A Prefeitura
de Campos dos Goytacazes (RJ) arrecadou, até maio de 2025, 47,03% do montante
projetado para o IPTU neste ano, conforme dados extraídos hoje do Portal da
Transparência. Do total estimado de R$ 129,454 milhões, já foram depositados
nos cofres públicos R$ 60,885 milhões.
Em relação
ao ISS, a previsão de receita para 2025 era de R$ 148,257 milhões, sendo que R$
46,764 milhões foram efetivamente recolhidos até o mesmo período, o que
equivale a 31,54% da meta estipulada para o exercício fiscal.
Dessa forma,
não se pode afirmar que há escassez de recursos no município. A entrada de
receitas provenientes dos dois tributos municipais mais relevantes segue alinhada com o
que foi estabelecido na Lei Orçamentária Anual de 2025, aprovada pela Câmara
Municipal e sancionada pelo prefeito.
O
gráfico apresenta os dados da execução orçamentária bimestral de 2025 em
relação a 2024, da agricultura das prefeituras de Campos, Macaé, Rio das Ostras
e São João da Barra.
No primeiro bimestre de 2025, Macaé aportou R$ 971,3 mil na agricultura,
enquanto em 2024 o valor foi de R$ 1,24 milhão. Já São João da Barra aplicou R$
1,61 mil em 2025, e em 2024, R$ 8,47 mil.
Campos e Rio das Ostras, em 2025, ainda não enviaram os números ao TCE-RJ. Em
2024, Campos destinou apenas R$ 231,45 mil, e Rio das Ostras não aplicou nenhum
valor.
Portanto, aí estão os dados da execução orçamentária dos municípios
contemplados no gráfico.
Segundo
os dados do último CAGED, o emprego industrial de março de 2025, em relação a
março de 2024, apresentou crescimento apenas nas economias de Macaé e Rio das
Ostras. Já nas economias de Campos e São João da Barra, o saldo líquido de
empregos foi negativo. Em São João da Barra, inclusive, a situação dos postos
de trabalho apresentou uma leve piora, conforme mostram os números do gráfico.
A atividade
comercial na região Norte Fluminense, no mês de março de 2025, apresentou leve
recuperação em Campos e São João da Barra, com ambos registrando a criação de
um posto de trabalho com carteira assinada. Por outro lado, Macaé e Rio das
Ostras apresentaram retração na geração de vagas formais, conforme dados do
CAGED.
Dessa forma,
o desempenho do setor no período não foi satisfatório no que se refere à
abertura de novos empregos nos municípios destacados no gráfico. Apesar disso,
o comércio de Campos, Rio das Ostras e São João da Barra encerrou o mês com
saldo líquido positivo de contratações.
Enquanto as prefeituras de Campos e Rio das Ostras ainda não realizaram a
prestação de contas do primeiro bimestre de 2025 ao TCE-RJ, publicamos neste
post apenas os dados de arrecadação do ISS referentes a Macaé e São João da
Barra.
Macaé registrou um crescimento de 15,34% na arrecadação entre janeiro e
fevereiro, em comparação com o mesmo período de 2024. Já São João da Barra
apresentou um aumento de 4,09% no mesmo recorte de tempo.
Portanto, a arrecadação do ISS segue fortalecendo o caixa das prefeituras
que possuem elevada densidade econômica no setor de prestação de serviços.
O gráfico apresenta a
execução orçamentária dos investimentos públicos das prefeituras de Campos,
Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, referentes aos meses de janeiro e
fevereiro de 2024 e 2025, conforme as informações prestadas por cada município ao
TCE-RJ.
A título de esclarecimento: as prefeituras de
Campos e de Rio das Ostras ainda não enviaram suas respectivas prestações de
contas do primeiro bimestre de 2025 ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de
Janeiro (TCE-RJ). Por esse motivo, os valores referentes a esses municípios não
constam no gráfico para o ano de 2025.
Dessa forma, o gráfico exibe os dados bimestrais de
investimentos públicos no primeiro bimestre de 2024 e 2025 apenas para os
municípios de Macaé e São João da Barra.
O setor de prestação de serviços nos municípios de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra apresentou retração no mês de março de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024, segundo os dados mais recentes do CAGED.
Para ilustrar, o município de Campos criou 484 postos de trabalho com carteira assinada em março de 2024. Já em março de 2025, registrou um saldo negativo de 40 empregos formais, conforme mostra o gráfico.
