segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Crise fiscal nos municípios fluminenses da Bacia Petrolífera de Campos entre 2014 e 2018

 

DOI: https://doi.org/10.19180/1809-2667.v22n32020p564-578

Autores:


José Luis Vianna da CruzUniversidade Candido Mendes (UCAM), Campos dos Goytacazes/RJ

José Alves de Azevedo NetoUniversidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO), Campos dos Goytacazes/RJ




Royalties de Campos reduzem 18,3% em novembro

 

Evolução da receita dos royalties do município de Campos dos Goytacazes (RJ) - novembro de 2019 a novembro de 2020- (R$ - em Milhões) - em valores correntes

   

    Fonte: Prefeitura municipal de São João da Barra 

O gráfico apresenta o recebimento dos repasses dos royalties pela prefeitura municipal de Campos dos Goytacazes (RJ), de novembro do ano de 2019 até o mês de novembro de 2020.  

O quantitativo financeiro auferido por Campos, em novembro de 2020 , sofreu uma queda de 18,3% em relação ao mês anterior. Demonstrando, com isso, os sinais claros da fragilidade dessa relevante receita do orçamento  municipal.

E, ainda no ensejo importa salientar que, nos meses de abril, de maio, e de junho de 2020, os depósitos dos royalties creditados no caixa da prefeitura campista, sofreram expressivos encolhimentos. Em função do arrefecimento do ritmo da atividade econômica mundial e o fechamento de algumas economias, por conta do início da pandemia do coronavírus, culminando, assim, na diminuição da demanda do petróleo, e a sua consequência negativa, na curva da produção, dos preços e dos repasses da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Portanto, em face desse cenário desfavorável, no que tange a maior receita corrente do orçamento público de Campos, o futuro prefeito que sairá eleito das urnas amanhã, enfrentará certamente, muitos desafios pela frente. Como por exemplo, o primeiro deles, elevar a receita pública, em tempos de pandemia e de baixo crescimento econômico e muito desemprego. Vamos aguardar, doravante, as medidas que o novo alcaide anunciará logo na segunda-feira dia trinta de novembro. Exatamente, faltando trinta e um dias para a sua posse. Acho que ele não terá nem tempo para participar do churrasco da vitória. Eis que o tempo implacável da administração da coisa pública urge.


sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Setor sucroalcooleiro de Campos encerrou o período de janeiro a outubro de 2020 gerando empregos com a carteira assinada

 

Saldo líquido (SL) = contratações - demissões do setor sucroalcooleiro de janeiro a outubro do município de Campos dos Goytacazes (RJ) segundo o CAGED



Segundo o CAGED de janeiro a outubro do ano de 2019, a indústria, do município de Campos dos Goytacazes (RJ), considerando no período analisado as duas usinas de açúcar, contratou 2.664 trabalhadores com a carteira assinada e demitiu 2.149, restando, com isso, o saldo líquido de 515 empregos formais. Por conta, obviamente, da safra do setor sucroalcooleiro, evento relevante, do ponto de vista econômico, cujo início se dá sempre a partir do mês de maio de cada ano.

Agora, no que tange a agropecuária, também impulsionada pela safra da cana, de janeiro a outubro de 2019, ela contratou 2.504 e desligou o quantitativo de 2.232 trabalhadores, gerando a mais 272 postos de trabalho.

E, em 2020 de janeiro a outubro, a indústria contratou 1.453 trabalhadores e demitiu 1.435, ficando a mais apenas 18 empregos. A agropecuária, nesse mesmo recorte de tempo, contratou 1.096 e destruiu 475 empregos formais, resultando dessa diferença o quantitativo de 621 vagas de emprego.

