Efeitos da taxa de câmbio desvalorizada sobre a
inflação no Brasil
Desvalorização da taxa de câmbio provoca a elevação
das exportações dos bens e serviços, em virtude dos produtos produzidos na economia
interna, ficarem mais baratos nos mercados externos. Tal movimento tem como condão, aumentar as
vendas externas e no curto e médio prazo, gerar a redução na oferta de bens e
serviços na economia doméstica, visto que mais produtos sendo exportados, terá
como consequência, a majoração dos preços por parte do setor produtivo ou a inflação.
Na iminência da retomada do processo inflacionário, o
Banco Central, via de regra, deverá aumentar a taxa de juros Selic, no intuito
de arrefecer a demanda agregada dos agentes econômicos, decorrente do
encarecimento do crédito no mercado financeiro, inviabilizando, assim, as suas respectivas
aquisições de bens e serviços e os investimentos em máquinas e equipamentos.
No Brasil de hoje, por conta da excessiva taxa de
desemprego acima dos 13% ou mais de treze milhões de pessoas desempregadas
segundo o IBGE, a inflação, encontra-se dentro da meta prevista pelo BACEN de
4,5% ao ano.
A causa desta baixa
inflação, está na queda da renda dos trabalhadores ou falta de renda, culminando,
por sua vez, no baixo consumo das famílias.
O recrudescimento da inflação do mês de junho de 2018 cujo
índice fechou em 1,26%, medido pelo IPCA, decorre da greve dos caminhoneiros,
ocorrida na segunda quinzena de maio. Considerada o ponto fora da curva ou
evento excepcional.
Diante deste contexto, pode-se afirmar, a inflação no Brasil,
está sob controle, não há motivos para se preocupar. A instabilidade do sistema
econômico atualmente, advém da falta de credibilidade do governo federal e as
sucessivas altas dos juros da economia americana, cujos reflexos impactam negativamente
o dólar e deixa claro a possibilidade do Banco Central brasileiro de elevar os
juros básicos, no segundo semestre que se avizinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário