terça-feira, 7 de outubro de 2025

Empregabilidade do comércio avança em Campos e São João da Barra, mas recua em Macaé e Rio das Ostras em agosto de 2025

 

Segundo os dados do CAGED sobre o mercado de trabalho do comércio, referentes a agosto de 2025 em comparação com agosto de 2024, nos municípios de maior densidade econômica da região Norte Fluminense do estado do Rio de Janeiro, observa-se o seguinte cenário:

Os empregos cresceram 65,88% em Campos, reduziram 9,89% em Macaé, caíram 31,14% em Rio das Ostras e, em São João da Barra, foram criados 25 postos de trabalho em agosto de 2025, enquanto em agosto de 2024 houve retração de dois empregos formais.

Portanto, embora tenha havido queda no comércio de Macaé e Rio das Ostras, as economias de Campos e São João da Barra apresentaram melhora, o que representa um resultado positivo para a região Norte Fluminense.

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Economia portuária de São João da Barra destina à Agricultura valor quase quatro vezes superior ao de Campos

 

Enquanto a prefeitura da economia do petróleo de Macaé investiu, em oito meses de 2025, R$ 11,240 milhões na agricultura local, e a prefeitura da economia portuária de São João da Barra aplicou R$ 2,072 milhões, a prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ), no mesmo período, destinou apenas R$ 523,914 mil ao setor agrícola, segundo os dados do TCE-RJ. Já o município de Rio das Ostras, cuja economia depende hoje mais da Zona Especial de Negócios (ZEN), que atrai empresas do petróleo que deixaram de se instalar em Macaé, aplicou o irrisório valor de R$ 10 mil.

Diante desse cenário, chama a atenção o montante investido na agricultura campista, bastante reduzido, sobretudo em um município que, segundo o nosso prefeito, teria nesse segmento uma das vertentes para a retomada do desenvolvimento econômico local. O que considero uma grande falácia, já que nem o próprio governo parece acreditar nessa possibilidade. Os recursos aplicados na agricultura de Campos, de janeiro a agosto de 2025, conforme o gráfico, ilustram bem a realidade que não é mostrada à população nas redes sociais do prefeito e de seus secretários.

Ah, apenas uma pergunta que não quer calar: e o novo Ceascam,  para quem não sabe, o antigo CEASA, que caiu no esquecimento,  ainda existe?

Para concluir e não deixar de lembrar os leitores: a prefeitura de São João da Barra aplicou, em oito meses de 2025, 3,96 vezes, ou quase quatro vezes mais recursos na agricultura do que Campos. E vale destacar: o orçamento fiscal total de São João da Barra neste ano será de R$ 1 bilhão, enquanto o de Campos poderá chegar a R$ 3 bilhões. É muita propaganda em Campos dos Goytacazes (RJ), apenas!

 


sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Quase R$ 700 milhões em 8 meses: onde está a saúde de Campos?

 

Obedecendo ao rigoroso prazo de prestação de contas exigido pelo TCE-RJ, conforme a legislação vigente, os municípios de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra divulgaram os gastos da execução orçamentária da Saúde Pública municipal.

Como se observa, a prefeitura que mais destinou recursos à Saúde entre janeiro e agosto de 2025 foi a de Campos dos Goytacazes (RJ), com quase R$ 700 milhões em apenas oito meses. Inclusive, o montante aplicado por Campos superou o de Macaé.

Resta, entretanto, saber se esses valores milionários estão de fato atendendo às necessidades da população carente do município. Pelas informações disponíveis, a prestação de serviços de saúde em Campos continua precária, com falta até de insumos e medicamentos para os usuários. Não é aceitável esse tipo de situação, pois dinheiro tem. Basta conferir os números do gráfico.

 

Norte Fluminense: onde a riqueza do petróleo convive com a pobreza crescente. Até quando?

 

O gráfico retrata os números em milhares de pessoas cadastradas no CADÚNICO na pobreza ou em vulnerabilidade social, segundo o Ministério da Cidadania do governo Federal, nos municípios de São João da Barra, Macaé, Rio das Ostras e Campos, entre setembro de 2019 e setembro de 2025.

Para que prefeitos e seus assessores aleguem, como sempre, que a culpa pelo aumento da pobreza na região, que recebeu bilhões em royalties e participação especial desde 1999, é da pandemia de COVID-19, ocorrida em 2020, iniciamos o presente levantamento das estatísticas a partir de 2019, quando ninguém no mundo falava sobre a pandemia e nem imaginava que ela aconteceria.

