O Banco Central divulgou
nesta segunda-feira as estatísticas de crédito, inadimplência e juros
referentes a agosto de 2025. Embora os empréstimos tenham crescido, o ritmo
dessa expansão perdeu força, a inadimplência subiu e as taxas seguem em patamar
elevado. Nada surpreendente, já que a Selic permanece em 15% ao ano, nível
considerado inaceitável.
As
modalidades de crédito que mais avançaram foram o cartão e o novo consignado da
CLT, criado pelo governo federal para facilitar a vida dos trabalhadores na
aquisição de bens e serviços. No entanto, diante da Selic elevada, a medida
teve efeito contrário: o endividamento das famílias aumentou. Do ponto de vista
financeiro, isso é prejudicial, pois o consumidor endividado reduz seu consumo.
Na
conjuntura atual, o estoque de crédito do Sistema Financeiro Nacional alcançou
R$ 6,8 trilhões, impulsionado principalmente pelas operações às famílias, incluindo
consignados e financiamentos de veículos, cada vez mais caros. Já no caso das
empresas, houve retração de 0,1% no mês, influenciada pela queda de 1,2% nas
linhas de capital de giro.
Esse,
portanto, é o quadro de agosto de 2025. Diante dos números, não há motivo para
otimismo. Endividamento excessivo não traz benefícios a ninguém.
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