terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Açu Hotel é ameaça ao setor hoteleiro de Campos dos Goytacazes (RJ)

 


 

O Complexo Portuário do Açu, idealizado pelo empresário Eike Batista, inaugurou no dia 17 de outubro o seu primeiro hotel corporativo. Com 64 quartos, o Açu Hotel conta com salas de reuniões e de jogos, lounge bar e um restaurante que leva a assinatura do Baby Beef Premium, segundo reportagem do site Diário do Rio.

Inclusive, as construções não param por aí. Serão construídos mais 200 quartos para atender a demanda dos profissionais e visitantes do complexo. Caramba.

Tal investimento confirma apenas, o que vários pesquisadores da região falam há anos sobre o Porto do Açu.  Ele é um verdadeiro enclave econômico, ou seja, o empreendimento não dialoga com a economia regional. Para esclarecer melhor, o Porto é um condomínio econômico, cujas atividades econômicas ocorrem somente dentro dele. A despeito do Açu gerar atualmente em torno de cinco mil empregos com a carteira assinada.

Mas, em face da quantidade de dinheiro que está empatada ali, ainda é muito pouco o que ele oferece em contrapartida, as economias dos municípios do interior do Estado do Rio de Janeiro.

O pior de tudo, é que o setor hoteleiro de Campos, edificado no passado com hotéis de marcas internacionais e os hotéis já existentes de empresários campistas, gerador de emprego e renda, cujo maior propósito antes era atender a demanda de executivos das empresas do porto. E que na atual conjuntura, sobrevivem das hospedagens de funcionários da Petrobrás e suas empreiteiras, por conta do Covid-19, estão por conta desse mega investimento, sob ameaça no que diz respeito aos seus negócios. Isso que é dureza. Vamos aguardar, portanto, as consequências.       

 

 

Um comentário:

  1. Está aí a diferença de um empreendimento privado para um público. Se fosse de responsabilidade da Petrobras ou outra estatal, certamente teriam manifestações e reclamações, buscando atender o mercado campista.

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