O gráfico apresenta a execução orçamentária da agricultura de janeiro a outubro de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024 nos municípios de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra.
Nos dez meses de 2025, enquanto Macaé destinou à agricultura local mais de R$ 14 milhões, um aumento de 13,71% em relação ao ano anterior, Campos não conseguiu aplicar sequer um milhão de reais. Pelo contrário: os gastos agrícolas no município registraram retração de 66,29%.
Em Rio das Ostras, a despesa de 2024 foi de apenas oito mil reais, e os valores de 2025 ainda não foram encaminhados ao TCE-RJ. De todo modo, a agricultura por lá perdeu relevância há muito tempo; hoje, o foco é a Zona Especial de Negócios (ZEN). Já São João da Barra, inserida na atual dinâmica da economia portuária do Açu, ampliou os investimentos na área em 24,71%.
Por fim, é importante destacar que Campos só supera Rio das Ostras no que diz respeito aos gastos agrícolas, como mostram os dados do gráfico. Essa realidade evidencia a decadência da agricultura campista. Nem o próprio governo municipal demonstra confiança no setor; se tivesse, haveria recursos destinados a ele.
E o cenário piora: as duas usinas ainda existentes vivem séria crise financeira, e uma delas, possivelmente, nem conseguirá abrir as portas para a próxima safra do setor sucroalcooleiro. Inclusive, essa unidade promoveu demissões em massa, atingindo até funcionários antigos vindos da antiga usina São José, no distrito de Goytacazes.
Portanto, a economia de Campos segue ladeira abaixo. A ornamentação de Natal instalada na
cidade reflete bem a situação econômica atual. Infelizmente.




