando os principais municípios
geradores de emprego (Macaé, Campos, São João da Barra e São Francisco de
Itabapoana), as atividades de serviços lideraram o processo com a geração de
2.107 vagas, seguido palas atividades de construção civil com 449 vagas e das
atividades industrias com 218 vagas no período. O setor agropecuário gerou 37
vagas, enquanto o setor de comércio eliminou 278 vagas no bimestre.
O estado do Rio de Janeiro gerou 19.702 vagas de emprego e o
país gerou 576.081 vagas de emprego no bimestre deste ano.
A Reforma
Administrativa proposta pelo governo Wladimir Garotinho é, na prática, uma
justificativa honrada apenas no discurso para promover a demissão em massa dos
RPAs, justamente os mesmos que o ajudaram a se reeleger, a eleger 19 vereadores
e até a colocar seu concunhado na presidência do Poder Legislativo local.
No site da
prefeitura, o prefeito afirma que irá criar novas secretarias e fundir outras
para dar mais eficiência à máquina pública, com o objetivo de melhorar a
implementação das políticas públicas voltadas às demandas da sociedade
campista.
No entanto,
a realidade é que a Prefeitura de Campos atravessa uma grave crise fiscal e
financeira. Entre janeiro e dezembro de 2024, a despesa fixa e variável somou
R$ 1.508.318.117,18, com uma folha de pagamento de R$ 1.311.586.320,87 para os
servidores públicos, pagamento de dívida no valor de R$ 68.820.771,28, mais R$
5.261.657,36 de juros. A isso se soma a queda na arrecadação fiscal e a
suspensão de diversos pagamentos, incluindo um calote à Caixa Econômica
Federal.
Diante desse
cenário, a prefeitura encerrou o ano de 2024 com um déficit fiscal superior
a R$ 250 milhões.
Portanto,
para seguir administrando o município e mantendo a máquina pública em
funcionamento, isso se ele permanecer no cargo até o fim do mandato, o
prefeito encontrou uma “desculpa esfarrapada” para pedir o sacrifício
justamente de quem ganha menos. Um típico gesto de um bom neoliberal: cortar do
trabalhador pobre enquanto preserva os contratos generosos dos grandes
empresários ligados à prefeitura e ao seu grupo político.
Com todo
respeito, prefeito: isso que o senhor está fazendo é cuspir no prato que comeu.
Sinto muito, mas a conta, mais uma vez, está sendo paga por quem mais precisa.
É lamentável sua ingratidão!
Foi
depositado, no dia de hoje, com atraso,
diga-se de passagem, o pagamento das parcelas dos royalties referentes ao mês
de março de 2025, tanto para os municípios pertencentes à Bacia de Campos
quanto para aqueles que integram a Bacia de Santos, como Maricá, Niterói e
Saquarema.
Apenas para
esclarecimento: no caso da Bacia de Campos, Macaé ficou com a maior fatia das
rendas provenientes do petróleo. Já na Bacia de Santos, Maricá recebeu o maior
volume de recursos financeiros.
Portanto, o
dinheiro das indenizações petrolíferas chegou em boa hora, aliviando as
finanças de algumas prefeituras soterradas em dívidas, especialmente a de
Campos. Os prefeitos agradecem penhoradamente.
O IBGE
divulgou hoje a prévia da inflação de março, medida pelo IPCA-15, que ficou em
0,64%. Em comparação com fevereiro de 2025, a inflação recuou 47,97%. Ao
observarmos a curva do gráfico, nota-se que o índice de março supera os de
janeiro e março de 2024 que foram,
respectivamente, 0,55% e 0,36%, mas ainda está abaixo do registrado em
fevereiro de 2024, que foi de 0,76%.
Esse cenário
evidencia os impactos significativos do arrocho monetário promovido pelo Banco
Central (BACEN) sobre o "tigre inflacionário" que corrói o orçamento
das famílias brasileiras. A taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,25%,
encarece o crédito e reduz a demanda por bens e serviços.
Todavia,
apesar de o índice de março ser menor que o de fevereiro, a inflação dos
alimentos continua pesando no bolso do consumidor. O destaque negativo vai para
o ovo, que teve um aumento de 19,44%, tornando-se o novo vilão da inflação.
Também houve alta nos preços do tomate (12,75%) e do café (8,53%).
Outro ponto
que merece destaque é o fato de que a inflação de março foi menor que a de
fevereiro principalmente porque não houve majoração na tarifa de energia elétrica,
como ocorreu no mês anterior.
Por fim,
consideramos positiva a queda da inflação em março, pois preços mais baixos
significam mais renda disponível para os trabalhadores ainda que alguns aumentos, como os citados
acima, continuem preocupando.