Portanto, de acordo com o gráfico acima, as contratações da atividade industrial do setor sucroalcooleiro foram maiores no ano de 2019, inclusive o seu saldo líquido. Já, na agropecuária, a despeito das admissões de 2019 serem superiores quando comparada ao ano de 2020. Ela produziu o saldo líquido positivo de 621 em 2020, contra apenas 272 empregos, com a carteira assinada de 2019, até o mês outubro. O que representa uma boa notícia para a economia campista.


quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Conjuntura da empregabilidade de outubro de 2020 melhorou em relação ao mesmo período de 2019

 

Mercado de trabalho do município de Campos dos Goytacazes (RJ) - outubro de 2019 e 2020 - segundo o CAGED



Segundo o CAGED, no mês de outubro de 2020 o município de Campos, gerou a mais o total de 342 empregos com a carteira assinada. Ao contrário do mês de outubro de 2019 quando, a economia de Campos, perdeu 610 postos de trabalho.

Como se observa no gráfico, em outubro de 2020, o único segmento responsável pela destruição de empregos formais, foi à agropecuária, com menos 52 vagas de emprego. Enquanto, o comércio abriu 125 empregos, a construção civil 97, a indústria 48, e o setor de serviços 124.

Já, no mês de outubro de 2019, a conjuntura da empregabilidade da economia local era bastante desfavorável. Com a agropecuária ostentando a demissão de 587 trabalhadores com a carteira assinada, refletindo, com isso, o encerramento mais cedo da safra do setor sucroalcooleiro. A construção civil desligou o quantitativo de 43 trabalhadores, a indústria perdeu 28 empregos e o setor de serviços eliminou o contigente de 59 vagas. E, no ensejo, apenas, o comércio ficou com o saldo líquido positivo de 107 empregos formais.

Portanto, diante desse cenário, pode-se dizer que, no comparativo do mercado de trabalho da economia campista, no que tange ao mês de outubro de 2020 em relação a outubro de 2019, ocorreu, sim, uma reação positiva das contratações formais. O que se revela numa boa notícia para a nossa cidade.  


terça-feira, 24 de novembro de 2020

Fim do auxílio emergencial é preocupante

 


O fim do auxílio emergencial agora em dezembro, já produz insatisfações, naquelas pessoas, que continuam ainda recebendo tal benefício do governo federal, segundo o jornal Folha de São Paulo, de hoje. E, todavia, vislumbram a possiblidade de perdê-lo, sem ter uma fonte alternativa de renda para substituí-lo.

Com isso, será temerário demais, se o governo Bolsonaro, deixar de prorrogar o auxílio emergencial no ano de 2021, dentro de uma conjuntura econômica, de elevação do desemprego, e, onde, a economia brasileira, sequer, dá o mínimo de sinal de recuperação.

E, o pior disso tudo, é que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, continua sendo uma grande figura de adorno na Esplanada dos Ministérios, sem a capacidade de oferecer ao Brasil, um plano urgente, para retirar a economia do país, dessa profunda recessão econômica e crescente custo social.

Portanto, do jeito que o desgoverno Jair Messias Bolsonaro, caminha, acho que teremos imensas dificuldades ao longo do exercício fiscal de 2021. O capital estrangeiro percebendo isso, tem aumentado a  fuga da nossa pátria em busca de um porto seguro. Para infelicidade de todos nós.   



Apesar da adversidade da economia local o setor de serviços continuou abrindo postos de trabalho de janeiro a setembro de 2020

 

Mercado de trabalho do setor de serviços da economia  de Campos dos Goytacazes (RJ) de janeiro a setembro de 2019 e 2020 segundo o CAGED



O setor de serviços do município de Campos dos Goytacazes (RJ), a despeito da crise da economia brasileira e da economia local, vem demonstrando fôlego e resistência, e, como se vê no gráfico, ele continuou, gerando postos de trabalho a mais, segundo o CAGED, de janeiro a setembro de 2020. Porém, num quantitativo de contratações, que é inferior ao do mesmo período, do ano passado.

A guisa de exemplo, as admissões de janeiro a setembro de 2020 foram de 7.218 trabalhadores e os desligamentos de 6.895, restando, assim, o saldo líquido positivo de 323 vagas de emprego.

E, de janeiro a setembro de 2019, o número de empregos com a carteira assinada, agregado ao estoque de mão de obra da economia campista, atingiu o patamar de 891, fruto da diferença das contratações menos as demissões, que foram respectivamente de 7.128 e 6.237.