Dessa forma, março de 2025 se mostrou um mês adverso para o setor de serviços na região.
Dentro
da perspectiva das postagens sobre a reforma administrativa do prefeito
Wladimir Garotinho, com o objetivo de melhor informar a população, publicamos
os dados de mais três secretarias, incluindo os cargos e suas respectivas
remunerações por mês no total de cada órgão. E haja eficiência!
Enquanto em
março de 2024 a economia de Campos registrava um saldo positivo de 460 empregos
formais, o mesmo mês em 2025 apresentou o cenário oposto: houve a eliminação de
211 postos de trabalho com carteira assinada. Esse resultado evidencia uma
desaceleração da economia local, que vinha gerando empregos nos meses de
janeiro e fevereiro de 2025.
Resta agora
acompanhar os próximos meses. A expectativa é de que, a partir de abril, haja
uma retomada na criação de vagas, impulsionada pelas contratações temporárias
do setor sucroalcooleiro. Apesar das severas dificuldades financeiras
enfrentadas por esse segmento, ele ainda é responsável por uma quantidade
significativa de empregos formais sazonais. Assim caminha a realidade econômica
do município.
Na terceira
postagem da série sobre a “farrinha” da reforma administrativa do prefeito
Wladimir Garotinho, onde a lógica é utilizar as Secretarias da Prefeitura para
beneficiar seus cabos eleitorais com vencimentos elevados e se perdurar no
poder.
Conforme
apresentado na tabela acima, apenas a Secretaria de Saúde concentrará 309
funções de confiança, gerando um impacto mensal de R$ 1,075 milhão aos cofres
públicos. Enquanto isso, as unidades hospitalares privadas da cidade, que dependem de convênios e repasses do
governo municipal, enfrentam uma grave crise financeira.
Para piorar,
o CAGED de março de 2025 aponta que Campos encerrou o mês com mais
desligamentos do que admissões. Parabéns pela gestão eficiente, prefeito!
Eis o
resultado da reforma: mais apadrinhamento político, salários gordos e uma
economia em queda livre.
O saldo de
emprego formal desacelerou em março na região Norte Fluminense. Foram geradas
867 novas vagas de emprego no mês, saldo menor 59,9% em relação a fevereiro.
Macaé liderou o processo com 1.009 novos empregos criados, enquanto Campos dos
Goytacazes com 211 vagas eliminadas e São João da Barra com 128 vagas
eliminadas, responderam negativamente a movimentação do emprego em março.
No registro
acumulado do trimestre, a região gerou 3.419 empregos com Macaé gerando 3.009
empregos, seguido por Carapebus com 203 vagas criadas e São João da Barra com
187 vagas no período.
Setorialmente,
considerando os principais municípios geradores de emprego (Campos, Macaé, São
João da Barra e São Francisco de Itabapoana), as atividades de serviços foram
responsáveis por 2.4131 vaga de emprego, as atividades industriais com 743
vagas, a construção civil com 298 vagas e as atividades agropecuárias com 62
vagas. As atividades de comércio eliminaram 222 vagas no período.
O país gerou
654.503 vagas e o estado do Rio de Janeiro gerou 13.064 vagas no trimestre.
A tabela
acima apresenta o número de cargos comissionados, a remuneração total e a média
mensal por função em mais três secretarias do governo Wladimir. Nesse cenário,
a Secretaria de Educação lidera com 213 posições. No entanto, conforme
mencionamos em nossa publicação anterior neste blog, a Secretaria de Governo
ainda possui um total superior: 217 cargos.
Diante dessa
estrutura fortemente aparelhada, é improvável que o grupo político do atual
prefeito enfrente derrotas nas próximas eleições municipais. Além disso, é importante
destacar que praticamente não há oposição efetiva na cidade. E quanto à
imprensa local? Com raras exceções, mantém uma postura alinhada ao governo.
Iniciamos aqui uma série
de postagens sobre os supersalários pagos a assessores e ocupantes de cargos de
confiança da reforma administrativa do prefeito Wladimir Garotinho, que, segundo ele, trará mais eficiência às
políticas públicas do seu governo. Só Deus sabe quando!
