terça-feira, 1 de abril de 2025

Campos e SJB lideram perdas de empregos com carteira assinada no comércio em fevereiro de 2025

 

De acordo com os dados do CAGED de fevereiro de 2025, comparados aos de fevereiro de 2024, referentes aos empregos no setor comercial dos municípios de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, observa-se o seguinte cenário:

Campos foi o único município que apresentou saldo líquido negativo nos dois períodos analisados. Já São João da Barra teve resultado negativo apenas em fevereiro de 2025, o que evidencia certa fragilidade do comércio nessas duas cidades.

Por outro lado, Macaé e Rio das Ostras apresentaram um ambiente mais favorável para o setor comercial em ambos os períodos. Esse desempenho positivo está fortemente atrelado à renda gerada pela indústria do petróleo, que impulsiona a economia local.

Portanto, sem o suporte da indústria petrolífera, a atividade do comércio de Macaé e Rio das Ostras tende a perder tração. Viva a indústria do petróleo!

 


segunda-feira, 31 de março de 2025

Mercado de Trabalho: crescimento de 40,47% no Brasil e 85,49% no Rio de Janeiro, enquanto Campos registra retração de 7,92% em Fevereiro de 2025

 

De acordo com os dados mais recentes do CAGED, referentes ao mês de fevereiro de 2025, realizamos uma comparação entre os números de fevereiro de 2024 e as variações observadas na economia brasileira e no estado do Rio de Janeiro. O objetivo é proporcionar uma compreensão mais clara aos leitores sobre a dinâmica do mercado de trabalho nas duas escalas econômicas, antes de entrarmos  na análise do mercado de trabalho em Campos.

Na economia nacional, em fevereiro de 2024, foram gerados 307.544 postos de trabalho formais, enquanto em fevereiro de 2025, esse número subiu para 431.995, resultando em um crescimento de 40,47% na criação de empregos.

Em relação à economia do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2024, foram abertas 17.238 vagas formais, e em fevereiro de 2025, o número subiu para 31.974, o que representa uma expansão de 85,49% no mercado de trabalho fluminense. Esses números indicam um aquecimento da atividade econômica tanto no Brasil quanto no estado, apesar da alta taxa de juros da Selic, estabelecida pelo Banco Central para controlar a demanda por bens e serviços.

Passando para a análise dos empregos criados na economia de Campos em sintonia com o gráfico, em fevereiro de 2024 foram abertas 518 vagas com carteira assinada. No entanto, em fevereiro de 2025, houve uma leve retração de 7,92%, resultando no quantitativo de 477 postos de trabalho formais.

Vale destacar que, tanto em fevereiro de 2024 quanto em fevereiro de 2025, o setor de serviços foi o principal responsável pela abertura de empregos no município. Em contrapartida, o setor comercial foi o que mais destruiu postos de trabalho no mesmo período, com a mesma quantidade de vagas fechadas tanto em fevereiro de 2024 quanto em 2025.

Portanto, apesar da retração de 7,92% na oferta de empregos formais em Campos, o cenário de emprego foi bastante positivo no âmbito nacional, estadual e municipal. Vamos comemorar!

 


domingo, 30 de março de 2025

Por Alcimar das Chagas Ribeiro

 

A mesorregião Norte Fluminense gerou um saldo de 2,5 mil empregos no primeiro bimestre de 2025

 

A região Norte Fluminense gerou um saldo de 2.162 empregos em fevereiro com substancial participação de Macaé, responsável por 73,45% do total. Campos gerou um saldo de 477 empregos e São João da Barra um saldo de 91 empregos no mês. No acumulado do bimestre foram gerados 2.484 empregos, com participação de 80% de Macaé e 19,2% de Campos dos Goytacazes.

Na avaliação setorial, considerando os principais municípios geradores de emprego (Macaé, Campos, São João da Barra e São Francisco de Itabapoana), as atividades de serviços lideraram o processo com a geração de 2.107 vagas, seguido palas atividades de construção civil com 449 vagas e das atividades industrias com 218 vagas no período. O setor agropecuário gerou 37 vagas, enquanto o setor de comércio eliminou 278 vagas no bimestre.

O estado do Rio de Janeiro gerou 19.702 vagas de emprego e o país gerou 576.081 vagas de emprego no bimestre deste ano.

 



sexta-feira, 28 de março de 2025

Reforma Administrativa do governo Wladimir Garotinho: demissão em massa disfarçada de modernização

 


A Reforma Administrativa proposta pelo governo Wladimir Garotinho é, na prática, uma justificativa honrada apenas no discurso para promover a demissão em massa dos RPAs, justamente os mesmos que o ajudaram a se reeleger, a eleger 19 vereadores e até a colocar seu concunhado na presidência do Poder Legislativo local.

No site da prefeitura, o prefeito afirma que irá criar novas secretarias e fundir outras para dar mais eficiência à máquina pública, com o objetivo de melhorar a implementação das políticas públicas voltadas às demandas da sociedade campista.

No entanto, a realidade é que a Prefeitura de Campos atravessa uma grave crise fiscal e financeira. Entre janeiro e dezembro de 2024, a despesa fixa e variável somou R$ 1.508.318.117,18, com uma folha de pagamento de R$ 1.311.586.320,87 para os servidores públicos, pagamento de dívida no valor de R$ 68.820.771,28, mais R$ 5.261.657,36 de juros. A isso se soma a queda na arrecadação fiscal e a suspensão de diversos pagamentos,  incluindo um calote à Caixa Econômica Federal.

