terça-feira, 5 de agosto de 2025

Donald Trump: o coveiro que apressa o fim do império americano

 

Enquanto os Estados Unidos fecham sua economia por razões ideológicas, impondo aos produtos brasileiros um tarifaço sem precedentes na história das relações diplomáticas entre os dois países, que já somam dois séculos, acreditam que tal postura tresloucada de seu presidente possa influenciar o julgamento do extremista de direita Bolsonaro, algo que, certamente, não mudará em nada.

A República Popular da China, por sua vez, habilitou 183 empresas brasileiras para exportação de café, um dos produtos que não constam na lista de exceções à tarifa de 50% imposta por Mr. Trump. Trata-se de uma excelente notícia para o Brasil, para os empresários do setor e para seus trabalhadores, que terão seus empregos preservados.

Esse cenário evidencia, de forma clara, que a geoeconomia mundial se reconfigura mais rapidamente do que se imaginava, deslocando-se para o eixo asiático e deixando explícito que o império americano caminha célere para um melancólico fim, e Donald Trump será, sem dúvida, seu coveiro. É risível!

 


Economia de Campos perde força: empregos caem 17,31% em junho de 2025

 

Saiu ontem o CAGED referente a junho de 2025. De acordo com os dados sobre empregos formais no mercado de trabalho de Campos dos Goytacazes (RJ), houve queda de -17,31% na geração de postos em comparação com o mesmo mês de 2024. Para ilustrar, em junho de 2024 foram criadas 988 vagas, enquanto em junho de 2025 o saldo foi de 817 novos trabalhadores.

Como era esperado, o setor de serviços liderou a empregabilidade nos dois períodos, seguido pelo comércio. Esse desempenho está diretamente ligado ao aumento da renda local impulsionado pela safra do setor sucroalcooleiro, que, ao que tudo indica, seguirá até setembro.

Portanto, embora o saldo positivo seja uma boa notícia, o resultado de junho de 2025 ficou abaixo do registrado no ano anterior. Já a declaração de dois secretários do governo Wladimir Garotinho à imprensa local, afirmando que a economia de Campos cresceu 4% entre janeiro e maio de 2025, soa como comemoração de um índice irrelevante. A fala apenas revela o desespero de uma gestão mergulhada em grave crise fiscal e financeira, com dívidas milionárias a fornecedores e empreiteiros, tentando criar narrativa para melhorar sua imagem em meio a um cenário extremamente crítico. Reiterando: 4% de crescimento é puro desespero!

 


Por Alcimar das Chagas Ribeiro

 

A região Norte Fluminense gerou um saldo de 10,1 mil empregos no primeiro semestre do ano

 

A região Norte Fluminense gerou um saldo de 1.952 empregos em junho, número 41,56% menor em relação ao saldo gerado no mês anterior e 5,06% menor do que o saldo gerado no mesmo mês do ano anterior. Campos dos Goytacazes gerou um saldo de 817 empregos, seguido por Macaé com um saldo de 635 empregos, São Francisco de Itabapoana com uma saldo de 279 empregos e São João da Barra com um saldo de 126 empregos no mês.

No acumulado de janeiro a junho a região gerou um saldo de 10.087 empregos, liderados por Macaé com um saldo de 5.301 empregos, Campos dos Goytacazes com 3.073 empregos, São Francisco de Itabapoana com 805 empregos e São João da Barra com um saldo 533 empregos no semestre.

Setorialmente, considerando os principais municípios geradores de emprego na região (Campos, Macaé, São Francisco e São João da Barra), as atividades de serviço lideraram com a geração de 4.690 empregos no acumulado, seguido pelas atividades industrias com 2.345 empregos, das atividades agropecuárias com a geração de 1.710 empregos, das atividades de comércio com a geração de 864 empregos e da construção civil com a geração de 104 empregos no semestre.

O país gerou 1.222.591 empregos e o estado do Rio de Janeiro gerou 60.684 novas vagas no semestre.

 


segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Crise fiscal de Campos já recai sobre os mais pobres do CADÚNICO

 


Do orçamento da Assistência Social do município de Campos dos Goytacazes (RJ), estimado em R$ 109,750 milhões para este ano, a prefeitura executou apenas 48,23% entre janeiro e junho, ou seja, menos da metade no primeiro semestre.

Em relação ao comparativo entre os gastos do primeiro semestre de 2025 e o mesmo período de 2024, houve uma redução de 14,49%, o que, em valores absolutos, corresponde a R$ 52,934 milhões. No entanto, em 2024, ano eleitoral, o montante foi superior, como evidenciado no gráfico.

Dessa forma, o volume aplicado na área social em 2025, em um município com quase metade da população em situação de pobreza ou vulnerabilidade inscrita no CADÚNICO, reforça a percepção de que, diante da crise fiscal e financeira atual, a prefeitura está promovendo cortes para se ajustar à nova realidade de queda na receita corrente. Trata-se do conhecido ajuste fiscal, tão defendido pelos liberais, sobretudo quando recai sobre os mais pobres, que não têm voz para reagir.


sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Arrecadação estagnada impõe à prefeitura de Campos o ajuste que sempre evitou

 

O gráfico apresenta a estrutura resumida das principais despesas correntes e de capital da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ) de janeiro a junho de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024.