Com o objetivo de esclarecer melhor a população, que é quem arca com a conta dos chamados
“marajás” da prefeitura, divulgamos
acima a remuneração média mensal dos
cinco primeiros órgãos da administração municipal, cujos ocupantes serão
regiamente pagos com recursos públicos. Isso em um município onde, segundo o
IBGE, o salário médio gira em torno de apenas 2,2 salários mínimos. Uma
cidade marcada por altos índices de pobreza e uma elite de poucos privilegiados,
como é o caso, dos assessores do prefeito.
Só a Secretaria
Municipal de Governo conta com 217 cargos de confiança,ou cabos eleitorais fiéis ao chefe do
Executivo, e a pergunta que fica é: fazendo
o quê? Ninguém sabe responder. O mesmo acontece nos gabinetes do prefeito e
do vice-prefeito, cujas nomeações são, em sua maioria, compostas por
familiares.
A verdade é que a reforma
administrativa de Wladimir Garotinho se revela um verdadeiro “trem da alegria”,
destinado a contemplar cabos eleitorais, familiares e aliados políticos. Os
RPAs saem de uma folha de pagamento e entram em outra, mas continuam sendo pagos com o dinheiro do
povo.
O IBGE
divulgou hoje a taxa de desemprego do primeiro trimestre de 2025, que ficou em
7%. Isso representa um aumento de 0,08 ponto percentual em relação ao trimestre
anterior, encerrado em dezembro, quando a taxa de desocupação era de 6,92%,
segundo a PNAD.
Apesar da
alta, o desemprego na economia brasileira continua sendo o menor desde o
trimestre encerrado em março de 2012. Em números absolutos, são 7,7 milhões de
pessoas sem emprego no país no trimestre encerrado em março de 2025.
Portanto,
embora o crescimento do desemprego seja pequeno, ele causa preocupação, pois é
reflexo da política de austeridade monetária do Banco Central do Brasil
(BACEN), cujo objetivo é desacelerar a atividade econômica, e está conseguindo.
O gráfico
apresenta os dados da execução orçamentária da Assistência Social no primeiro
bimestre de 2025, comparados com o mesmo período de 2024, dos municípios de
Macaé e São João da Barra, conforme informações prestadas ao TCE-RJ. Os dados
de Campos e Rio das Ostras ainda não foram encaminhados à referida Corte de
Contas.
Os gastos de
Macaé nos meses de janeiro e fevereiro de 2025, em comparação com 2024,
apresentaram uma redução de 6,71%, enquanto os de São João da Barra registraram
um aumento de 11,66%.
Portanto,
enquanto Campos e Rio das Ostras descumprem o prazo de prestação de contas
bimestrais ao TCE-RJ, Macaé e São João da Barra demonstram responsabilidade e
transparência na gestão dos gastos públicos.
Será
depositado no dia de hoje o repasse dos royalties destinados aos municípios
petrorrentistas do estado do Rio de Janeiro, tanto aqueles pertencentes à Bacia
de Campos quanto os da Bacia de Santos.
Integram a Bacia de Campos os municípios de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São
João da Barra, enquanto Maricá, Niterói e Saquarema fazem parte da Bacia de
Santos.
Vale
lembrar que, na Bacia de Santos, é explorado o petróleo proveniente dos poços
de alta rentabilidade do pré-sal.
Portanto,
pode-se afirmar que, hoje, os prefeitos desses municípios contarão com mais
recursos disponíveis nos cofres públicos.
Segundo
os dados mais recentes do CAGED, apenas as economias de Macaé e Campos
registraram saldo líquido positivo de empregos na indústria em fevereiro de
2025. Já Rio das Ostras e São João da Barra enfrentaram perdas de postos de
trabalho no setor industrial, o que representa um sinal negativo para a
economia do Norte Fluminense.
Será inaugurado hoje o
novo prédio da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Campos dos Goytacazes
(RJ), pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, às 16 horas.
Esta é a segunda vez que o presidente Lula visita
Campos. Na primeira ocasião, ele já havia saído do seu segundo mandato; agora,
retorna como chefe de Estado e de Governo no seu terceiro mandato.
A inauguração é altamente simbólica no atual
cenário político e demonstra a preocupação do presidente com a educação e a
juventude. Sem educação, não construiremos uma grande nação e o jovem sem
qualificação, diante das transformações revolucionárias no mercado de trabalho
em escala global, terá dificuldades para se inserir no mercado formal.
Por fim, vale a máxima: “Enquanto alguns políticos se preocupam em construir presídios, o atual
presidente do Brasil constrói escolas.” Simples assim.
