Quando
se assisti aos programas eleitorais dos candidatos a prefeito do nosso
município, e, observamos, as suas promessas, para resolverem os problemas que
afligem a população do ponto de vista social e econômico. Parece que eles continuam com a prefeitura
rica do passado na cabeça, quando o orçamento fiscal ultrapassava a casa dos
dois bilhões e meio de reais, impulsionados na sua maior proporção, pelas
rendas finitas dos royalties e das participações especiais.
Todavia,
de acordo com os respectivos discursos proferidos, há solução para o desemprego
crescente, a despeito da recessão econômica nacional, juntamente, com a precariedade
dos serviços prestados a população, no que tange a saúde, a educação, ao
transporte público. Há alternativas para mobilidade urbana, o desenvolvimento
econômico e a assistência social. Com isso, observo que essa é realmente a cidade ideal e dos sonhos desenhada
pelos postulantes ao cargo de prefeito na televisão.
Só
que, infelizmente, o que espera pelos futuros mandatários, é uma prefeitura,
considerada, ainda, como detentora de um dos maiores orçamentos do país, porém,
inteiramente comprometido, seja com a folha de pessoal, a dívida corrente e
futura e, além do mais, com os interesses de grupos econômicos, refletidos, nos
contratos milionários de prestação de serviços em algumas áreas estratégicas da
municipalidade. E, sem contar no ensejo, com a possiblidade deles encontrarem a
folha do décimo terceiro salário do servidor atrasada, e alguma outra passada, por
insuficiência real de recursos financeiros.
Talvez, esse modelo citadino se aproxime mais da nossa realidade.
Por sua vez,
tal conjuntura, certamente, exigirá, do futuro alcaide, uma imensa capacidade
de articulação política, com os segmentos organizados da sociedade civil, como
a guisa de exemplo, os sindicatos de trabalhadores, as universidades, as
igrejas, os clubes de serviços e os empresários. Para saber deles,
efetivamente, como vamos sair juntos desse momento de crise fiscal e financeira
da prefeitura, uma instituição que possui vinte mil servidores públicos,
querendo ou não, eles mexem com toda a estrutura econômica local, devido à
massa salarial que recebem. E, no momento, em que essa máquina deixa de
consumir, os impactos são nefastos, sobre o mercado de trabalho, na
agricultura, na indústria, no comércio e no setor de serviços.
Portanto,
o que acontecerá depois do segundo turno da eleição campista, ainda não
sabemos, é uma grande incógnita. Porque os candidatos não apresentaram um plano
de recuperação fiscal exequível, destinado a equilibrar relativamente, as
contas públicas da prefeitura, visando abrir espaço no orçamento, para, com
isso, recuperar a capacidade de investimento público, e terminar as obras
inacabadas, espalhadas por todo o município e construindo outras. Aí, sim, o
novo prefeito terá condição de gerar emprego, renda e tributo, fomentando, toda
a cadeira de produção do mercado da construção civil, desde a matéria prima da
indústria da cerâmica campista, até o mercado final. Sem esquecer, obviamente,
da agricultura. Aliás, em relação a esse setor todos os candidatos prometem dá
atenção. Vamos aguardar agora o mês de janeiro chegar!
José
Alves de Azevedo Neto
Economista
Artigo publicado no dia 1° de novembro de 2020 no Site Ururau
Nenhum comentário:
Postar um comentário