RETALIAÇÕES ECONÔMICAS AO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO
Após
o decepcionante discurso do presidente Messias Bolsonaro na Assembleia Geral da
ONU ontem, quando perdeu a oportunidade de proclamar a união do Brasil em
relação às grandes potências mundiais, num gesto nobre e conciliador de grande
estadista, o ilustre presidente pátrio optou por ampliar os conflitos e atritos,
de forma velada, em relação à França e a Alemanha. E, ainda abertamente
criticou os países Cuba e Venezuela, por conta da doutrina política e econômica
do regime socialista, e elogiou a China, parceiro comercial brasileiro, sem
observar, talvez por um lapso de memória, que o império chinês também, adota a
mesma cartilha vermelha dos cubanos e venezuelanos.
Em
decorrência do desastroso discurso bolsonariano, tudo conspira, a partir de
agora, em direção à possibilidade das temidas sanções econômicas por parte dos
países compradores das commodities brasileiras, o que certamente inviabilizará
as exportações do agronegócio do país, numa conjuntura em que a economia doméstica
necessita, urgentemente, de retomar o crescimento econômico.
Tal
situação tem preocupado sobremaneira os empresários rurais do Mato Grosso, de
São Paulo, do Paraná e de Minas Gerais, responsáveis por 67% das exportações do
agronegócio. Inclusive, a ministra da Agricultura está fazendo atualmente um
périplo no Oriente Médio, no intuito de ampliar os mercados dos produtos
agrícolas nacionais, em face dessa conjuntura conturbada provocada pelos
delírios do próprio Presidente da República.
Diante
desse contexto, de mais uma expressiva e inconfundível canelada do Messias
Bolsonaro, resta apenas à sociedade verde e amarela torcer para que as sanções
econômicas fiquem somente no campo das ameaças.
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