O
que houve com esse conglomerado econômico, responsável pela geração de mais de
cem mil empregos, uma carteira de muitos clientes e uma relação com vários fornecedores
de bens e serviços espalhados pelo mundo inteiro, e agora, aparece nas suas
demonstrações contábeis, um ROMBO FINANCEIRO
de R$ 20 bilhões?
Realmente
é uma pergunta que não quer calar e também tal situação não pode ser analisada de
forma superficial, pois o grupo econômico em tela possui capital aberto na bolsa
de valores, está sujeito à fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
e deve, explicações convincentes aos seus acionistas, sobretudo, aos
pequenos poupadores que depositaram confiança, na marca empresarial no momento
em que adquiriram os seus papéis no mercado de capital.
Em
nossa opinião, as investigações sobre a veracidade dos fatos e atos contábeis
devem-se reportar aos últimos dez anos de operações da atividade da empresa. Eis
que, ao longo desse período, os lucros foram sendo registrados no balanço patrimonial,
os dividendos sendo distribuídos aos acionistas minoritários e majoritários, em
cima de uma rentabilidade empresarial fictícia. Ou estou enganado?
Acrescentando,
ainda, caso as autoridades do mercado de capitais hesitem em apurar a origem
desse imenso PREJUÍZO FINANCEIRO,
sem identificar os responsáveis por ele, estarão comprometendo, sim, a credibilidade
da Bolsa de Valores do Brasil, e o que é pior, provocarão desconfiança
generalizada dos investidores em ações, acompanhado, todavia, de uma
irreversível fuga de capitais do Brasil. Acho que esse cenário ninguém gostaria
de presenciar.
Portanto,
é inaceitável um suposto escândalo financeiro, no século XXI, de uma
organização empresarial, que rotineiramente era submetida à auditoria
independente, e além do mais, possuía forte mecanismo de proteção de fraude,
compliance, tal palavra em inglês significa estarem absolutamente em linha com normas, de
controles internos e externos. Por fim, em face dessa triste conjuntura engendrada por
grandes capitalistas brasileiros, reiteramos a pergunta: o que houve com as
Lojas Americanas, do ponto de vista financeiro?
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