Como se observa pelos números, diante do pequeno avanço na receita total do município, que nos seis primeiros meses de 2025 cresceu apenas 4,34% em relação ao ano anterior, esse desempenho modesto é resultado da queda nas arrecadações mais relevantes, sobretudo dos royalties e participações especiais.

Diante disso, o prefeito de Campos está sendo forçado, mesmo contra sua vontade, pois é de conhecimento geral que a tradição da família Garotinho é de uso abusivo dos recursos públicos, até levar a máquina administrativa à exaustão, a adotar um ajuste fiscal rigoroso. Esse processo atinge a folha de pagamento, que apresentou uma redução discreta de 0,58% no período, bem como os gastos com juros, amortizações, investimentos e o custeio da estrutura pública.

Neste último caso, os custos fixos e variáveis, que envolvem despesas com fornecedores, empreiteiras e serviços em geral, apresentaram retração de 17,05% no primeiro semestre de 2025, comparado ao mesmo intervalo de 2024, conforme destacado no gráfico.

As variações percentuais em vermelho ilustram com clareza o esforço do governo municipal, que enfrenta sérias dificuldades para compatibilizar uma estrutura de muita despesa com a dura realidade de queda na arrecadação. Não é coincidência que, no momento, haja muitos credores sem receber. É a realidade nua e crua. Por essas e outras razões, o comércio local sente que o dinheiro desapareceu da economia da cidade. E, ao que tudo indica, essa é a razão principal.

 

 


quinta-feira, 31 de julho de 2025

Menos 51% em seis meses: Agricultura no governo Wladimir é uma pasta sem prestígio

 

Segundo os dados da execução orçamentária da Secretaria de Agricultura do governo Wladimir Garotinho, de janeiro a junho de 2025, foi aplicado pouco mais de R$ 500 mil, de um orçamento anual superior a R$ 4 milhões. No mesmo período de 2024, ano eleitoral, a secretaria destinou mais de um milhão de reais à área. Como mostra o gráfico, houve uma retração de -51,05% nos investimentos da atual gestão na agricultura municipal.

Essa redução pode ser atribuída à crise financeira enfrentada pela Prefeitura de Campos, que acumula dívidas com diversos fornecedores e empreiteiros da cidade, e não são poucas, diga-se de passagem. Os recursos arrecadados mal cobrem a folha de pagamento dos servidores. Também não se pode descartar a possibilidade de desinteresse do prefeito em investir num setor que há anos enfrenta dificuldades, com terras de baixa produtividade e duas usinas praticamente em colapso.

Outro ponto que merece ser relembrado aos campistas é a promessa feita durante a campanha do primeiro mandato: a reabertura da usina de Tocos, ao lado do vice-prefeito. Promessa essa que se revelou completamente enganosa. Hoje, a usina está em ruínas, fechada, e os moradores da localidade sabem que ela jamais voltará a funcionar. Tocos, aliás, foi deixada de lado pela atual gestão. Há apenas um posto de saúde operando de forma precária. Qualquer urgência médica obriga os moradores a contarem com a boa vontade de um vizinho para conseguir atendimento no Hospital São José, em Goytacazes, já que nem transporte coletivo existe mais.

Por fim, é preciso dizer: a agricultura no governo Wladimir existe apenas nas redes sociais, onde se vende a imagem de uma cidade ideal e fantasiosa. A realidade, infelizmente, é muito mais dura.

 


quarta-feira, 30 de julho de 2025

Interferência no Judiciário e ataque à soberania: o Brasil não vai ceder, Mr. Trump.

 

Tudo indica que, na próxima sexta-feira, dia 1º de agosto, entrará em vigor o tarifaço de 50% sobre as exportações da economia brasileira. É importante destacar que essa medida representa um verdadeiro absurdo em relação a um país soberano. Trata-se de um sinal evidente da decadência do império americano, que vem sendo gradualmente engolido pelos chineses.

A sanção tem natureza política, não econômica. Se fosse motivada por razões econômicas, sua resolução seria bem mais simples, como no caso de algum produto nacional estar, de fato, gerando desequilíbrio no mercado americano, o que claramente não ocorre. O que Trump almeja, e não conseguirá, é barganhar aquilo que há de mais valioso em uma democracia: a soberania nacional. Ele tenta interferir no poder judiciário brasileiro, buscando alterar o curso do julgamento sobre o golpe de Estado articulado por Bolsonaro e seus aliados. Isso é inegociável, Mr. Trump, o abominável.

Apesar de tudo, os Estados Unidos já sinalizam abertura para negociação em relação a certos itens, como o café, cujo preço disparou no mercado de Nova York, além do cacau, manga e outros produtos agrícolas. Um pequeno avanço, considerando o cenário instável e, por vezes, surreal das atuais relações entre nações soberanas.