Saíram os primeiros
números da execução orçamentária do primeiro bimestre de 2025 dos municípios de
Macaé e São João da Barra, enquanto os de Campos e Rio das Ostras ainda não
foram prestados contas ao TCE-RJ. O que está acontecendo?
Com base nos dados orçamentários, observamos que
Macaé gastou, em janeiro e fevereiro de 2025, 6,32% a mais com saúde em comparação ao mesmo período de 2024,
considerando seu orçamento bilionário de R$ 1.065.658.200,00 para a área em 2025.
Já a Prefeitura de São João da Barra, com um
orçamento total de R$ 213.801.583,59
destinado à saúde neste ano, aumentou seus gastos em 20,92% em relação ao primeiro bimestre de 2024.
Portanto, os orçamentos destinados à saúde pública
em Macaé e São João da Barra são expressivos. Como se verifica no gráfico,
apenas Macaé já aportou mais de R$ 100
milhões na área da saúde nos dois primeiros meses do ano. É muito dinheiro. Mas será que a população
está sendo bem atendida?
O IBGE divulgou hoje a inflação oficial de março medida pelo IPCA, que
ficou em 0,56%. Em fevereiro, o índice havia sido de 1,31%, o que representa
uma desaceleração de 0,75 ponto percentual. Ainda assim, trata-se do maior
índice para o mês de março desde 2023.
A redução da
inflação em março já sinaliza a eficácia da política monetária austera adotada
pelo Banco Central (BACEN), com elevação da taxa de juros para conter a
atividade econômica.
Dos nove
grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, todos apresentaram alta
nos preços no mês, com destaque para Alimentação
e Bebidas, que subiu 1,17% e foi o principal responsável pelo impacto no
índice (0,25 p.p.), respondendo por cerca de 45% do IPCA de março.
Apesar da
recuperação gradual do poder aquisitivo das famílias, o aumento dos preços dos
alimentos segue sendo uma das maiores fontes de incômodo no orçamento
doméstico. Esse cenário gera desconforto e pressiona inclusive a popularidade
do atual presidente da República.
Agora, resta acompanhar os próximos meses para verificar se a chegada da
nova safra agrícola contribuirá para a redução dos preços dos alimentos. Essa é
a expectativa dos agentes econômicos.
O IBGE
divulgou hoje as estatísticas referentes ao desempenho do setor de serviços da
economia brasileira em fevereiro de 2025. Houve um avanço de 0,8% no volume de
serviços em comparação com o mês anterior. No acumulado do ano, o segmento
registra uma expansão de 2,6%, enquanto, no intervalo de 12 meses encerrado em
fevereiro, o crescimento foi de 2,8%.
Dentre as
atividades que mais contribuíram para esse resultado positivo estão telefonia,
alimentação fora do lar, tecnologia da informação, hospedagem e transporte.
Assim, mesmo
diante da elevação da taxa básica de juros pelo Banco Central (BACEN), o país continua
em trajetória de recuperação, impulsionando a geração de empregos e o aumento
da renda da população.
O mercado da
construção civil, segundo o CAGED, no mês de fevereiro de 2025 em comparação
com fevereiro de 2024, apresentou melhoras nas contratações das economias de
Campos, Macaé e Rio das Ostras, com a criação de mais postos de trabalho. Em
contrapartida, a economia de São João da Barra registrou uma retração de 79,07%
na geração de empregos com carteira assinada.
A título de
esclarecimento, em fevereiro de 2024 o saldo líquido foi negativo nos
municípios de Campos, Macaé e Rio das Ostras. Já em São João da Barra, o número
de vagas criadas foi de 127 empregos formais.
Portanto, o
setor da construção civil retoma seu fôlego no que diz respeito à
empregabilidade no início de 2025 na região Norte Fluminense. Uma excelente
notícia!
O mundo
financeiro e dos negócios estremeceu com a ameaça do novo "tarifaço"
do furacão Donald Trump. Ontem, as bolsas de valores ao redor do globo fecharam
em queda após o governo Trump declarar que aumentará ainda mais as tarifas, podendo
dobrar as taxas sobre produtos chineses,
elevando-as em até 104%. Um verdadeiro terremoto econômico provocado por Trump,
símbolo máximo da extrema-direita mundial e da decadência da política
internacional.
Diversos
bilionários de Wall Street, que anteriormente apoiaram Trump, agora se
manifestam contra ele, pois já começaram a sentir os prejuízos causados pelo
“tarifaço”. A expectativa é de uma forte recessão econômica nos Estados Unidos,
com impactos severos em escala global.
