segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Municipios produtores de petróleo tanto da Bacia de Campos como da Bacia de Santos perderam rendas do petróleo em 2019 em relação a 2018



ROYALTIES E PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DE 2019 EM RELAÇÃO A 2018 EM VALORES REAIS DE CAMPOS, DE MACAÉ, DE R. DAS OSTRAS, DE SJB, DE MARICÁ E NITERÓI 



Fonte: inforoyalties


O gráfico demonstra os valores dos royalties e da participação especial recebida pelos principais municípios da Bacia Petrolífera de Campos e da fecunda Bacia de Santos, como Maricá e Niterói. Estas duas últimas cidades, agora, são consideradas o novo eldorado das rendas petrolíferas por conta da produção dos poços do pré-sal.

O município de Campos, por exemplo, recebeu no ano de 2019 o valor de R$ 457,819 milhões e em 2018 o numerário de R$ 711,111 milhões. A queda no repasse financeiro de 2019 em relação a 2018 chegou a 35,62%.

Em relação à Macaé, a despeito do montante de 2018 não se encontrar registrado no gráfico, devido a problemas da planilha do Excel, o município auferiu em rendas do petróleo o total de R$ 636,559 milhões. E em 2019 o quantitativo financeiro atingiu o patamar de R$ 608,301 milhões. A queda foi de 4,44%.

No que tange a Rio das Ostras, também experimetou redução na sua fonte de receita royalties e participação especial de 30,84%. Assim, como o município vizinho de São João da Barra, cuja perda chegou ao percentual de 25,96%, conforme registrado no gráfico.

Por fim, temos as duas potências do pré-sal na atual conjuntura, Maricá e Niterói, cujos repasses bilionários, também diminuíram respectivamente, 14,14% e 18,34%. Como se vê, em face dos dados, todos os produtores de petróleo aqui elencados tiveram perdas na fonte de receita oriunda da extração do petróleo.
    
  

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Rendas petrolíferas de Campos somaram mais de vinte e cinco bilhões de 1999 a 2019. Cadê o legado deixado por esta imensa quantidade de dinheiro?





CICLO DA RIQUEZA PETROLÍFERA DOS MUNICÍPIOS PRODUTORES DE PETRÓLEO EM VALORES REAIS PELO INPC DE 1999 A 2019 




Tabela I

Fonte: Inforoyalties


O gráfico e a tabela acima trazem o volume de recursos oriundos das rendas das indenizações do petróleo, que entraram nos respectivos caixas das prefeituras, de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras, de S. João da Barra, de Quissamã, de Carapebus, de Búzios e de Cabo Frio. No período de 1999 a 2019, por serem os municípios produtores da Bacia de Campos, totalizando o extraordinário numerário de R$ 60,464 bilhões em valores reais, pelo INPC.  

No caso específico de Campos, cujos valores atingiram o patamar de R$ 25,345 bilhões ou 42% do total recebido, por toda a região de receitas dos royalties e da participação especial. E, mais do que o dobro das rendas auferidas por Macaé.

Iniciando o seu fluxo de entrada primeiramente, pelo governo Arnaldo Vianna, passando, pela gestão de Carlos Alberto Campista, depois por Alexandre Mocaiber, posteriormente, pela administração da prefeita Rosinha, e até o terceiro ano de mandato do prefeito Rafael Diniz.

Em face desse ciclo de prosperidade de extrativismo mineral, considerado uma dádiva da natureza que mais uma vez foi generosa com o município de Campos dos Goytacazes (RJ), e que agora, enfrenta uma crise econômica e a crise fiscal da prefeitura. Uma pergunta tem que ser feita aos prefeitos que tiveram a oportunidade de administrar os destinos do povo de Campos: qual  o legado deixado pelas sucessivas gestões que se revezaram no poder local, para as gerações futuras, já que ingressaram no tesouro municipal, somente na fonte de receita royalties e a participação especial, mais de vinte cinco bilhões de reais. Sem contabilizar as outras receitas como a do ICMS, a do FPM, a do IPTU, a do ISS, as Taxas e outras? E, ainda, será que temos uma saúde, uma educação, um plano de mobilidade urbana, um sistema habitacional digno para a população carente e uma estrutura produtiva de bens e serviços autossustentável compatíveis com o volume de dinheiro que circulou pelo erário publica municipal?