Inclusive, o presidente Lula declarou recentemente que está disposto a telefonar, na condição de chefe de Estado e de governo, para o presidente Trump. No entanto, até o momento, sabe-se que a Casa Branca mantém os canais de diálogo fechados. Problema deles. O Brasil continua fazendo sua parte. Vale lembrar que o país mantém relações diplomáticas com os EUA há mais de dois séculos, sem grandes atritos. Somos uma nação pacífica e sempre disposta ao diálogo com o mundo.

Para concluir, é fundamental deixar claro: negociar a soberania nacional ou aceitar qualquer tentativa de ingerência sobre o judiciário brasileiro é algo impossível, e absolutamente inaceitável.

 


Campos reduz em 8,06% os gastos com Saúde no 1º semestre de 2025: corte estadual ou crise fiscal?

 

Foi publicada hoje no Diário Oficial da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ) a execução orçamentária referente aos primeiros seis meses da Saúde Pública milionária do município. Como revelam os dados apresentados no gráfico, entre janeiro e junho de 2025, comparado ao mesmo período de 2024, houve uma queda nos investimentos destinados a essa área essencial da política pública local.

As possíveis causas dessa retração nos recursos aplicados podem estar ligadas ao corte de repasses do governo estadual para a saúde da cidade, fato que gerou embates entre o prefeito Wladimir Garotinho e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), Rodrigo Bacellar. Outra hipótese seria o ajuste fiscal promovido pela atual gestão, num cenário em que a Prefeitura enfrenta uma grave crise financeira, marcada por atrasos em diversos pagamentos. Basta ouvir os fornecedores do município, muitos deles estão sem receber há meses e demonstram grande insatisfação. O mais preocupante é que, segundo relatos, o dinheiro parou de circular na economia local.

Diante disso, para entender com precisão a origem do problema, é necessário aprofundar a análise do caso. Essa é a realidade que vivemos: os recursos desapareceram de Campos, e os dados da saúde são prova disso.

 

 


terça-feira, 29 de julho de 2025

Desaceleração das exportações para os EUA derruba valor da carne e da arroba no Brasil

 

O tarifaço de 50% imposto pelo governo Trump sobre os produtos brasileiros já começa a impactar positivamente os preços da economia doméstica, beneficiando a população com a queda de valores de itens presentes na cesta de consumo. Como é de amplo conhecimento, o Brasil é o maior fornecedor de carnes, café, frutas e suco de laranja para os Estados Unidos. Com a interferência do governo norte-americano na economia nacional, esses alimentos passam a ser comercializados internamente por valores mais acessíveis.

É o caso da carne bovina, que apresentou retração entre maio e junho. Entre os dias 24 de junho e 21 de julho, houve uma diminuição de 7,8% nos preços no atacado. A arroba do boi gordo também registrou recuo de 7,5%. Essa queda é resultado da redução nas exportações realizadas pelos frigoríficos brasileiros que tinham como destino o mercado americano.

Dessa forma, o brasileiro voltará em breve a consumir mais picanha com cerveja, reforçando uma promessa feita pelo presidente Lula durante a campanha de 2022. Além disso, com o desgaste de Trump e da turbulenta família Bolsonaro, Lula deverá conquistar seu quarto mandato. Algo que nem mesmo Getúlio Vargas alcançou, Vargas ocupou a Presidência da República em duas ocasiões. Assim, no próximo ano, o país poderá ecoar nas ruas: “É tetra... É tetra! É o velhinho de novo!”

 


segunda-feira, 28 de julho de 2025

Meio ambiente abandonado? Campos investe menos de R$ 400 mil no 1º quadrimestre de 2025

Foi publicada no site do TCE-RJ a execução orçamentária dos gastos com gestão ambiental entre janeiro a abril de 2025 das prefeituras de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra. O município que mais aplicou recursos nessa área essencial foi São João da Barra, como mostra o gráfico. Já a prefeitura de Campos investiu pouco mais de R$ 355 mil. É desse jeito!


sexta-feira, 25 de julho de 2025

Energia puxa alta do IPCA-15 de julho apesar da alimentação em queda

 


Prévia da inflação de julho acelera 0,33%, segundo o IPCA-15 divulgado hoje pelo IBGE. Em junho, o índice havia registrado 0,26%. Apesar da queda nos preços dos alimentos pelo segundo mês seguido, a energia elétrica foi a principal responsável pela alta no IPCA-15 de julho, com um aumento médio de 3%.

Ainda assim, trata-se de uma notícia positiva para o país, que vive a tensão diante da possível aplicação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, impostas pelo presidente Trump, um homem que se comporta como se fosse o “dono do mundo”, motivado por interesses políticos e ideológicos. É uma situação lamentável. Esse indivíduo representa uma vergonha para o cenário global contemporâneo, além de constituir uma séria ameaça à ordem democrática.


quinta-feira, 24 de julho de 2025

Riqueza concentrada, pobreza crescente: o paradoxo do Norte Fluminense

 

Julho de 2025

Saíram os números vergonhosos da pobreza de julho de 2025 na região Norte Fluminense, composta por municípios produtores de petróleo. Trata-se de uma das áreas consideradas mais ricas do estado do Rio de Janeiro, por abrigar dois investimentos de grande porte: a Petrobrás e o Porto do Açu. Em teoria, esses empreendimentos deveriam ampliar as oportunidades de trabalho e geração de renda. Além disso, as prefeituras locais contam com orçamentos bilionários.