O ambiente
de incerteza levou o mundo corporativo a adiar investimentos, afetando
negativamente as bolsas. Um exemplo emblemático é Elon Musk, que perdeu US$ 4,4
bilhões em um único dia, após novas quedas nas ações da Tesla. No acumulado do
ano, a perda já soma US$ 134,7 bilhões.
Musk, que
ocupa um cargo no Departamento de Eficiência do governo Trump para promover
reformas no Estado, confidenciou a colegas, em informação vazada à imprensa,
que pretende deixar o governo. A crise revela o dilema clássico: "apoio o
governo, desde que ele não prejudique meu bolso", o que agora se aplica ao
próprio Musk, que vê seu patrimônio e o de outros bilionários americanos
derreterem.
Enquanto
isso, no Brasil, figuras como os bolsonaristas Tarcísio de Freitas (SP) e Romeu
Zema (MG), aliados ideológicos de Trump, evitam comentar o impacto das tarifas
sobre as exportações da indústria paulista e o setor siderúrgico mineiro. Já
Bolsonaro e seu filho Eduardo seguem ao lado de Trump, mesmo que isso contrarie
os interesses nacionais.
Essa é a
consequência de se votar em extremistas. Nada se constrói pelos extremos, é no
equilíbrio que se encontra o caminho, como ensinava Buda.
Estoque
de mão de obra de janeiro a dezembro de 2023 e 2024 - Campos dos Goytacazes (RJ)
A tabela
apresenta o volume de empregados formais, ou seja, o total de pessoas com
carteira assinada em cada setor da economia de Campos dos Goytacazes (RJ), no
período de janeiro a dezembro dos anos de 2023 e 2024.
De acordo
com os dados, o contingente profissional registrado em 2023 atingiu 79.073
indivíduos. No ano seguinte, esse valor aumentou para 81.950, resultando em uma
elevação de 3,64% nas admissões.
A área que
mais absorveu trabalhadores nos dois anos foi a de serviços, seguida
pelo comércio. Já a agropecuária ocupou a última colocação no
ranking setorial, mantendo-se como a lanterninha na geração de empregos
formais no município.
Diante
disso, é possível concluir que a dinâmica econômica local segue sustentada,
majoritariamente, pelo setor terciário. E quanto à agropecuária de Campos? Continua sendo apenas um elemento retórico
nas campanhas institucionais da prefeitura, uma autêntica quimera.
Campos gerou 14 mil empregos nos últimos 4 anos. A informação foi passada com exclusividade ao J3News na última semana de março, pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, através do setor de indicadores sociais da pasta.
O número foi destacado pelo município como mais positivo da gestão Wladimir Garotinho no primeiro mandato do prefeito (2021-2024). O segmento que mais produziu vagas foi o de serviços.
Coordenador do Núcleo de Pesquisa Econômica do RJ (Nuperj), o professor Alcimar Chagas, pós-doutorado em economia pela UFRJ, analisa o cenário:
“Talvez esta análise possa explicar melhor a economia do município. O setor de serviços tem índice de 47%. Se essas atividades fossem densas em tecnologia seria ótimo, porém trata-se de ocupações de baixa e média escolaridade com baixos salários. O mesmo acontece com o setor de comércio. Com características muito parecidas, concentra 21% do estoque de vínculos. Chama atenção a proporção limitada das atividades industriais, com 10%, e da agropecuária com somente, 2% do total”, pontua. E acrescenta, criticando o baixo investimento público no segmento:
“Como município produtor de petróleo e beneficiário de rendas petrolíferas, o padrão de investimento público tem sido baixo, não favorecendo o fomento à indução de negócios com maior padrão de conhecimento. Por outro lado, as microempresas criadas apresentam perfil de empreendedorismo por necessidade, ou seja, baixo investimento, baixo padrão tecnológico, além de expectativa breve de vida útil”, complementa.
De acordo com o Nuperj, a evolução do índice de dinâmica econômica do município, entre 2019 a 2023, não apresentou indícios de avanço, mantendo um padrão de dinâmica regular e moderada ao longo do período:
“Uma observação interessante é de que Campos tem se apoiado na sua localização estratégica entre as aglomerações econômicas do setor petrolífero, em Macaé, e da estrutura portuária do Açu, em São João da Barra. O fato de contar com estrutura de cidade mais vigorosa, em função da rede de instituições de ensino, saúde, lazer, etc, ‘suga’ parte das externalidades positivas geradas pelas mesmas aglomerações citadas”, conclui o especialista.