Portanto, esse bom desempenho do segmento econômico de serviços, constitui, sim, numa boa notícia, para o setor produtivo municipal, que anda vivendo numa conjuntura de retração da atividade econômica. Parabéns!

   


segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Campos receberá de royalties e de participação especial em 2021 e 2022 um pouco mais de quatrocentos milhões segundo a ANP

 

Estimativa das receitas dos royalties e da participação especial de 2021 e de 2022 segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP) - município de Campos dos Goytacazes (RJ)  


O gráfico apresenta a estimativa dos repasses relativos às receitas de royalties e da participação especial de 2021 e de 2022 realizado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), com o preço do barril do petróleo tipo Brent, cotado a US$ 49,07 e o câmbio (R$/US$) a R$ 5,00, referente aos dois anos analisados neste estudo, do município de Campos dos Goytacazes (RJ).

Em 2021 receberemos de royalties o valor de R$ 367,831 milhões e de participação especial o quantitativo financeiro de R$ 50,530 milhões. E, em 2022 os royalties previstos serão de R$ 387,316 milhões e a participação especial de R$ 55,650 milhões.

Portanto, o novo prefeito de Campos, que será eleito no próximo domingo terá a sua disposição no que tange a maior receita do orçamento municipal, royalties e a participação especial, tanto em 2021 como também em 2022, um pouco mais de quatrocentos milhões, segundo os cálculos da ANP. Para enfrentar os crescentes problemas da nossa cidade.


quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Lei de conteúdo local do Estado do Rio de Janeiro

 



A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) aprovou na última terça- feira, o projeto de lei de conteúdo local, que seguirá para a sanção do governador Claudio Castro.

Tal projeto determina que as empresas petroleiras com os seus contratos de concessão de exploração, na Bacia de Santos e de Campos, no litoral do Estado do Rio de Janeiro. Deverão cumprir um índice mínimo exigido no contrato, de aquisição de bens e serviços na economia fluminense. Se o aludido índice deixar de ser honrado na sua totalidade, na diferença que surgir, incidirá uma multa de 15% de ICMS.

Esse diploma legal veio num bom momento. Já que, a maioria das compras de bens e serviços das petroleiras ocorre fora do Brasil, gerando emprego,  renda e tributos no exterior, em detrimento da economia do estado.

Portanto, vamos aguardar a sanção do governador, porque precisamos fortalecer a cadeia de produção de petróleo e gás dentro da economia local, impedindo, com isso, a evasão das nossas riquezas.

 


terça-feira, 17 de novembro de 2020

Preocupação com o desemprego

 



Segundo o caderno de economia do jornal Folha de São Paulo de hoje, de três brasileiros dois acham que o desemprego aumentará nos próximos meses. Por conta ainda da pandemia que não está debelada, e a possiblidade, do surgimento de uma segunda onda do coronavírus, que já aflige alguns países europeus.

Tal notícia reflete a paralisia do ministro Paulo Guedes, onde ele até o momento não apresentou, desde a sua posse no ano passado, um projeto macroeconômico de retomada do crescimento, no sentido de se gerar emprego e renda no país.

Condicionando sempre o ilustre ministro nas suas aparições nos meios de comunicação, que a solução para destravar a economia brasileira, dando-lhe uma maior eficiência do ponto de vista da alocação dos recursos econômicos, encontra-se, nas reformas travadas pelo Congresso Nacional.

Todavia, tal argumentação, constitui-se numa falácia da equipe econômica. O governo antecessor ao de Bolsonaro fez a reforma trabalhista, sob o pretexto de que ela aumentaria o nível do emprego. E o que se verificou na prática foi efetivamente a elevação do desemprego. O governo Bolsonaro disse também a população brasileira, se fosse aprovada a reforma da Previdência, o mercado de trabalho aumentaria a oferta de vagas. Mas infelizmente, aconteceu exatamente o contrário.

Com isso, pode-se afirmar, do jeito que o Brasil está desgovernado, a perspectiva para o ano de 2021, será sim, de aprofundamento avassalador da crise econômica e social.  E, diante desse quadro, uma pergunta não quer calar: o governo Bolsonaro terá força política para suportá-la? Vamos aguardar o desenrolar dos fatos nos próximos dias.