No entanto, conforme dados do Ministério da Cidadania, observa-se um crescimento contínuo no número de pessoas em situação de vulnerabilidade social, segundo o Cadastro Único (CadÚnico). Uma contradição evidente. O exemplo mais alarmante é o de São João da Barra, município vizinho e sede do Porto do Açu, com uma renda per capita próxima de R$ 270 mil ao ano, mas onde a pobreza atinge mais de 70% dos moradores. Um retrato lamentável!


quarta-feira, 23 de julho de 2025

Prefeituras da região recebem royalties de julho nesta quarta-feira

 

Os royalties dos municípios petro-rentistas do estado do Rio de Janeiro foram depositados hoje pela ANP. As cidades da Bacia de Campos, como Campos, Rio das Ostras, São João da Barra, exceto Macaé receberam menos do que os municípios da Bacia de Santos, como Maricá, Niterói e Saquarema, de onde o óleo extraído provém dos poços de petróleo do pré-sal. Dinheiro tem!


Por Wellington Abreu - Superintendente de Petróleo, Gás e Tecnologia – São João da Barra (RJ)

 

Royalties em Queda e a Crise da ANP: Um Alerta ao Brasil Energético

 

 “Os repasses de royalties aos municípios produtores sofreram variações discretas em relação ao mês anterior. Em maio, o Brasil alcançou uma produção média de 3,679 milhões de barris de petróleo por dia — crescimento de 1,3% frente a abril e de 10,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No entanto, o preço médio praticado em maio não foi suficiente para impulsionar os repasses de forma uniforme.

Municípios beneficiados pela produção do pré-sal na Bacia de Santos registraram leve queda, impactados pela redução na produção do campo de Búzios. Em contrapartida, no Norte Fluminense, Campos dos Goytacazes e Quissamã apresentaram aumento nos repasses, impulsionados pela maior produção nos campos de Espadarte e Tartaruga Verde. No caso específico de Quissamã, não descarto a possibilidade de que a alta observada também esteja relacionada a um reflexo de decisão judicial recente — hipótese que ainda será devidamente averiguada.

Em São João da Barra, a retração se deve à diminuição pontual da produção no campo de Roncador, que passa por paradas técnicas para conexão de novos poços e manutenções estratégicas. Roncador é um campo de elevada complexidade, operado por quatro plataformas distribuídas por módulos, e sua recuperação plena está associada ao aumento da eficiência e do fator de recuperação.

Faço aqui um alerta urgente à sociedade e às autoridades: a Agência Nacional do Petróleo (ANP), responsável por regular mais de 90% das exportações energéticas brasileiras e garantir bilhões em arrecadação pública, atravessa uma crise sem precedentes. A ANP é, hoje, a mais estratégica das agências reguladoras — e está sendo enfraquecida por restrições orçamentárias incompreensíveis.

Basta lembrar que, só neste ano, o governo federal liberou R$ 20,7 bilhões em recursos, sendo R$ 17,9 bilhões provenientes de leilões do pré-sal — organizados, fiscalizados e viabilizados pela própria ANP. É inadmissível que essa agência esteja operando de forma remota, com sede fechada três dias por semana por falta de verba.

Essa paralisia compromete leilões, fiscalizações, contratos, novos investimentos e, sobretudo, a arrecadação de estados e municípios. E afeta diretamente o consumidor, que já sofre com a instabilidade dos preços nos postos.

São João da Barra já enviou manifestações oficiais a todos os parlamentares federais, ministérios e à Casa Civil. Seguiremos vigilantes. O Brasil precisa valorizar sua inteligência institucional.

Por fim, reforço nossa preocupação com o cenário internacional. As recentes tensões tributárias entre Estados Unidos e Brasil não ajudam a ninguém. Criam um ambiente tóxico e incerto para o mercado global de energia. O petróleo segue oscilando, refletindo uma queda de braço entre a geopolítica da OPEP+ e os interesses unilaterais do presidente americano. A transição energética exige estabilidade, não bravatas.”

 

terça-feira, 22 de julho de 2025

Macaé se destaca com quase R$ 2 bilhões executados em apenas quatro meses de 2025

 

No gráfico, observa-se a execução orçamentária da receita total do primeiro quadrimestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024, referente às prefeituras de Campos, Macaé e Rio das Ostras, conforme dados extraídos do TCE-RJ. Apenas São João da Barra não apresentou informações referentes a 2024.

A título de observação, Macaé registra a maior arrecadação nos dois períodos analisados. O município também possui o maior orçamento fiscal da região Norte Fluminense. Portanto, nada como ser a economia do petróleo. O dinheiro sobra!


segunda-feira, 21 de julho de 2025

Região Norte Fluminense: produtores de cana são enquadrados como agricultores familiares pela Lei 1440/2019

 

PROJETO DE LEI Nº 1440, DE 2019

Análise

Trata-se de uma proposta apresentada pelo então Deputado Federal Wladimir Garotinho, com a finalidade de atender às necessidades dos produtores rurais das regiões Norte e Noroeste Fluminense, áreas marcadas por escassez de chuvas, o que dificulta o cultivo de diversas lavouras.