Então, caros campistas, acho prudente se fazer uma severa reflexão, debruçados nos números demonstrados neste estudo. Eis que as velhas oligarquias conhecidas de todos nós se apresentam neste, ano eleitoral de 2020, de carinhas novas. Como os verdadeiros sepulcros caiados. Se arvorando, pelos quatros cantos do município, como os paladinos da mudança e portadores de soluções dos problemas da cidade. E o pior, sem nenhum tipo de projeto estratégico e viável no sentido de se reverter o quadro de caos que se instalou no município. Para tristeza de todos nós.   


Preço do barril do petróleo de janeiro de 2020 em relação a dezembro de 2019 recuou mais de catorze por cento





PREÇO DO BARRIL DO PETRÓLEO TIPO BRENT DE 2014 A JANEIRO DE 2020 




O preço do barril do petróleo tipo Brent de janeiro de 2020 encerrou o mês cotado em US$ 56,65.  Em dezembro de 2019 o valor do barril ficou precificado pelo mercado, em US$ 66,03. A redução de janeiro de 2020 em relação a dezembro de 2019 foi de 14,21%. E, no dia sete de fevereiro (hoje), até o horário desta postagem, ele encontra-se cotado na casa de US$ 54,59.

Realmente acendeu o sinal amarelo das prefeituras do Norte Fluminense, que ainda, dependem significativamente, dos repasses das rendas do petróleo.

Uma das causas do declínio do preço do barril do petróleo, na atual conjuntura, reside no problema do Coronavírus, responsável pelo arrefecimento da atividade econômica mundial. Isso por enquanto.    

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Produção industrial do Brasil encerrou o ano de 2019 em queda de 1,1%. Cadê os investimentos do mercado minha gente?







Pesquisa do IBGE divulgou ontem a queda da produção industrial do Brasil, no acumulado do ano de 2019 de 1,1% frente ao mesmo período do ano de 2018. Demonstrando com isso, a ineficiência por parte da política econômica adotada pela equipe de Paulo Guedes.

Como por exemplo, no aspecto fiscal, já se aprovou a tão desejada pelo mercado, reforma da Previdência Social, com a maioria dos seus encargos recaindo sobre os trabalhadores que recebem o salário mínimo.

No que tange agora a política monetária, a taxa de juros SELIC, regulada pelo Banco Central nunca esteve tão baixa.

E, no que diz respeito, a reforma trabalhista realizada pelo governo Temer, segundo também os dados do IBGE, não se transformou nos milhões de empregos formais conforme a propaganda da mídia financiada pelos bancos prometeu. Apenas a guisa de exemplo, o que se verificou foi o desemprego médio do ano de 2019 em relação a 2018, recuar, somente 0,4% lastreado, pelos contratos de trabalho intermitentes. A taxa desemprego que era de 12,3% no ano anterior  encerrou em dezembro de 2019 em 11,9%. 

Acrescentando, ainda, outro fato grave ao contexto acima, o relativo à chaga da informalidade da força de trabalho ou da economia informal, que atualmente cresce exponencialmente, massacrando a população em idade de produzir. O seu aumento atingiu a 41,1% da população ocupada ou 38, 4 milhões em termos absolutos. E o mais desalentador deste episódio, é que a sua imensa maioria fica sem contribuir para a Previdência Social, adiando por mais tempo o sonho da aposentadoria, e além do mais, agravando o tão propalado déficit previdenciário. 