Comércio de Campos destruiu mais de mil empregos com a carteira assinada de janeiro a setembro de 2020

 

Mercado de trabalho do comércio do município de Campos dos Goytacazes (RJ) - de janeiro a setembro de 2019 e 2020



A despeito do mercado de trabalho do comércio da economia de Campos encerrar o mês de setembro de 2020, abrindo a mais, o quantitativo de 186 postos de trabalho, segundo os dados do CAGED.

Ele no acumulado de janeiro a setembro de 2020 destruiu 1.052 vagas de emprego, contratando nesse período 4.079 trabalhadores e demitindo o quantitativo de 5.131, conforme está registrado no gráfico.

Já, no mesmo recorte de tempo do ano passado, o cenário do emprego do nosso município, era mais favorável. Os números de trabalhadores contratados totalizaram 5.874 e dos demitidos 5.683, resultando, com isso, no saldo líquido de 191 empregos formais.

Portanto, em face da realidade exposta acima se pode dizer que, a situação do comércio campista, um dos setores que mais gera empregos na economia local, ainda, continua delicada. Para infelicidade de todos nós.

 


sábado, 14 de novembro de 2020

Rebaixamento da nota do Brasil

 


Segundo a declaração do Vice- presidente Hamilton Mourão, no jornal O Globo, desta semana. O Brasil poderá ser rebaixado no seu rating, ou seja, na sua classificação de crédito, no que tange a confiança dos investidores estrangeiros, na economia brasileira.

Devido à votação do Projeto de Lei Orçamentária da União (LOA) de 2021, que está sob a tutela dos parlamentares, desde o mês de agosto, ocorrer somente, no ano que vem. E, também, por conta, do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, não ter sito votado ainda.

Por essas e outras razões, as agências de avaliação de riscos, já ameaçam a nossa querida e empedernida pátria amada. Tal conjuntura, é provocada pelos desencontros do governo Bolsonaro com o Congresso Nacional e certamente, provocará mais fuga de capitais e a elevação do dólar.

Portanto, vamos aguardar o desenrolar dos fatos após o primeiro turno da eleição municipal de amanhã. E viva a nossa democracia!


quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Barril do petróleo encerrou o mês de outubro cotado a US$ 37,89

 

Preço do barril de petróleo tipo Brent de janeiro de 2014 a outubro de 2020




O preço do petróleo tipo Brent, encerrou o mês de outubro de 2020 cotado a US$ 37,89. No dia de hoje, o barril está valendo até o presente momento, o valor de US$ 44,34. Uma boa notícia para os municípios produtores da Bacia de Campos. 


terça-feira, 10 de novembro de 2020

Euforia das bolsas

 



As principais bolsas de valores no dia de ontem fecharam em alta, por conta da vitória de Joe Biden, nos Estados Unidos.

A de Frankfurt teve alta de 4,94%, a de Londres de 4,67%, a de Paris de 7,57%, a de Nova York de 1,17% e a do Brasil de 2,5%. Dando demonstração clara, da retomada da confiança dos agentes econômicos, na futura administração do partido Democrata.

E, além do mais, há no cenário macroeconômico da economia interna americana, há possibilidade da aprovação pelo Congresso Nacional, do pacote de mais de três trilhões de dólares, no sentido da retomada do crescimento da economia, depois da posse, do novo presidente em vinte de janeiro de 2021.

Portanto, há sim motivos para as grandes comemorações, na esperança de uma estabilidade maior na política e na economia no mundo como um todo, após a derrota de Trump. E viva a democracia!   


Uma verdade inconveniente: redução da poupança financeira do servidor público da Prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ) de 2015 a 2019 é de quase oitocentos milhões de reais. Aposentadoria está comprometida.

