segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Crise fiscal de Campos já recai sobre os mais pobres do CADÚNICO

 


Do orçamento da Assistência Social do município de Campos dos Goytacazes (RJ), estimado em R$ 109,750 milhões para este ano, a prefeitura executou apenas 48,23% entre janeiro e junho, ou seja, menos da metade no primeiro semestre.

Em relação ao comparativo entre os gastos do primeiro semestre de 2025 e o mesmo período de 2024, houve uma redução de 14,49%, o que, em valores absolutos, corresponde a R$ 52,934 milhões. No entanto, em 2024, ano eleitoral, o montante foi superior, como evidenciado no gráfico.

Dessa forma, o volume aplicado na área social em 2025, em um município com quase metade da população em situação de pobreza ou vulnerabilidade inscrita no CADÚNICO, reforça a percepção de que, diante da crise fiscal e financeira atual, a prefeitura está promovendo cortes para se ajustar à nova realidade de queda na receita corrente. Trata-se do conhecido ajuste fiscal, tão defendido pelos liberais, sobretudo quando recai sobre os mais pobres, que não têm voz para reagir.


sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Arrecadação estagnada impõe à prefeitura de Campos o ajuste que sempre evitou

 

O gráfico apresenta a estrutura resumida das principais despesas correntes e de capital da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ) de janeiro a junho de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024.

Como se observa pelos números, diante do pequeno avanço na receita total do município, que nos seis primeiros meses de 2025 cresceu apenas 4,34% em relação ao ano anterior, esse desempenho modesto é resultado da queda nas arrecadações mais relevantes, sobretudo dos royalties e participações especiais.

Diante disso, o prefeito de Campos está sendo forçado, mesmo contra sua vontade, pois é de conhecimento geral que a tradição da família Garotinho é de uso abusivo dos recursos públicos, até levar a máquina administrativa à exaustão, a adotar um ajuste fiscal rigoroso. Esse processo atinge a folha de pagamento, que apresentou uma redução discreta de 0,58% no período, bem como os gastos com juros, amortizações, investimentos e o custeio da estrutura pública.

Neste último caso, os custos fixos e variáveis, que envolvem despesas com fornecedores, empreiteiras e serviços em geral, apresentaram retração de 17,05% no primeiro semestre de 2025, comparado ao mesmo intervalo de 2024, conforme destacado no gráfico.

As variações percentuais em vermelho ilustram com clareza o esforço do governo municipal, que enfrenta sérias dificuldades para compatibilizar uma estrutura de muita despesa com a dura realidade de queda na arrecadação. Não é coincidência que, no momento, haja muitos credores sem receber. É a realidade nua e crua. Por essas e outras razões, o comércio local sente que o dinheiro desapareceu da economia da cidade. E, ao que tudo indica, essa é a razão principal.