Em 2019, o estoque de pobreza no Norte Fluminense já era expressivo. E vale lembrar que esse território é considerado um dos mais ricos do Brasil por abrigar a Petrobrás e o Porto do Açu. Mesmo assim, a pobreza não para de crescer. Basta observar os números do gráfico. É muito triste!

 


quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Entre condomínios de luxo e mais de 200 mil vulneráveis: a dura realidade de Campos

 

Segundo os dados do site do Ministério da Cidadania do governo federal, de setembro de 2019 a 2025, a pobreza, ou o número de vulneráveis sociais, no município de Campos dos Goytacazes (RJ) só cresce, conforme pode ser verificado no gráfico.

Muitos dirão que a pandemia da Covid-19 em 2020, quando o mundo parou, contribuiu para o aumento de cadastrados no CADÚNICO. É uma meia verdade. Colocamos, de propósito, os dados de setembro de 2019, ano anterior à eclosão da pandemia, para demonstrar que mesmo antes dela o número de pobres na cidade já era insuportável: 182 mil pessoas registradas no CADÚNICO. Isso mostra de forma clara que o município é injusto e carece de políticas públicas eficazes para reduzir a pobreza, mesmo após anos recebendo bilhões pela exploração do petróleo.

Portanto, essa é a dura realidade de Campos: riqueza concentrada, como evidenciam os vários condomínios de luxo espalhados pela cidade, e o número de vulneráveis sociais aumentando dia após dia. Até quando?

Obs.: Os dados referentes a outros municípios, como Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, serão apresentados a partir de amanhã.

 


Campos perde mais de 700 postos de trabalho com carteira assinada no acumulado de janeiro a agosto de 2025

 

Considerando os primeiros oito meses de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024, segundo o CAGED de agosto de 2025, o mercado de trabalho da economia registrou de janeiro a agosto de 2025, em relação ao mesmo recorte de 2024, a perda de 718 empregos com carteira assinada. No acumulado de janeiro a agosto de 2024, o saldo líquido total alcançou 4.457 postos formais, enquanto em 2025 o número ficou em 3.739.

Nos dois anos analisados, o setor de serviços foi o que mais se destacou na geração de empregos, seguido pela agropecuária, já que o período coincide com o início da safra do setor sucroalcooleiro da economia local, conforme demonstrado no gráfico.

Portanto, diante dos números, pode-se afirmar que a economia campista, entre janeiro e agosto de 2024, mostrou-se mais aquecida, com maior abertura de vagas de trabalho formal.


quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Royalties milionários: Maricá e Saquarema deveriam ser modelo em Educação e Saúde

 

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) depositou no dia 30 de setembro os royalties de agosto de 2025 em milhões de reais, referentes ao sistema de partilha, onde o gestor público, por lei, deve aplicar 75% do valor recebido na Educação e 25% na Saúde.

Entre os municípios da Bacia de Campos, Campos, Macaé, São João da Barra e Rio das Ostras, Macaé foi o que obteve a maior fatia. Já na Bacia de Santos, formada por Maricá, Niterói e Saquarema, este último se destacou ao ultrapassar R$ 166 milhões, superando inclusive Maricá.

Diante desse quadro, se recursos significassem automaticamente excelência em Educação e Saúde, Maricá e Saquarema certamente seriam referência nacional nesses dois segmentos. Dinheiro não falta!

 


Por Alcimar das Chagas Ribeiro

 

A mesorregião Norte Fluminense gerou 12 mil vagas de emprego de janeiro a agosto

 


A mesorregião Norte Fluminense gerou um saldo de 1.334 empregos em agosto, com incremento de 63,7% em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano passado o crescimento foi de 39,7%. Macaé, Campos e São João da Barra tiveram papel importantes através do setor de serviços.

No acumulado de janeiro a agosto desse ano, o saldo atingiu 12.080 vagas de emprego. Macaé apresentou uma participação relativa de 54,3%; Campos dos Goytacazes 30,9%; São Francisco de Itabapoana 6,3% e São João da Barra 5,6% do total.

Setorialmente, considerando os principais municípios geradores de emprego na mesorregião (Macaé, Campos, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra), as atividades de serviços lideraram com a geração de 6.588 vagas de emprego, seguido pelas atividades industriais com a geração de 2.541 vagas, da agropecuária[aria com 1.670 vagas e do comércio com 1.174 vagas. A construção civil eliminou 233 vagas de emprego no acumulado do ano.

O estado do Rio de Janeiro gerou 81.489 vagas no acumulado do ano, enquanto o país gerou 1.501.930 vagas no mesmo período. A participação do estado do Rio de Janeiro de 5,43% indica uma desaceleração importante neste ano, já que a participação no mesmo período do ano passado era equivalente a 8,5% do saldo total do país.