 

Evolução da poupança financeira da PREVICAMPOS de 2007 a 2019 em valores reais atualizados até o mês de fevereiro de 2020 pelo IPCA do IBGE - (R$ - em Milhões)



De acordo com o gráfico acima sobre a evolução da poupança financeira do servidor público municipal, depositada no Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Campos dos Goytacazes (RJ) - PREVICAMPOS, em valores reais, atualizados até o mês de fevereiro de 2020.

Observa-se que, o ano de 2015, representou o último exercício fiscal em que ela (poupança) destinada ao pagamento dos aposentados e pensionistas, ultrapassou a casa de um bilhão de reais, cessando a sua trajetória de crescimento desde o ano de 2007. Todavia, ao se apurar o seu encolhimento de 2015 até 2019, constata-se, em termos relativos uma redução de 55,77%, resultando, assim, em valores absolutos, no total de R$ 795,516 milhões. Uma quantia bastante representativa do ponto de vista financeiro.

Portanto, em face desse cenário de expressiva perda financeira de 2015 a 2019, quase chegando ao patamar de oitocentos milhões, pode-se afirmar que, a aposentadoria dos servidores públicos da prefeitura de Campos, da ativa, dos aposentados e dos pensionistas, está sim, comprometida, no médio e no longo prazo. Constituindo-se, com isso, numa verdade inconveniente, para todos àqueles que dependem da PREVICAMPOS. Infelizmente.  


OBS: Uma verdade inconveniente é o nome do filme do documentário sobre o aquecimento global do ex-Vice - presidente dos Estados Unidos Al Gore.


segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Biden e o Brasil

 


Os Estados Unidos elegeram no dia sete de setembro de 2020 o seu presidente da República, o democrata Joe Biden, impondo ao atual ocupante da Casa Branca, Donald Trump, uma histórica derrota nas urnas, tanto no voto popular, como também no colégio eleitoral.

No seu discurso de posse no sábado à noite, ele fez um memorável discurso progressista. Deixando claro, a sua preocupação, com os temas relativos, ao racismo sistêmico, a homofobia, o meio ambiente, a pandemia e a retomada do crescimento econômico. Além de pedir a nação, que atualmente, está desunida e polarizada, pelo ódio fomentado, ao longo da gestão Trump, a união, para implantar as reformas necessárias ao andamento do país.

E, o Brasil, como ficará em face desse novo contexto político, já que o presidente da República Jair Bolsonaro, era aliado ideológico do Trump?

Acho, particularmente, que no médio e longo prazo a tendência, do Brasil, será o alinhamento natural às políticas emanadas dos americanos, como sempre ocorreu ao longo da nossa história, sobretudo, pela relevante questão da sobrevivência brasileira no contexto global. O presidente Bolsonaro, poderá trocar o seu ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, e o direitista populista Ernesto Araújo, sinalizando, com isso, a sua simpatia e desejo de aproximação em relação ao governo Biden.

Portanto, por ser um país em desenvolvimento e grande produtor de commodities, extremamente ainda, dependente das inovações tecnológicas do mundo, não temos muitas escolhas. Porque, assim funciona a relação de poder entre os países. Manda aqueles que podem e obedecem aqueles que têm juízo. É o dito popular. Vamos aguardar agora o desfecho natural dos fatos.       


No acumulado até setembro de 2020 a economia de Macaé ainda continua perdendo empregos

 

Saldo líquido do emprego (SL) = contratações menos demissões do mercado de trabalho de Macaé de janeiro a setembro de 2019 e 2020 segundo o CAGED



O município de Macaé segundo o último CAGED ficou com o saldo líquido do emprego, do mês de setembro de 2020, positivo em 905 trabalhadores.  

Todavia, no acumulado de janeiro a setembro de 2020, como se observa no gráfico, ele, ainda continua perdendo os seus empregos.  Foi registrado a menos neste período o quantitativo de 10.959 postos de trabalho, ao contrário de 2019, quando o saldo ficou positivo, em 2.082 empregos formais.

Em 2020 até setembro, todos os segmentos econômicos perderam postos de trabalho. E, em 2019 no mesmo recorte de tempo, apenas, a agropecuária e a indústria.   