Segundo Processo: 0104001-71.2017.4.02.5101 Autora: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Réu: MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES E OUTRO Cód. Exp.: 19.000.10423/2017
A Prefeitura
de Campos dos Goytacazes (RJ) suspendeu, em 01/07/2024, o pagamento da dívida
contraída pela então prefeita Rosinha em 2016, com o objetivo de cobrir o rombo
realizado pela sua gestão. O endividamento ocorreu em meio à queda na
arrecadação de royalties do petróleo e, vale ressaltar, também em razão do
excesso de gastos na Administração Pública local em 2014, ano em que um aliado
político da prefeita disputou o governo do estado do Rio de Janeiro, sendo
derrotado ainda no primeiro turno da eleição para o Palácio Guanabara.
Segundo a
Caixa Econômica Federal, o crédito recebido pelo município a título de
royalties e participação especial sobre a produção de petróleo e gás natural,
no período de 01/07/2024 a 24/02/2025, foi de R$ 516.572.364,13. Desse montante,
a parcela apropriada indevidamente pela prefeitura, de acordo com a instituição
financeira, corresponde a 10%, ou seja, R$ 51.657.236,41.
A Caixa
Econômica Federal requer o pagamento desse valor para amortizar a dívida
referente ao contrato firmado em maio de 2016, o qual estabelecia que o
município deveria destinar 10% das receitas de royalties e participação
especial ao pagamento do aludido débito.
Diante
disso, surge a dúvida: estaríamos presenciando um calote dado pelo governo de
Wladimir Garotinho em pleno ano eleitoral de 2024? Ano em que, aliás, ele se
reelegeu prefeito, elegeu 19 vereadores e, de quebra, elegeu seu concunhado à
presidência do Poder Legislativo municipal no final do ano. Realmente, o homem
é bom de articulação política!
Mas e a
dívida, prefeito? Vai pagar ou não? Ou ficaremos mesmo com o calote?
Agora, resta
aguardar a defesa do governo dos Garotinhos na Justiça sobre a acusação da
Caixa Econômica Federal, que aponta a apropriação indevida da parcela devida
pela municipalidade.
No
comparativo dos valores dos royalties recebidos pelos municípios de Campos,
Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, repassados pela ANP, entre janeiro
de 2024 e janeiro de 2025, conforme evidenciado no gráfico, observa-se uma
variação nos repasses das rendas do petróleo.
Houve uma redução
de 12,71% para a Prefeitura de Campos, queda de 0,26% para Rio das
Ostras e recuo de 6,29% para São João da Barra. Por outro lado, Macaé
apresentou um aumento de 0,26% no valor recebido.
Portanto, em
janeiro de 2025, comparado ao mesmo mês de 2024, os municípios produtores de
petróleo da Bacia de Campos iniciam o ano com uma leve queda na receita
proveniente do petróleo. Agora, resta aguardar os repasses referentes a
fevereiro, que serão depositados em março. Vale destacar que, até o momento,
esses valores estão em atraso.
De acordo
com a execução orçamentária do ano de 2024, encaminhada pelos municípios ao
TCE-RJ, referente à pasta da Agricultura de Campos, Macaé, Rio
das Ostras e São João da Barra, observa-se uma grande disparidade nos
investimentos realizados.
A Prefeitura
de Macaé foi a que mais destinou recursos financeiros à agricultura, mesmo com
uma economia majoritariamente sustentada pela exploração de petróleo. Em
seguida, aparece São João da Barra, cujo dinamismo econômico está fortemente
ligado aos investimentos realizados no Porto do Açu.
Logo depois
vem Campos, que, dentro do atual contexto, investiu mais do que Rio das Ostras,
município que aportou apenas R$ 8.000,00 em atividades agrícolas. Vale lembrar
que, em Rio das Ostras, a economia é impulsionada principalmente pela Zona
Especial de Negócios (ZEN) e pelo forte setor de prestação de serviços.
Portanto, ao
contrário do discurso propagado pelo governo Wladimir Garotinho, que afirma que
Campos possui uma agricultura forte, os dados orçamentários mostram o oposto. A
agricultura do município continua estagnada, e as duas usinas de açúcar enfrentam uma crise financeira sem precedentes. Como se observa nos quantitativos, o
aporte financeiro em agricultura foi inferior ao de São João da Barra, o que evidencia
a falta de prioridade do governo municipal para o setor.
Diante desse
cenário, fica claro que o governo aposta mais em marketing e presença nas redes
sociais, especialmente no Instagram, do que em políticas públicas efetivas para
a agricultura. Uma estratégia que, diante dos números, se revela como uma
grande ilusão.