Por fim, importa formular uma pergunta que não quer calar: cadê os investimentos anunciados pelo governo Bolsonaro no ano de 2019, quando a maior parcela dos agentes econômicos depositaram nele, a esperança da retomada do crescimento econômico? Acho que a conjuntura econômica hoje, se apresenta bastante favorável aos investimentos da iniciativa privada. Os juros estão baixos, a inflação está sob controle, à mão de obra é barata ou precarizada, do jeito que o setor produtivo gosta. Então, o que que está faltando para o retorno dos investimentos privados?

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

PAGAMENTOS DAS DÍVIDAS DA PREFEITURA PELO GOVERNO DINIZ ULTRAPASSARÃO O VALOR DE CEM MILHÕES NO SEU ÚLTIMO ANO DE GESTÃO




ORÇAMENTO FISCAL DE 2020 DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES (RJ) APROVADO EM JANEIRO- AS PRINCIPAIS DESPESAS





Com um orçamento de R$ 1, 887 bilhão do ano de 2020, o prefeito Rafael Diniz, entra no seu último ano de governo carregando um pesado fardo, de juros da dívida orçados em R$ 29, 103 milhões e a sua respectiva amortização, no valor de R$ 72, 630 milhões. Com isso, ele pagará ao longo do exercício fiscal deste ano, de juros e amortização, o exorbitante valor de R$ 101, 733 milhões.

E, ainda, deverá custear a máquina pública municipal através do custeio fixo e do variável no patamar total de R$ 706, 245 milhões, pagando também, uma alta folha de pessoal que certamente, ultrapassará o quantitativo financeiro de um bilhão.

Sobrando para tentar agregar valor ao sistema econômico local, dentro do cenário fiscal e financeiro da prefeitura de significativo aperto orçamentário, o valor de R$ 52, 989 milhões, destinados aos investimentos. Tal numerário representa um pouco mais da metade do montante de (juros e amortização), que sairão do erário público da população campista, em direção ao opulento sistema financeiro nacional.

Em face dessa dura realidade de escassez de recursos orçamentários, como se pode observar no gráfico, resta então, a nossa população torcer para que o prefeito Diniz, entregue a Administração Pública municipal, ao seu sucessor em primeiro de janeiro de 2021, com pelo menos todas as folhas dos servidores em dia. Inclusive, apenas, a guisa de lembrança, caso o prefeito seja candidato a reeleição, ele mesmo poderá dar continuidade a sua administração. Quem decidirá sobre tal possibilidade é o povo da Planície Goytacá, dentro da sua imensa sabedoria. Vamos aguardar agora o juízo final.          

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DE SERVIÇOS DE SÃO JOÃO DA BARRA E DE CAMPOS




EMPREGOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DE SERVIÇOS DE SÃO JOÃO DA BARRA X CAMPOS NO ANO DE 2018 E EM 2019





O gráfico deixa evidenciado no comparativo dos segmentos da construção civil e da prestação de serviços do ano de 2019 em relação ao ano de 2018. No que tange ao número de geração de empregos a mais, relativos aos municípios de São João da Barra e de Campos, a influência exercida pelos investimentos que ocorrem atualmente no Porto do Açu. Absorvidos, obviamente, em parte por Campos, em razão da economia campista ostentar uma boa e expressiva estrutura de serviços.

E além do mais, a economia campista vem se constituindo vagarosamente numa “retroárea” do porto. Já que apenas, supostamente o dinamismo da nossa economia, não seria suficiente para abrir o número de vagas, observadas dentro do ano de 2019.

Com isso, importa salientar no ensejo que, São João da Barra, gerou na construção civil em 2019 o numerário de 2.547 postos de trabalho e em 2018 eles atingiram o patamar de 1.334 empregos formais. Em relação ao setor de serviços em 2019 as contratações chegaram a 543 e em 2018 a 314 vagas.

No que diz respeito a Campos, as contratações em 2019 da construção civil foram tímidas ficando em 42 empregos e em 2018 elas atingiram o saldo negativo de 588 trabalhadores. No setor serviços foram 950 em 2019 e em 2018 totalizaram o quantitativo de 460 vagas abertas. Vamos aguardar agora as próximas estatísticas do CAGED, ao longo de 2020.