Portanto, a despeito do cenário da empregabilidade do acumulado do ano de 2020 está com a curva negativa, por enquanto, os empregos gerados a mais em setembro, já demonstra um pequeno aquecimento da economia macaense. O que é bom para toda a nossa região.    


quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Economia de São João da Barra de janeiro a setembro de 2020 destruiu mil cento e vinte empregos com a carteira assinada



Mercado de trabalho da economia do município de São João da Barra (RJ) - janeiro a setembro de 2019 e 2020 segundo o CAGED


 

O município de São João da Barra sede do Porto do Açu, de acordo com a publicação do último CAGED, de janeiro a setembro de 2020, perdeu 1.120 empregos com a carteira assinada. E, nesse mesmo período do ano passado, a contabilidade da empregabilidade da economia sanjoanense, apresentou saldo líquido total positivo de 3.129 postos de trabalho.

No ensejo, importa salientar que, no acumulado até setembro de 2020, todos os segmentos econômicos, destruíram empregos no município, como se observa no gráfico. Os setores que mais desligaram trabalhadores foram à construção civil com menos 1.057 e a atividade de prestação de serviços perdendo 103 empregos formais.

Já, nos nove meses de 2019, somente a construção civil havia criado a mais 2.877 postos de trabalho, seguida pelo setor de serviços que gerou 379 vagas. E, os segmentos que registraram saldo negativo, se restringem ao comércio com menos 15 e a indústria com menos 116 vagas. Inclusive, esses dois grupamentos de atividade econômica, sempre tiveram historicamente, baixo desempenho, no que diz respeito, a curva de contratações de trabalhadores.

Por fim, em face do cenário acima, pode-se dizer que, o grande investimento do porto, como gerador de emprego e renda em São João da Barra e adjacência, no ano 2020, foi sim, afetado significativamente, pela conjuntura da recessão econômica mundial e da nacional. Por conta disso, os reflexos negativos sobre o mercado de trabalho são sentidos, na economia local. Pelo menos até o mês de setembro. Vamos aguardar doravante os próximos números do CAGED.   


quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Gastos na Educação e na Assistência Social de janeiro a agosto de 2020 em relação a 2019 reduziram respectivamente 11, 82% e 17,03% em tempos de crise social

 

Gastos na Educação e na Assistência Social de 2019 e 2020 - município de Campos dos Goytacazes (RJ)- em valores nominais 



Em razão da queda da arrecadação, e principalmente, da receita dos royalties e da participação especial, os gastos relativos à área da Educação no município de Campos, de janeiro a agosto de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, sofreram redução de 11,82%. Em valores absolutos, em 2019 eles foram de R$ 199,036 milhões e em 2020 chegaram ao total de 175,500 milhões.

E, na Assistência Social, também, ocorreu a diminuição dos aportes de recursos. Em 2019 os gastos atingiram o patamar de R$ 23, 260 milhões e em 2020, no acumulado até agosto, eles totalizaram o quantitativo financeiro de R$ 19,299 milhões. Em termos percentuais, o encolhimento deles nesse relevante segmento em 2020 em relação ao exercício fiscal de 2019 é de 17,03%.

Por fim, pode-se dizer que, em tempos de crise econômica e social aguda, no município de Campos, essa não é uma boa notícia. Infelizmente.  


terça-feira, 3 de novembro de 2020

Pouco dinheiro em 2020 refletiu na redução dos gastos

 

Agricultura x Comunicação - janeiro a agosto - de 2019 e 2020 do município de Campos dos Goytacazes (RJ) - valores nominais



O governo Rafael Diniz, aplicou de janeiro a agosto na agricultura no ano de 2019 o total de R$ 1,080 milhões e na comunicação o quantitativo financeiro de R$ 3,528 milhões.

Já, no mesmo período do ano de 2020, os gastos nas duas áreas sofreram redução significativa. Na agricultura foi aplicado o numerário de R$ 308,279 mil e na comunicação apenas o valor de R$ 45,718 mil.

Com isso, pode-se dizer que, em razão da queda da receita corrente, principalmente, os royalties e a participação especial, a prefeitura está com pouco fôlego financeiro, para implementar os seus gastos. Essa é a nossa dura realidade.


segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Gastos da saúde milionária de Campos de janeiro a agosto de 2020 reduziram mais de onze por cento. Acho que a festa acabou!

