terça-feira, 31 de janeiro de 2017



EVOLUÇÃO DO EMPREGO EM CAMPOS, MACAÉ, R.DAS OSTRAS E S. JOÃO DA BARRA EM DEZEMBRO DE 2016/2015 


Ao analisar o quadro de desemprego apenas no mês de dezembro de 2016/2015, verifica-se, redução do desemprego na tão propalada região do “petróleo”, conforme o gráfico acima.

O mês de dezembro, via de regra, representa o mês das festas natalinas, quando o consumo na economia se eleva, conseqüentemente o emprego, aquecido pela força da circulação do décimo terceiro, pago pelo setor produtivo aos seus trabalhadores.


Portanto, urge necessário, esperar os dados do CAGED relativo aos meses do ano de 2017, com objetivo de continuar monitorando o comportamento do mercado de trabalho dos quatro municípios, destacados no gráfico. 


EVOLUÇÃO DO EMPREGO ANUAL DOS MUNICÍPIOS DE CAMPOS, MACAÉ, R. DAS OSTRAS E S. JOÃO DA BARRA  - 2015/2016



O mercado de trabalho dos municípios petrorrentistas destacados no gráfico acima, sofre significativa piora, no comparativo do ano de 2016 em relação ao ano de 2015, segundo os dados retirados do MTE/CAGED, baseado na evolução do saldo líquido do emprego.

O município de Campos dos Goytacazes no ano de 2015 perdeu 5.015 postos de trabalho. No ano de 2016 estes quantitativos se elevaram ao patamar de 6.421 empregos perdidos. Em termos relativos, o desemprego na Planície Goytacá   aumenta em 28,04% no comparativo anualizado.

No município vizinho de Macaé, o cenário no mercado de trabalho, também, representa  majoração do seu nível de desemprego. No ano de 2015, Macaé encerra o ano com menos 12.218 postos de trabalho. Em 2016, as demissões sofrem aumento da ordem de 7,52% em relação ao ano anterior, atingindo o total de 13.137 trabalhadores com a carteira assinada.   

No município de Rio das Ostras a realidade decorrente da destruição de empregos, assemelha-se, ao quadro de decadência econômica dos municípios de Campos e o de Macaé. Em 2015 ocorre o fechamento de 1.968 postos de trabalho. Em 2016 esta conjuntura continua negativa em menos 2.084 desempregados. Em termos percentuais ao se comparar o ano de 2016 em relação ao ano de 2015, chega-se, a 5,89% de trabalhadores formais demitidos.

A economia do município de São João da Barra mantém-se, também, na trajetória da elevação do desemprego. No ano de 2015 ocorre a perda de 607 postos de trabalho. No ano de 2016 o desemprego continua crescendo, atinge o nível de 1.503 empregos destruídos com a carteira assinada. Em termos relativos esta elevação representa 147,61%.

Conclui-se, todavia, dentro do exposto acima que o mercado de trabalho das respectivas economias regionais, enfrenta alto custo social decorrente da chaga do desemprego. A economia municipal que mais destruiu empregos proporcionalmente em relação às quatro economias aqui analisadas, foram a de São João da Barra com 147,61%, seguida pela economia campista, cujo quantitativo encontra-se em 28,04%.

Enfim, os desafios as novas gestões municipais  iniciadas  em primeiro de janeiro de 2017 serão imensas, fazendo com que os prefeitos eleitos, repensem alternativas de dinamização econômica na era posterior às indenizações dos royalties e das participações especiais. Vamos aguardar!  

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

DESMONTE FINANCEIRO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS... ECONOMISTA RANULFO VIDIGAL




Circula na rede social o tamanho da “HERANÇA”.
Chega ao montante de R$ 2.404.645.125,10, deixada para o governo de Rafael Diniz:
– R$ 34.206.808,02 são referentes a restos a pagar, isto é, despesas realizadas e empenhadas em 2016, entretanto, que não foram pagas;
– R$211.318.767,58 despesas/notas fiscais atestadas sem empenho
– R$ 42.303.017,06 da PREVICAMPOS, sendo R$ 39.064.791,70 da parte Patronal, e R$ 3.238.225,36 referentes a descontos efetuados dos servidores, o que pode configurar apropriação indébita;
– R$ 38.586.713,09 de INSS não recolhido, que também pode configurar apropriação indébita;
– R$ 1.301.359.785,47 referentes à antecipação dos royalties;
– R$ 516.459.673,06 de dívida de longo prazo com INSS;
– R$ 45.190.609,57 de dívida de longo prazo com FGTS;
– R$ 153.034.085,09 de parcelamento da dívida com PREVICAMPOS;
– R$ 907.741,45 de dívida com o TRT (Tribuna Regional do Trabalho);
– R$ 61.277.924,71 de Precatório do Tribunal de Justiça do Rio.
Comentário:
1- Intuitivamente a população votou pela mudança desconfiada pelo descalabro que agora se revela. Ao mesmo tempo confia na capacidade da nova equipe de equacionar a questão. Assim de pouco vai adiantar chorar o leite derramado. Mas estes números precisam ser explicados didaticamente para a população.
2- Essa realidade exige um programa de austeridade e de transparência total da nova estrutura de gasto da administração que chega. Priorizar os programas com alto grau de multiplicação na economia. Uma família pobre gasta tudo que ganha, ou seja, o dinheiro volta rápido para a economia na forma de compra de bens e serviços, enquanto uma família de alta renda poupa parte de seus ganhos ( eles não voltam integralmente a circular na economia local). Gastos sociais, transferências para os mais pobres e investimentos em infraestrutura ( que empregam mão de obra) revelam alto multiplicador, principalmente em época recessiva, como a atual.
3- Dialogar com o segmento empresarial da área de saúde, pois o orçamento ficou muito apertado e as contratualizações sofrerão cortes.
4- Ter cuidado com o gasto de pessoal, via ponto eletrônico e fim das disposições. Sem esquecer de motivar o funcionalismo e engajá-lo no novo tempo.
5- Dar um banho de loja ( de baixo custo) na cidade, tapando buracos e recuperando a sinalização.
6- Manter os programas sociais, pois o contingente de pobres e indigentes cresceu nos meses recentes.