Diante desse cenário, a prefeitura encerrou o ano de 2024 com um déficit fiscal superior a R$ 250 milhões.

Portanto, para seguir administrando o município e mantendo a máquina pública em funcionamento, isso se ele permanecer no cargo até o fim do mandato, o prefeito encontrou uma “desculpa esfarrapada” para pedir o sacrifício justamente de quem ganha menos. Um típico gesto de um bom neoliberal: cortar do trabalhador pobre enquanto preserva os contratos generosos dos grandes empresários ligados à prefeitura e ao seu grupo político.

Com todo respeito, prefeito: isso que o senhor está fazendo é cuspir no prato que comeu.
Sinto muito, mas a conta, mais uma vez, está sendo paga por quem mais precisa. É lamentável sua ingratidão!

 

Municípios endividados respiram com depósito dos royalties de Março de 2025

Foi depositado, no dia de hoje,  com atraso, diga-se de passagem, o pagamento das parcelas dos royalties referentes ao mês de março de 2025, tanto para os municípios pertencentes à Bacia de Campos quanto para aqueles que integram a Bacia de Santos, como Maricá, Niterói e Saquarema.

Apenas para esclarecimento: no caso da Bacia de Campos, Macaé ficou com a maior fatia das rendas provenientes do petróleo. Já na Bacia de Santos, Maricá recebeu o maior volume de recursos financeiros.

Portanto, o dinheiro das indenizações petrolíferas chegou em boa hora, aliviando as finanças de algumas prefeituras soterradas em dívidas, especialmente a de Campos. Os prefeitos agradecem penhoradamente.

 

 

quinta-feira, 27 de março de 2025

Março traz alívio: prévia da inflação cai, mas ovos e tomates viram vilões

 

O IBGE divulgou hoje a prévia da inflação de março, medida pelo IPCA-15, que ficou em 0,64%. Em comparação com fevereiro de 2025, a inflação recuou 47,97%. Ao observarmos a curva do gráfico, nota-se que o índice de março supera os de janeiro e março de 2024  que foram, respectivamente, 0,55% e 0,36%, mas ainda está abaixo do registrado em fevereiro de 2024, que foi de 0,76%.

Esse cenário evidencia os impactos significativos do arrocho monetário promovido pelo Banco Central (BACEN) sobre o "tigre inflacionário" que corrói o orçamento das famílias brasileiras. A taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,25%, encarece o crédito e reduz a demanda por bens e serviços.

Todavia, apesar de o índice de março ser menor que o de fevereiro, a inflação dos alimentos continua pesando no bolso do consumidor. O destaque negativo vai para o ovo, que teve um aumento de 19,44%, tornando-se o novo vilão da inflação. Também houve alta nos preços do tomate (12,75%) e do café (8,53%).

Outro ponto que merece destaque é o fato de que a inflação de março foi menor que a de fevereiro principalmente porque não houve majoração na tarifa de energia elétrica, como ocorreu no mês anterior.

Por fim, consideramos positiva a queda da inflação em março, pois preços mais baixos significam mais renda disponível para os trabalhadores  ainda que alguns aumentos, como os citados acima, continuem preocupando.

 


quarta-feira, 26 de março de 2025

2024: ano da reeleição e do calote? Caixa cobra dívida milionária da Prefeitura de Campos


 

Segundo Processo: 0104001-71.2017.4.02.5101
Autora: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Réu: MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES E OUTRO
Cód. Exp.: 19.000.10423/2017

A Prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ) suspendeu, em 01/07/2024, o pagamento da dívida contraída pela então prefeita Rosinha em 2016, com o objetivo de cobrir o rombo realizado pela sua gestão. O endividamento ocorreu em meio à queda na arrecadação de royalties do petróleo e, vale ressaltar, também em razão do excesso de gastos na Administração Pública local em 2014, ano em que um aliado político da prefeita disputou o governo do estado do Rio de Janeiro, sendo derrotado ainda no primeiro turno da eleição para o Palácio Guanabara.

Segundo a Caixa Econômica Federal, o crédito recebido pelo município a título de royalties e participação especial sobre a produção de petróleo e gás natural, no período de 01/07/2024 a 24/02/2025, foi de R$ 516.572.364,13. Desse montante, a parcela apropriada indevidamente pela prefeitura, de acordo com a instituição financeira, corresponde a 10%, ou seja, R$ 51.657.236,41.

A Caixa Econômica Federal requer o pagamento desse valor para amortizar a dívida referente ao contrato firmado em maio de 2016, o qual estabelecia que o município deveria destinar 10% das receitas de royalties e participação especial ao pagamento do aludido débito.

Diante disso, surge a dúvida: estaríamos presenciando um calote dado pelo governo de Wladimir Garotinho em pleno ano eleitoral de 2024? Ano em que, aliás, ele se reelegeu prefeito, elegeu 19 vereadores e, de quebra, elegeu seu concunhado à presidência do Poder Legislativo municipal no final do ano. Realmente, o homem é bom de articulação política!

Mas e a dívida, prefeito? Vai pagar ou não? Ou ficaremos mesmo com o calote?

Agora, resta aguardar a defesa do governo dos Garotinhos na Justiça sobre a acusação da Caixa Econômica Federal, que aponta a apropriação indevida da parcela devida pela municipalidade.