O gráfico
apresenta a execução orçamentária da área da Educação, de janeiro a dezembro de
2024, nos municípios de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, com
base em dados extraídos do TCE-RJ.
Como se
observa, dentro desse contexto, Macaé foi o município com o maior gasto em
termos absolutos na região Norte Fluminense, o que não chega a ser uma
novidade, considerando que o município possui um robusto orçamento fiscal, que
em 2024 ultrapassou a marca dos R$ 4 bilhões.
Portanto,
ainda que pareça redundante, vale destacar: Macaé tem muito dinheiro. Viva a
economia do petróleo!
O gráfico apresenta a
evolução dos empregos no mercado de trabalho da economia de Rio das Ostras, de
janeiro a dezembro de 2023 e 2024, com base no saldo líquido mensal total.
Entre
os municípios analisados nas quatro postagens que fizemos ao longo da semana
sobre empregabilidade, Campos, Macaé,
São João da Barra e, hoje, Rio das Ostras, o único que deixou de gerar empregos
em 2024 foi São João da Barra, onde está localizado o Porto do Açu. No entanto,
vale lembrar que, em 2023, o município criou postos de trabalho.
Com
isso, encerramos hoje a série histórica de postagens sobre a empregabilidade
anual dos municípios do Norte Fluminense que exibem maior volume de negócios, impulsionado
pela diversidade de atividades econômicas presentes em seus territórios.
No comparativo entre
janeiro e março de 2024 em relação ao mesmo período de 2025, observa-se que, no
primeiro trimestre de 2024, a taxa Selic estava em um patamar inferior ao do
primeiro trimestre de 2025. De acordo com a última reunião do Comitê de Política
Monetária (COPOM) do Banco Central, realizada ontem, a taxa foi elevada para
14,25% ao ano.
Essa
conjuntura demonstra claramente a piora do cenário econômico brasileiro,
especialmente no que se refere ao crescimento da inflação. Apesar de o PIB do
ano passado ter superado a marca de 3% ao ano, a alta dos preços foi
impulsionada principalmente pela inflação dos alimentos, fator que tanto
aflige as famílias brasileiras e tem contribuído para a queda da popularidade
do Presidente da República. Diante desse contexto, os diretores da autoridade
monetária do país foram obrigados a majorar novamente a taxa básica de juros,
na tentativa de conter a espiral inflacionária e trazê-la de volta à meta
estabelecida pelo Banco Central.
Outro
ponto de grande preocupação, sobretudo para o mercado financeiro, é o
equilíbrio das contas públicas. Vale lembrar que, no ano passado, o governo
conseguiu encerrar o período dentro da meta fiscal, fato que parece ter sido
convenientemente ignorado pelo “Deus mercado”. Se o mercado deseja um ajuste
fiscal, concordo que ele deve ser buscado, mas não à custa do corte de programas
sociais que garantem o sustento de milhões de famílias pobres em todo o país.
Ainda que esse discurso seja frequentemente disfarçado, a realidade é clara:
querem exigir, mais uma vez, sacrifícios dos mais vulneráveis enquanto
preservam seus próprios privilégios.
No
entanto, há sim alternativas para o ajuste fiscal que raramente são cogitadas.
Um exemplo seria a redução de um percentual dos subsídios e das renúncias
fiscais concedidas a diversos setores empresariais do Brasil, que, somente
neste ano, alcançarão a impressionante cifra de R$ 600 bilhões. Essa medida
poderia gerar caixa suficiente para equilibrar as contas públicas sem penalizar
a população mais carente. Mas será que alguém da Avenida Faria Lima em São
Paulo estaria disposto a enfrentar essa briga? É sempre mais fácil cortar do
que já é pouco para os pobres, não é mesmo?
Por
fim, é inegável que a inflação precisa ser combatida. Ela funciona como um
imposto perverso sobre o orçamento das famílias brasileiras, especialmente as
de menor poder aquisitivo. Existe uma solução? Sim, e, no curto prazo, uma
delas já está a caminho: a supersafra de alimentos prevista para este ano, que
certamente contribuirá para reduzir a pressão inflacionária e melhorar o
cenário econômico.
Os dados apresentados
neste blog mostram que a economia macaense registrou perda de empregos apenas
em junho e dezembro de 2023. Já em 2024, a redução de vagas formais ocorreu em
janeiro e dezembro.
A
série histórica revela a grande capacidade do setor produtivo de petróleo e gás
de gerar empregos e renda na região Norte Fluminense.
Sem
dúvida, a força do petróleo é um fator determinante para o crescimento
econômico regional. Sem essa atividade, a economia do Norte Fluminense estaria
em uma situação muito mais delicada.