A iniciativa, construída em conjunto com o setor agrícola local e deputados e senadores do Congresso Nacional, busca equiparar essas localidades ao semiárido nordestino, que já conta com reconhecimento legal e acesso ao Benefício Garantia-Safra, apoio financeiro oferecido pelo governo federal a agricultores que enfrentam perdas significativas por fatores climáticos. Para isso, os municípios precisariam atender aos critérios legais estabelecidos para habilitação ao crédito.

Após essa contextualização, passamos à análise da Lei nº 1440/2019:

Trecho importante da ementa:

“Estabelece área de semiárido; altera a Lei nº 10.420, de 10 de abril de 2002, para estender a área de abrangência do Benefício Garantia Safra aos Municípios que especifica; e cria o Fundo de Desenvolvimento Econômico do Norte e do Noroeste Fluminense.”

A norma reconhece como integrantes da área semiárida os seguintes municípios do Estado do Rio de Janeiro: Italva, Cardoso Moreira, Campos dos Goytacazes, São João da Barra, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana, Porciúncula, Natividade, Laje do Muriaé, Itaperuna, Bom Jesus do Itabapoana, Varre-Sai, São José de Ubá, Miracema, Itaocara, Cambuci, Aperibé, Santo Antônio de Pádua, Carapebus, Conceição do Macabu, Macaé e Quissamã. Com isso, passam a ter direito ao acesso ao programa federal.

A proposta modifica a Lei nº 10.420/2002 para incluir os municípios listados como aptos a serem beneficiados. Para esclarecer o funcionamento do programa, citamos o seguinte artigo:

Art. 5º O pagamento do Benefício Garantia-Safra será efetuado ao agricultor familiar que aderir ao Programa, desde que constatada perda de safra igual ou superior a 50% no seu município, em razão de seca ou excesso de chuvas, e que atenda aos demais critérios definidos em regulamento.”

Além disso, o texto legal institui o Fundo de Desenvolvimento Econômico do Norte e do Noroeste Fluminense, que será financiado por contribuições, doações e financiamentos provenientes de entidades privadas, nacionais ou estrangeiras.

Destacamos também o Art. 3º da Lei 1440/2019, que altera o caput do artigo abaixo da Lei nº 10.420/2002:

Art. 1º É criado o Fundo Garantia-Safra, de natureza financeira, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e instituído o Benefício Garantia-Safra, com o objetivo de garantir condições mínimas de sobrevivência aos agricultores familiares de Municípios sistematicamente sujeitos a perda de safra por razão do fenômeno da estiagem ou excesso hídrico, compreendendo:

I – a área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), definida pela Lei Complementar nº 125, de 3 de janeiro de 2007;
II – os Municípios já citados no Estado do Rio de Janeiro.”

Por fim, é importante observar que a Lei nº 1440/2019 incorpora os territórios das regiões Norte e Noroeste do estado à área de abrangência da SUDENE, permitindo que recebam os mesmos benefícios, públicos e privados, garantidos por essa legislação, especialmente em situações de adversidade climática com impacto direto na produção agrícola.

Um ponto que chama atenção é a menção explícita a agricultores familiares. Surge então a dúvida: os produtores de cana-de-açúcar da região Norte Fluminense se enquadram nesse perfil? Pela nossa interpretação da Lei 1440 de 2019, eles foram equiparados, sim.

 


quinta-feira, 17 de julho de 2025

Educação: Macaé tem a maior execução orçamentária no 1º quadrimestre de 2025

 

A execução orçamentária da Educação pública municipal de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, de janeiro a abril de 2025, demonstra que esse importante segmento da política pública local está recebendo recursos significativos para se desenvolver. No período considerado, o maior investimento foi o de Macaé, segundo o TCE-RJ e conforme os dados do gráfico.


quarta-feira, 16 de julho de 2025

São João da Barra supera Rio das Ostras em arrecadação de ICMS no 1º quadrimestre de 2025

 

A arrecadação do ICMS dos municípios de Campos, Macaé e Rio das Ostras aumentou de janeiro a abril de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024, conforme pode ser observado nos dados do gráfico.

Apenas o desempenho da receita de São João da Barra não pôde ser calculado, pois os números do primeiro quadrimestre ainda não estão disponíveis no site do TCE-RJ.

Ainda assim, a arrecadação do ICMS do município merece destaque, já que superou a de Rio das Ostras no mesmo intervalo de tempo, impulsionada pela atividade econômica gerada pelo Porto do Açu. Isso é bastante positivo.


terça-feira, 15 de julho de 2025

Empregabilidade na construção civil despenca em maio de 2025 no Norte Fluminense

 

O setor da construção civil, no que diz respeito à criação de empregos no mês de maio de 2025 em comparação a maio de 2024, apresentou um cenário pouco animador. No mercado de trabalho da economia de Campos, houve uma expressiva diminuição nas vagas; em Macaé, o aludido segmento registrou aumento nas contratações; em Rio das Ostras, o saldo líquido negativo se agravou; e em São João da Barra, o mês de maio de 2025 também encerrou com resultado negativo, porém em número inferior ao de 2024, conforme os dados do gráfico. 

