Enquanto a taxa Selic de
15% ao ano segue no patamar mais elevado dos últimos 19 anos, micros, pequenos
e médios empresários que dependem de capital de giro para manter suas
atividades estão se endividando a um custo financeiro altíssimo. Com isso, a
inadimplência tem aumentado no Brasil, segundo dados do Banco Central.
É
o velho jogo: para um ganhar, o outro precisa perder. Nessa conjuntura de juros
elevados, quem mais lucra são os banqueiros da Faria Lima, em São Paulo,
favorecidos pelo Banco Central independente, concessão feita durante o governo
Bolsonaro, que na prática entregou o controle da instituição ao mercado
financeiro. Enquanto os bilionários do país ampliam suas fortunas, o setor
produtivo real, responsável por gerar empregos, renda e tributos, permanece em
segundo plano, como exemplificam os pequenos empreendedores.
Para
ilustrar e concluir: os empréstimos ao setor produtivo em maio somaram R$ 1,179
bilhão, uma alta de 11,6% em 12 meses. A maior parte desse volume foi destinada
a capital de giro. Essa é a dura realidade do nosso Brasil: quem paga a conta
para os super ricos ficarem ainda mais ricos são os pequenos.
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