quinta-feira, 10 de julho de 2025

Maio de 2025 registra salto no emprego industrial no Norte Fluminense

 

Segundo o CAGED, a atividade industrial da economia de Campos gerou, em maio de 2025 em relação a maio de 2024, 63,75% mais empregos com carteira assinada, impulsionada pelo início da safra do setor sucroalcooleiro. Já em Macaé, o impacto positivo na curva da empregabilidade foi bem maior no mesmo período, atingindo 175,73%.

Os empregos da indústria de São João da Barra, em virtude das atividades portuárias do Açu, também aumentaram 583,33% no mesmo recorte de tempo da análise em tela. Infelizmente, o único município onde a indústria teve uma pequena melhora foi Rio das Ostras, que criou apenas dois postos de trabalho formais em maio de 2025, já que em maio de 2024 os números foram negativos.

Em face desse contexto, pode-se dizer que o desempenho do emprego industrial na região Norte Fluminense foi satisfatório. Somente Rio das Ostras criou poucos empregos na indústria.

 


quarta-feira, 9 de julho de 2025

Com Petrobrás e Porto do Açu na região, por que cresce o número de vulneráveis no CADÚNICO às vésperas de 2026?

 Número de Pessoas cadastradas no CADÚNICO de maio e junho de 2025 

Segundo os dados sobre a pobreza ou o número de pessoas cadastradas em situação de vulnerabilidade social no CADÚNICO, publicados pelo Ministério da Cidadania do Governo Federal, no comparativo entre os meses de maio e junho de 2025, observa-se um aumento nos registros de pobreza nos municípios de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, conforme demonstrado na tabela acima.

O mais curioso e contraditório, no que se refere ao panorama da pobreza, é que essas cidades, onde houve crescimento no número de cadastros no CADÚNICO, estão inseridas em uma região considerada a mais próspera, ou ao menos uma das mais favorecidas economicamente do estado do Rio de Janeiro: o Norte Fluminense. Essa condição se deve ao fato de abrigar dois empreendimentos de relevância internacional, a Petrobrás e o Porto do Açu.

Dessa forma, trata-se de uma área que, em tese, deveria proporcionar mais oportunidades de trabalho aos cidadãos em situação de vulnerabilidade, permitindo sua emancipação dos programas assistenciais ou de complementação de renda. Contudo, o que se verifica, na realidade, é o oposto: o número de cadastrados não para de crescer.

Para concluir, talvez a proximidade do ano eleitoral de 2026 esteja influenciando os prefeitos desses municípios a ampliarem o referido cadastro social, ou não? São João da Barra, por exemplo, sede do Porto do Açu, foi o local onde a pobreza mais cresceu em junho de 2025. Basta observar a tabela. É, no mínimo, estranho!

 


terça-feira, 8 de julho de 2025

Juros a 15%: o banquete dos bancos é pago pelos pequenos empresários

 

Enquanto a taxa Selic de 15% ao ano segue no patamar mais elevado dos últimos 19 anos, micros, pequenos e médios empresários que dependem de capital de giro para manter suas atividades estão se endividando a um custo financeiro altíssimo. Com isso, a inadimplência tem aumentado no Brasil, segundo dados do Banco Central.

É o velho jogo: para um ganhar, o outro precisa perder. Nessa conjuntura de juros elevados, quem mais lucra são os banqueiros da Faria Lima, em São Paulo, favorecidos pelo Banco Central independente, concessão feita durante o governo Bolsonaro, que na prática entregou o controle da instituição ao mercado financeiro. Enquanto os bilionários do país ampliam suas fortunas, o setor produtivo real, responsável por gerar empregos, renda e tributos, permanece em segundo plano, como exemplificam os pequenos empreendedores.

Para ilustrar e concluir: os empréstimos ao setor produtivo em maio somaram R$ 1,179 bilhão, uma alta de 11,6% em 12 meses. A maior parte desse volume foi destinada a capital de giro. Essa é a dura realidade do nosso Brasil: quem paga a conta para os super ricos ficarem ainda mais ricos são os pequenos.