Dessa forma, pode-se afirmar que a construção civil em maio de 2025 teve desempenho satisfatório apenas na economia macaense. Infelizmente.

 


segunda-feira, 14 de julho de 2025

Prévia do PIB recua com agro em queda — e o “tarifaço” de Trump ainda nem começou

 

O IBC-BR, índice de atividade econômica do Banco Central que antecipa o comportamento do PIB, apresentou recuo de 0,7% em maio, influenciado principalmente pela retração de 4,2% na agropecuária e pela diminuição de 0,5% na indústria. O setor de serviços,  vale lembrar, o maior da economia, manteve-se estável.

Foi a primeira vez que o indicador registrou queda em 2025; a última retração havia ocorrido em dezembro de 2024, quando houve recuo de 0,9%. Na comparação com maio do ano anterior, o IBC-BR aponta avanço de 3,3%. No acumulado do ano, a elevação é de 2,6%, e no intervalo de 12 meses, o crescimento atinge 4%.

A retração observada em maio está diretamente ligada ao atual patamar da taxa Selic, fixada em 15% pelo Banco Central, com o objetivo de conter o ritmo da economia. O cenário é preocupante, pois a desaceleração da atividade impacta diretamente a geração de renda e a manutenção dos empregos. Nesse contexto, as empresas, diante da conjuntura adversa, tendem a reduzir seus aportes produtivos, o que evidentemente não é desejável.

Além disso, se a agropecuária já apresentou retração expressiva em maio, a expectativa é ainda mais negativa a partir de agosto, com a entrada em vigor das tarifas de 50% impostas pelo governo Trump sobre produtos brasileiros, especialmente do agronegócio. A tendência é de agravamento do quadro.

Dessa forma, o panorama econômico segue instável e cercado de incertezas, gerando apreensão entre os agentes do mercado até o dia 1º de agosto, data prevista para a implementação do chamado “tarifaço” trumpista. A comemoração desse fato por parte de setores bolsonaristas é algo profundamente lamentável.

 


sexta-feira, 11 de julho de 2025

Campos amarga queda na arrecadação do ISS e termina o 1º quadrimestre como lanterninha do grupo

 

Segundo os dados da arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) de janeiro a abril de 2025, comparados ao mesmo período de 2024 e encaminhados pelos municípios ao TCE-RJ, conforme apresentado no gráfico, fica evidente que a economia de Campos arrecadou menos do que Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra no primeiro quadrimestre de 2025. Em relação à arrecadação do ISS de São João da Barra em 2024, os relatórios não estão disponíveis no site do TCE-RJ.

Isso revela que o desempenho econômico de Campos é frágil, marcado por atividades de baixo valor agregado e remuneração limitada aos seus trabalhadores, diferente das demais localidades, que contam com uma base industrial mais robusta, capaz de gerar significativa receita de ISS para suas administrações, devido ao forte setor de atividades de prestação de serviços.

Além disso, é notório entre os empresários campistas que "o dinheiro sumiu da praça", uma percepção amplamente compartilhada por todos. E isso é preocupante.

Dessa forma, é possível afirmar que Campos ocupou a última posição no ranking de arrecadação no período analisado. Em outras palavras, Campos foi o lanterninha do grupo.

 

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Maio de 2025 registra salto no emprego industrial no Norte Fluminense

 

Segundo o CAGED, a atividade industrial da economia de Campos gerou, em maio de 2025 em relação a maio de 2024, 63,75% mais empregos com carteira assinada, impulsionada pelo início da safra do setor sucroalcooleiro. Já em Macaé, o impacto positivo na curva da empregabilidade foi bem maior no mesmo período, atingindo 175,73%.

Os empregos da indústria de São João da Barra, em virtude das atividades portuárias do Açu, também aumentaram 583,33% no mesmo recorte de tempo da análise em tela. Infelizmente, o único município onde a indústria teve uma pequena melhora foi Rio das Ostras, que criou apenas dois postos de trabalho formais em maio de 2025, já que em maio de 2024 os números foram negativos.

Em face desse contexto, pode-se dizer que o desempenho do emprego industrial na região Norte Fluminense foi satisfatório. Somente Rio das Ostras criou poucos empregos na indústria.

 


quarta-feira, 9 de julho de 2025

Com Petrobrás e Porto do Açu na região, por que cresce o número de vulneráveis no CADÚNICO às vésperas de 2026?

 Número de Pessoas cadastradas no CADÚNICO de maio e junho de 2025 

Segundo os dados sobre a pobreza ou o número de pessoas cadastradas em situação de vulnerabilidade social no CADÚNICO, publicados pelo Ministério da Cidadania do Governo Federal, no comparativo entre os meses de maio e junho de 2025, observa-se um aumento nos registros de pobreza nos municípios de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, conforme demonstrado na tabela acima.