Segundo os
dados mais recentes do CAGED, em fevereiro de 2025, em comparação ao mesmo mês
de 2024, o setor de prestação de serviços em Campos apresentou uma retração de
-32,07% no número de empregos formais. Já em Macaé, houve um crescimento de
40,07%, enquanto Rio das Ostras registrou um aumento de 8,10% nas contratações
com carteira assinada. Em São João da Barra, a expansão foi ainda mais
expressiva, com 64,89% de novos postos de trabalho formais.
Diante desse
panorama, observa-se que, entre os municípios analisados no gráfico, apenas
Campos apresentou redução na criação de vagas no período em questão,
evidenciando a vulnerabilidade da sua economia no contexto atual.
Portanto, os
três municípios que registraram avanço no mercado de trabalho em fevereiro de
2025, em relação a 2024, são justamente aqueles com presença significativa do
setor industrial. Isso reforça a importância da indústria como motor essencial
para o crescimento econômico. Sem ela, o desenvolvimento tende a estagnar.
O presidente
da República assinou, nesta quinta-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto,
um decreto que antecipará o pagamento do décimo terceiro do INSS para
aposentados e pensionistas, com depósitos previstos para o final dos meses de
abril e maio. Trata-se de uma excelente notícia para a categoria e para o país.
A medida tem
o potencial de injetar mais de R$ 70 bilhões na economia brasileira e
beneficiar cerca de 35 milhões de pessoas. O anúncio foi feito um dia após a
divulgação da pesquisa eleitoral Genial/Quaest, contratada pelo mercado
financeiro, que indica uma queda na popularidade do presidente.
Entretanto,
a mesma sondagem aponta que, se a eleição presidencial fosse hoje, o presidente
Lula venceria todos os demais candidatos no segundo turno, garantindo assim um
quarto mandato como chefe maior da nação.
Portanto,
prevalece aquela velha máxima: o governo pode até estar mal avaliado, mas se o
candidato for o Lula, ele ainda é considerado melhor do que os demais. E assim,
o eleitor diz: "Eu voto nele". Esse é o comportamento do soberano
eleitor. Vai entender, pessoal!
Foi
publicado o número de pessoas cadastradas, ou em situação de pobreza, no
CADÚNICO do Ministério da Cidadania do Governo Federal, referente ao mês de
março de 2025, nos municípios pertencentes às Bacias Petrolíferas de Campos e
de Santos. Esta última é composta pelas cidades de Maricá, Niterói e Saquarema.
No que diz
respeito a Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, a pobreza
apresentou redução em março de 2025, em comparação com março de 2024, nas
seguintes proporções: -6,80%, -1,35%, -4,57% e -0,36%, respectivamente.
Já em
relação às cidades hoje consideradas a "rota da fortuna", a pobreza,
em vez de diminuir, como seria esperado
diante dos investimentos e maiores oportunidades, aumentou. Em Maricá, houve um
crescimento de 6,95%; em Niterói, de 3,17%; e em Saquarema, de 3,33%. Um
cenário curioso e contraditório.
Portanto,
chega-se rapidamente à conclusão de que, em alguns casos, o excesso de recursos
pode atrapalhar, como parece ocorrer na
atual conjuntura com os grandes recebedores das rendas do petróleo da Bacia de
Santos.
De acordo
com os dados do CAGED de fevereiro de 2025, comparados aos de fevereiro de
2024, referentes aos empregos no setor comercial dos municípios de Campos,
Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, observa-se o seguinte cenário:
Campos foi o
único município que apresentou saldo líquido negativo nos dois períodos
analisados. Já São João da Barra teve resultado negativo apenas em fevereiro de
2025, o que evidencia certa fragilidade do comércio nessas duas cidades.
Por outro
lado, Macaé e Rio das Ostras apresentaram um ambiente mais favorável para o
setor comercial em ambos os períodos. Esse desempenho positivo está fortemente
atrelado à renda gerada pela indústria do petróleo, que impulsiona a economia
local.
Portanto,
sem o suporte da indústria petrolífera, a atividade do comércio de Macaé e Rio
das Ostras tende a perder tração. Viva a indústria do petróleo!