 


Campos pagou mais de R$ 34 milhões em dívidas e juros nos primeiros meses de 2025, verba que poderia ir para saúde e educação

 

Na execução orçamentária da amortização da dívida e dos juros pelas Prefeituras de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, no período de janeiro a abril de 2025, conforme dados extraídos do TCE-RJ, observa-se que, no contexto apresentado pelo gráfico, o município que mais destinou recursos para esse fim no segundo quadrimestre foi Campos. Já Macaé, no mesmo intervalo, não efetuou qualquer pagamento referente a essas obrigações.

Em relação a Rio das Ostras, o montante quitado nos quatro meses foi de apenas R$ 304,9 mil, enquanto São João da Barra desembolsou R$ 1,8 milhão. Ambos os entes realizaram amortizações pouco expressivas, como se pode constatar.

Diante desse cenário, evidencia-se que a Prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ) foi a que mais alocou recursos para o pagamento de dívidas e encargos financeiros. Verba essa que, em outras circunstâncias, poderia estar sendo investida em áreas essenciais como saúde e educação, mas que, na prática, acaba sendo absorvida pelo mercado financeiro.

 


segunda-feira, 7 de julho de 2025

Serviços impulsionam empregos em Macaé e São João da Barra, mas registram queda em Campos e Rio das Ostras em maio de 2025

 

Segundo os dados do CAGED, o segmento econômico de prestação de serviços reduziu a criação de empregos nos municípios de Campos e Rio das Ostras, no mês de maio de 2025 em relação a maio de 2024. Já no que diz respeito à economia de Macaé e São João da Barra, observa-se uma elevação no saldo líquido de empregos no mesmo período de análise. Estas últimas economias são as que hospedam os dois grandes empreendimentos da região Norte Fluminense: a Petrobras e o Porto do Açu.


sexta-feira, 4 de julho de 2025

Pacotaço de Trump favorece os ricos, penaliza os pobres, até Elon Musk está na mira da deportação

 

As importações da China reduziram para 7,1% em maio, após atingirem 14% em setembro de 2024, segundo o Departamento do Censo dos EUA. É o nível mais baixo desde 2001. Já são os efeitos provocados pela política de “tarifaço” do governo Donald Trump.

Essa medida protecionista, que atinge duramente a livre concorrência e o multilateralismo comercial, é preocupante, pois pode provocar um recrudescimento da inflação na economia americana. E forçar o FED, banco central dos EUA, a elevar os juros.

O cenário econômico e político nos Estados Unidos está hilariante na atual conjuntura, com o “pacotaço” fiscal de Trump prestes a ser aprovado pelo Congresso Nacional, retirando recursos da saúde pública da população mais vulnerável, especialmente os idosos. E favorecendo os mais abastados, bem ao estilo da extrema direita internacional (e também no Brasil). Defendem os ricos e penalizam os pobres!

E para finalizar, apenas para não deixar passar em branco: até o bilionário Elon Musk, com diversos contratos generosos com o Estado, está sendo ameaçado de deportação por Trump. É risível. Outro ponto para encerrar: Trump está eliminando os subsídios concedidos pelos governos democratas a consumidores americanos interessados em adquirir veículos elétricos, especialmente da Tesla. Isso tem incomodado profundamente o empresário Musk. É aquela velha máxima: ser bilionário às custas do dinheiro público é muito bom, ou não, Elon Musk? É assim que funciona. E viva o liberalismo!

 


Cultura milionária: Governo Wladimir Garotinho eleva em 63% os gastos do setor no início de 2025 em relação a 2024.

 

Segundo a execução orçamentária de janeiro a abril de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024, os gastos com a política pública da área da cultura aumentaram em Campos 63,39%; em Macaé, houve redução de 14,05%; e em Rio das Ostras, uma leve queda de 0,49%. No caso de São João da Barra, não foi possível calcular, pois os dados não constam no site do TCE-RJ, fonte das informações.

Esses investimentos foram realizados pelas prefeituras dos municípios mencionados nos itens Difusão Cultural e Administração Geral. No caso específico de Campos, as despesas com Difusão Cultural totalizaram R$ 4.208.599,66, enquanto Administração Geral somou R$ 4.109.985,97, apenas nos primeiros quatro meses de 2025. Um resultado promissor para o setor em questão.

Diante desse cenário de expressivos aportes na cultura campista, espera-se que os artistas e cantores da cidade estejam sendo devidamente valorizados com esses recursos públicos, a fim de gerar emprego e movimentar a economia local. Essa é a nossa torcida.