O gráfico apresenta a
arrecadação do ISS das prefeituras de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João
da Barra, conforme as informações encaminhadas ao TCE-RJ, no período de janeiro
a dezembro de 2023 e 2024.
Esse
imposto é um importante indicador da atividade econômica, pois incide
diretamente sobre o nível de prestação de serviços. Assim, quando a economia
cresce, a arrecadação do ISS acompanha essa evolução; por outro lado, em
períodos de desaceleração econômica ou fragilidade do setor, essa receita
também é impactada.
Diante
dos dados apresentados, observa-se que o grande destaque é a arrecadação do ISS
em Macaé, que ultrapassou a marca de um bilhão de reais em 2024, registrando um
crescimento de 16,5% em relação a 2023. Esse aumento reflete o aquecimento da
economia do petróleo na região, puxada pela atividade de prestação de serviços
ligada à Petrobras, considerada a locomotiva da economia brasileira.
Outro
ponto relevante desta análise é o desempenho do ISS de São João da Barra,
fortemente influenciado pelo Porto do Açu. Nos dois períodos analisados, a
arrecadação do município superou a de Campos, cuja economia, baseada em
serviços de baixo valor agregado, continua enfraquecida. Mesmo com um crescimento
de 12,62% na arrecadação do ISS em 2024, Campos perdeu ainda mais espaço para
São João da Barra.
No
caso de Rio das Ostras, a arrecadação do ISS em 2024, impulsionada pela Zona
Especial de Negócios (ZEN), quase se equiparou à de Campos, reforçando a tendência
de baixo dinamismo da economia campista em comparação com os municípios
vizinhos.
Portanto,
os dados evidenciam o peso da arrecadação do ISS como reflexo direto da
atividade econômica. Macaé segue exibindo um crescimento expressivo, enquanto
São João da Barra consolida sua força econômica, deixando Campos em uma posição
cada vez mais secundária. A cada ano, Campos se firma como o “primo pobre” de
Macaé e São João da Barra. Essa é a realidade dos números.
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