 

Gastos da saúde do município de Campos dos Goytacazes (RJ) de janeiro a agosto de 2019 a 2020 



Os gastos da milionária saúde do município de Campos dos Goytacazes (RJ) de janeiro a agosto de 2020, em relação ao mesmo período do ano anterior, tiveram uma retração de 11, 67%, em valores nominais, segundo o Relatório de Execução Orçamentária da Prefeitura.

Talvez, por conta dos reflexos negativos da redução dos repasses da receita dos royalties e da participação especial, neste ano. Prenunciando, com isso, o novo cenário de escassez de recursos financeiros, que exigirá do futuro prefeito empossado, em janeiro de 2021, muito austeridade fiscal. Vamos aguardar o futuro.


Setor sucroalcooleiro campista responsável pelo movimento econômico de mais de quinhentos milhões ao ano empregou menos de janeiro a setembro de 2020

 

Saldo líquido = contratações menos demissões de janeiro a setembro de 2019 e 2020 da agroindústria campista segundo o CAGED



Conforme os dados da empregabilidade do CAGED de janeiro a setembro do ano de 2019, a indústria, considerando as duas usinas de açúcar do município de Campos, contratou 2.540 trabalhadores e demitiu 2004, resultando, assim, no saldo líquido de 536 trabalhadores com a carteira assinada. E, no mesmo período de 2020, ela contratou 1.246 e demitiu 1.228, eliminando no recorte de tempo analisado 42 empregos formais.

Agora, no que tange a agropecuária, de janeiro a setembro de 2019 ela contratou 2.480 e desligou 1.621, ficando, a mais no mercado de trabalho 859 trabalhadores. E, em 2020, as contratações totalizaram 1.050 e as demissões o quantitativo de 408, restando, com isso, no acumulado do ano até setembro 651 vagas.

Portanto, o setor sucroalcooleiro do município, cuja safra terá o seu final em novembro, e, responsável, por movimentar na economia local por ano uma renda de quinhentos milhões, neste ano, por enquanto, empregou menos de janeiro a setembro de 2020, quando comparado ao mesmo período do ano passado.    


Mercado de trabalho da economia de Campos encerrou o período de janeiro a setembro de 2020 eliminando empregos com a carteira assinada

 

Saldo líquido = contratações menos demissões do município de Campos dos Goytacazes (RJ) - janeiro a setembro de 2019 e 2020 segundo o CAGED 



Segundo os números sobre a empregabilidade do CAGEG, de janeiro a setembro de 2019 o município de Campos, gerou a mais 2.743 empregos com a carteira assinada. Os segmentos econômicos, que concentraram as contratações, foram serviços com 1.031 vagas, a agropecuária empregando 859 e a indústria abrindo 536 postos de trabalho.

Já, no mesmo período de 2020, o mercado de trabalho da economia campista, destruiu 366 empregos formais. Puxados pelo comércio e a construção civil que, tiveram, respectivamente, o saldo líquido negativo de 1.052 e 246 trabalhadores.

E, o grupamento de serviços encerrou os nove meses de 2020 com 323 postos de trabalho a mais e a agropecuária abriu 651 vagas.

Com isso, pode-se dizer que, o mercado de trabalho do município de Campos, no período de janeiro a setembro de 2020, comparado ao mesmo período do ano anterior, sentiu os impactos da recessão econômica do país. Por conta disso, o setor produtivo local contratou menos, inclusive, o setor da agroindústria. A despeito da safra deste ano se encerrar em novembro.


O que realmente acontecerá depois do segundo turno da eleição campista?

 




Quando se assisti aos programas eleitorais dos candidatos a prefeito do nosso município, e, observamos, as suas promessas, para resolverem os problemas que afligem a população do ponto de vista social e econômico.  Parece que eles continuam com a prefeitura rica do passado na cabeça, quando o orçamento fiscal ultrapassava a casa dos dois bilhões e meio de reais, impulsionados na sua maior proporção, pelas rendas finitas dos royalties e das participações especiais.

