“A participação especial é uma
compensação financeira extraordinária devida pelos concessionários de
exploração e produção de petróleo ou gás natural para campos de grande volume
de produção” (ANP, 2016).
De acordo com o gráfico acima as
participações especiais destinadas ao município de Campos, iniciaram a sua
trajetória de queda a partir do segundo trimestre de 2014. O decrescimento do
volume financeiro em termos percentuais neste trimestre em relação ao primeiro
trimestre deste mesmo exercício atinge o patamar de 5,43%. Este índice negativo
representa uma perda financeira em termos absolutos de R$ 8, 761 milhões. Ao
observar os valores do terceiro trimestre do ano 2014, percebe-se, pequeno
crescimento dos valores repassados à prefeitura, em relação ao segundo
trimestre de 3,37%. Em valores absolutos, tal variação positiva representa R$ 5,
148 milhões de ganhos financeiros. Ao se chegar ao quarto trimestre do ano de
2014, amarga-se outra queda, desta vez, a variação percentual negativa resulta
em 34,39%. Em valores absolutos a perda financeira agora constitui-se em R$ 54, 265 milhões.
No exercício de 2015, verifica-se, a
conjuntura financeira local se agrava e deixa muita gente preocupada, em
virtude da redução acentuada do preço do barril do petróleo. Os repasses da participação especial,doravante, ao município despencaram vertiginosamente
no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2014. A variação
percentual negativa fica em 47, 24%, em termos absolutos, a perda financeira atingiu
o patamar de R$ 48, 914 milhões. No segundo trimestre do ano de 2015 em relação
ao primeiro trimestre deste mesmo ano os aludidos repasses se
elevam em 41, 26%. Em termos absolutos os valores chegam a R$ 22, 541 milhões.
No terceiro trimestre deste mesmo exercício financeiro, a curva volta a ficar negativa. A queda
neste período em relação ao segundo trimestre do ano de 2015 se comporta de
forma negativa o seu percentual fica em 38,54%. No quarto trimestre deste mesmo ano em relação ao
terceiro trimestre outra queda ocorre desta vez a variação percentual foi de
30,79%.
No primeiro trimestre do ano de 2016
acende efetivamente o farol vermelha, tudo indica, através dos dados coletados da
ANP (Agencia Nacional do Petróleo) que a casa veio abaixo. O município recebeu
apenas o valor de R$ 4, 476 milhões. Este valor representa em termos
percentuais em relação ao quarto trimestre de 2015 uma queda expressiva de
86,36%. Em termos absolutos a perda financeira foi de R$ 28, 349 milhões. Todavia,
no segundo trimestre ocorre uma melhora. Os repasses chegaram a R$ 17, 182
milhões. Nada representativo ao compará-lo com a época da bonança financeira
que se extinguiu no ano de 2014.
Os
números da ANP já sinalizavam redução dos repasses das compensações
financeiras dos poços com a maior produção desde o ano de 2014. Só não entendeu que o cenário de prosperidade financeira do município estava num processo de reversão, àqueles gestores desconectados com a realidade sócio-econômica municipal.
Nota: A maioria dos campos passíveis de pagamento de
participação especial apresentou redução de arrecadação no 1º trimestre de
2016. Um dos principais fatores que contribuíram para este cenário foi a
redução dos preços de referência de petróleo. Outro fator de destaque foi a
queda na produção total de petróleo e gás natural para fins de apuração na
participação especial, motivada, sobretudo, por paradas programadas e
extraordinárias em plataformas.
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