O mais curioso e contraditório, no que se refere ao panorama da pobreza, é que essas cidades, onde houve crescimento no número de cadastros no CADÚNICO, estão inseridas em uma região considerada a mais próspera, ou ao menos uma das mais favorecidas economicamente do estado do Rio de Janeiro: o Norte Fluminense. Essa condição se deve ao fato de abrigar dois empreendimentos de relevância internacional, a Petrobrás e o Porto do Açu.

Dessa forma, trata-se de uma área que, em tese, deveria proporcionar mais oportunidades de trabalho aos cidadãos em situação de vulnerabilidade, permitindo sua emancipação dos programas assistenciais ou de complementação de renda. Contudo, o que se verifica, na realidade, é o oposto: o número de cadastrados não para de crescer.

Para concluir, talvez a proximidade do ano eleitoral de 2026 esteja influenciando os prefeitos desses municípios a ampliarem o referido cadastro social, ou não? São João da Barra, por exemplo, sede do Porto do Açu, foi o local onde a pobreza mais cresceu em junho de 2025. Basta observar a tabela. É, no mínimo, estranho!

 


terça-feira, 8 de julho de 2025

Juros a 15%: o banquete dos bancos é pago pelos pequenos empresários

 

Enquanto a taxa Selic de 15% ao ano segue no patamar mais elevado dos últimos 19 anos, micros, pequenos e médios empresários que dependem de capital de giro para manter suas atividades estão se endividando a um custo financeiro altíssimo. Com isso, a inadimplência tem aumentado no Brasil, segundo dados do Banco Central.

É o velho jogo: para um ganhar, o outro precisa perder. Nessa conjuntura de juros elevados, quem mais lucra são os banqueiros da Faria Lima, em São Paulo, favorecidos pelo Banco Central independente, concessão feita durante o governo Bolsonaro, que na prática entregou o controle da instituição ao mercado financeiro. Enquanto os bilionários do país ampliam suas fortunas, o setor produtivo real, responsável por gerar empregos, renda e tributos, permanece em segundo plano, como exemplificam os pequenos empreendedores.

Para ilustrar e concluir: os empréstimos ao setor produtivo em maio somaram R$ 1,179 bilhão, uma alta de 11,6% em 12 meses. A maior parte desse volume foi destinada a capital de giro. Essa é a dura realidade do nosso Brasil: quem paga a conta para os super ricos ficarem ainda mais ricos são os pequenos.

 


Campos pagou mais de R$ 34 milhões em dívidas e juros nos primeiros meses de 2025, verba que poderia ir para saúde e educação

 

Na execução orçamentária da amortização da dívida e dos juros pelas Prefeituras de Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, no período de janeiro a abril de 2025, conforme dados extraídos do TCE-RJ, observa-se que, no contexto apresentado pelo gráfico, o município que mais destinou recursos para esse fim no segundo quadrimestre foi Campos. Já Macaé, no mesmo intervalo, não efetuou qualquer pagamento referente a essas obrigações.

Em relação a Rio das Ostras, o montante quitado nos quatro meses foi de apenas R$ 304,9 mil, enquanto São João da Barra desembolsou R$ 1,8 milhão. Ambos os entes realizaram amortizações pouco expressivas, como se pode constatar.

Diante desse cenário, evidencia-se que a Prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ) foi a que mais alocou recursos para o pagamento de dívidas e encargos financeiros. Verba essa que, em outras circunstâncias, poderia estar sendo investida em áreas essenciais como saúde e educação, mas que, na prática, acaba sendo absorvida pelo mercado financeiro.

 


segunda-feira, 7 de julho de 2025

Serviços impulsionam empregos em Macaé e São João da Barra, mas registram queda em Campos e Rio das Ostras em maio de 2025

 

Segundo os dados do CAGED, o segmento econômico de prestação de serviços reduziu a criação de empregos nos municípios de Campos e Rio das Ostras, no mês de maio de 2025 em relação a maio de 2024. Já no que diz respeito à economia de Macaé e São João da Barra, observa-se uma elevação no saldo líquido de empregos no mesmo período de análise. Estas últimas economias são as que hospedam os dois grandes empreendimentos da região Norte Fluminense: a Petrobras e o Porto do Açu.


sexta-feira, 4 de julho de 2025

Pacotaço de Trump favorece os ricos, penaliza os pobres, até Elon Musk está na mira da deportação

 

As importações da China reduziram para 7,1% em maio, após atingirem 14% em setembro de 2024, segundo o Departamento do Censo dos EUA. É o nível mais baixo desde 2001. Já são os efeitos provocados pela política de “tarifaço” do governo Donald Trump.

Essa medida protecionista, que atinge duramente a livre concorrência e o multilateralismo comercial, é preocupante, pois pode provocar um recrudescimento da inflação na economia americana. E forçar o FED, banco central dos EUA, a elevar os juros.

O cenário econômico e político nos Estados Unidos está hilariante na atual conjuntura, com o “pacotaço” fiscal de Trump prestes a ser aprovado pelo Congresso Nacional, retirando recursos da saúde pública da população mais vulnerável, especialmente os idosos. E favorecendo os mais abastados, bem ao estilo da extrema direita internacional (e também no Brasil). Defendem os ricos e penalizam os pobres!

