segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Endividamento das famílias cresce em agosto, aponta Banco Central

 

O Banco Central divulgou nesta segunda-feira as estatísticas de crédito, inadimplência e juros referentes a agosto de 2025. Embora os empréstimos tenham crescido, o ritmo dessa expansão perdeu força, a inadimplência subiu e as taxas seguem em patamar elevado. Nada surpreendente, já que a Selic permanece em 15% ao ano, nível considerado inaceitável.

As modalidades de crédito que mais avançaram foram o cartão e o novo consignado da CLT, criado pelo governo federal para facilitar a vida dos trabalhadores na aquisição de bens e serviços. No entanto, diante da Selic elevada, a medida teve efeito contrário: o endividamento das famílias aumentou. Do ponto de vista financeiro, isso é prejudicial, pois o consumidor endividado reduz seu consumo.

Na conjuntura atual, o estoque de crédito do Sistema Financeiro Nacional alcançou R$ 6,8 trilhões, impulsionado principalmente pelas operações às famílias, incluindo consignados e financiamentos de veículos, cada vez mais caros. Já no caso das empresas, houve retração de 0,1% no mês, influenciada pela queda de 1,2% nas linhas de capital de giro.

Esse, portanto, é o quadro de agosto de 2025. Diante dos números, não há motivo para otimismo. Endividamento excessivo não traz benefícios a ninguém.

 


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