Conforme os dados do número
de pessoas cadastradas no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal, de
janeiro de 2025 em comparação a janeiro de 2024, com base em informações do
Ministério da Cidadania, observa-se uma variação positiva e negativa nos
municípios produtores de petróleo do estado do Rio de Janeiro, abrangendo tanto
a Bacia de Campos quanto a Bacia de Santos.
Na tabela apresentada,
nota-se que nos municípios pertencentes à Bacia de Campos, como Campos dos
Goytacazes, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, houve uma leve redução
no número de pessoas cadastradas no CadÚnico ou classificadas como pobres. Esse
cenário representa uma notícia animadora no início deste ano.
Por outro lado, nos
municípios da Bacia de Santos, que atualmente recebem volumosos recursos
provenientes da exploração dos poços do pré-sal, a pobreza apresentou aumento.
É o caso de Maricá, Niterói e Saquarema. Apesar das maiores receitas
disponíveis nos cofres dessas prefeituras, constata-se que, ao invés de serem
traduzidas em oportunidades de emprego por meio de investimentos públicos em
obras e atividades econômicas capazes de mitigar o sofrimento da população,
ocorre o oposto: a miséria e o número de dependentes dos programas sociais
cresceram entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025. O que está acontecendo?
Diante dessa situação, cabe
uma reflexão: será que a Bacia de Santos repetirá o mesmo ciclo verificado na
Bacia de Campos, onde, entre 1999 e 2014, as administrações municipais
desperdiçaram as oportunidades oferecidas pelo ciclo do petróleo para
transformar a realidade socioeconômica de seus territórios? O futuro dirá. No
entanto, há indícios de que a história está se repetindo, infelizmente.
Por fim, amanhã o blog
divulgará os percentuais de pobres em relação ao total de habitantes desses
municípios. Os quantitativos são, antecipadamente, vergonhosos e alarmantes.
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