Todavia, de acordo com os respectivos discursos proferidos, há solução para o desemprego crescente, a despeito da recessão econômica nacional, juntamente, com a precariedade dos serviços prestados a população, no que tange a saúde, a educação, ao transporte público. Há alternativas para mobilidade urbana, o desenvolvimento econômico e a assistência social. Com isso, observo que essa é realmente a cidade ideal e dos sonhos desenhada pelos postulantes ao cargo de prefeito na televisão.

Só que, infelizmente, o que espera pelos futuros mandatários, é uma prefeitura, considerada, ainda, como detentora de um dos maiores orçamentos do país, porém, inteiramente comprometido, seja com a folha de pessoal, a dívida corrente e futura e, além do mais, com os interesses de grupos econômicos, refletidos, nos contratos milionários de prestação de serviços em algumas áreas estratégicas da municipalidade. E, sem contar no ensejo, com a possiblidade deles encontrarem a folha do décimo terceiro salário do servidor atrasada, e alguma outra passada, por insuficiência real de recursos financeiros.  Talvez, esse modelo citadino se aproxime mais da nossa realidade. 

Por sua vez, tal conjuntura, certamente, exigirá, do futuro alcaide, uma imensa capacidade de articulação política, com os segmentos organizados da sociedade civil, como a guisa de exemplo, os sindicatos de trabalhadores, as universidades, as igrejas, os clubes de serviços e os empresários. Para saber deles, efetivamente, como vamos sair juntos desse momento de crise fiscal e financeira da prefeitura, uma instituição que possui vinte mil servidores públicos, querendo ou não, eles mexem com toda a estrutura econômica local, devido à massa salarial que recebem. E, no momento, em que essa máquina deixa de consumir, os impactos são nefastos, sobre o mercado de trabalho, na agricultura, na indústria, no comércio e no setor de serviços.

Portanto, o que acontecerá depois do segundo turno da eleição campista, ainda não sabemos, é uma grande incógnita. Porque os candidatos não apresentaram um plano de recuperação fiscal exequível, destinado a equilibrar relativamente, as contas públicas da prefeitura, visando abrir espaço no orçamento, para, com isso, recuperar a capacidade de investimento público, e terminar as obras inacabadas, espalhadas por todo o município e construindo outras. Aí, sim, o novo prefeito terá condição de gerar emprego, renda e tributo, fomentando, toda a cadeira de produção do mercado da construção civil, desde a matéria prima da indústria da cerâmica campista, até o mercado final. Sem esquecer, obviamente, da agricultura. Aliás, em relação a esse setor todos os candidatos prometem dá atenção. Vamos aguardar agora o mês de janeiro chegar!

 

José Alves de Azevedo Neto

Economista


Artigo publicado no dia 1° de novembro de 2020 no Site Ururau


Site Coneflu

 

A região Norte Fluminense gerou 1.085 vagas de emprego em setembro

A região Norte Fluminense gerou 1.085 empregos em setembro. Esse resultado representa um avanço importante, já que em agosto a região eliminou 116 vagas. Macaé puxou o saldo positivo com a geração de 905 empregos no mês, seguido por Campos com geração de 410 empregos. Entretanto, o saldo acumulado continua negativo em 11.481 vagas eliminadas no período de janeiro a setembro. Macaé foi responsável pela eliminação de 10.959 vagas e São João da Barra com 1.120 vagas no período. São Francisco de Itabapoana continua se destacando com a geração de 886 vagas de emprego no acumulado do ano.

Setorialmente, os serviços foram responsáveis pela eliminação de 4.650 vagas no período acumulado, seguido pela construção civil com com eliminação de 3.704 vagas, a indústria de transformação com eliminação de 2.793 vagas e do comércio com a eliminação de 1.937 vagas no período. O setor agropecuário foi o único a apresentar um saldo positivo de 639 vagas.

O estado do Rio de Janeiro eliminou 181.850 vagas de emprego no acumulado do ano, enquanto o país eliminou 558.597 vagas no mesmo período.