E para finalizar, apenas para não deixar passar em branco: até o bilionário Elon Musk, com diversos contratos generosos com o Estado, está sendo ameaçado de deportação por Trump. É risível. Outro ponto para encerrar: Trump está eliminando os subsídios concedidos pelos governos democratas a consumidores americanos interessados em adquirir veículos elétricos, especialmente da Tesla. Isso tem incomodado profundamente o empresário Musk. É aquela velha máxima: ser bilionário às custas do dinheiro público é muito bom, ou não, Elon Musk? É assim que funciona. E viva o liberalismo!

 


Cultura milionária: Governo Wladimir Garotinho eleva em 63% os gastos do setor no início de 2025 em relação a 2024.

 

Segundo a execução orçamentária de janeiro a abril de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024, os gastos com a política pública da área da cultura aumentaram em Campos 63,39%; em Macaé, houve redução de 14,05%; e em Rio das Ostras, uma leve queda de 0,49%. No caso de São João da Barra, não foi possível calcular, pois os dados não constam no site do TCE-RJ, fonte das informações.

Esses investimentos foram realizados pelas prefeituras dos municípios mencionados nos itens Difusão Cultural e Administração Geral. No caso específico de Campos, as despesas com Difusão Cultural totalizaram R$ 4.208.599,66, enquanto Administração Geral somou R$ 4.109.985,97, apenas nos primeiros quatro meses de 2025. Um resultado promissor para o setor em questão.

Diante desse cenário de expressivos aportes na cultura campista, espera-se que os artistas e cantores da cidade estejam sendo devidamente valorizados com esses recursos públicos, a fim de gerar emprego e movimentar a economia local. Essa é a nossa torcida.

 


quinta-feira, 3 de julho de 2025

Macaé lidera a geração de empregos no comércio em maio de 2025; Campos aparece em segundo

 

 Segundo os dados do emprego no comércio pelo CAGED, o município de Macaé, em maio de 2025, ampliou a criação de postos de trabalho em relação a maio de 2024. O mesmo ocorreu com a economia de Campos e de São Barra. Apenas Rio das Ostras apresentou redução na geração de empregos no comércio no mesmo período analisado nesta postagem.

Para encerrar, os municípios que mais vagas formais abriram no comércio em maio de 2025 foram Macaé, com 183 empregos, seguido por Campos.

Portanto, pode-se afirmar que o cenário da empregabilidade em maio de 2025 foi positivo, com exceção de Rio das Ostras, onde houve uma diminuição.


quarta-feira, 2 de julho de 2025

Sem o açúcar e no fim do petróleo, Campos enfrenta estagnação no emprego e na renda

O gráfico apresenta o comportamento do mercado de trabalho da economia de Campos dos Goytacazes (RJ), de janeiro a maio de 2024 e 2025, por meio do quantitativo do saldo líquido do CAGED, com o objetivo de proporcionar uma melhor interpretação aos leitores.

Como se observa pela curva, a empregabilidade no nosso município é bastante limitada ou até mesmo negativa, como ocorre nos meses de janeiro e março de 2025, o que reforça o argumento da fragilidade da economia local, estruturada principalmente nas atividades comerciais e de serviços com baixa remuneração.

Todavia, ao chegar em abril, período que antecede o início da safra do setor sucroalcooleiro, conforme se verifica nos dados do gráfico, tanto em 2024 quanto em 2025, a tendência se inverte, e o mercado de trabalho local intensifica as contratações de mão de obra. Nesse cenário, é importante lembrar que esses trabalhadores serão dispensados já a partir da segunda quinzena de agosto, visto que lidamos, infelizmente, com uma atividade industrial de ciclo econômico sazonal e carência de matéria-prima para abastecer as duas usinas ainda existentes, que operam em meio a sérias dificuldades financeiras. Isso é delicado.

Portanto, como já temos exaustivamente sinalizado, a economia campista depende atualmente das maiores fontes de renda ou salários oriundos dos grandes empreendimentos do Porto do Açu, em São João da Barra, e da Petrobras, em Macaé. Apenas para contextualizar: tivemos o vigoroso ciclo do açúcar, o extrativismo vegetal que já se encerrou, e vivemos agora o declínio do ciclo do petróleo, ligado ao extrativismo mineral. Por esses e outros motivos, a economia da cidade se encontra em um processo de desaceleração.

 

 

terça-feira, 1 de julho de 2025

Economia de Campos gera empregos em maio de 2025, mas perde fôlego frente a 2024

 

O gráfico apresenta os dados do emprego publicados ontem pelo CAGED, do mercado de trabalho da economia de Campos dos Goytacazes (RJ), de maio de 2025 em relação a maio de 2024. Como já era esperado por conta do início da safra do setor sucroalcooleiro, a economia campista abriu no mês de maio de 2025 1.604 postos de trabalho. Quando se observa o quantitativo dos empregos gerados no mesmo mês do ano passado, eles foram maiores. O total ficou em 1.666 empregos com a carteira assinada. Então, houve uma retração na empregabilidade da economia local em maio de 2025 de 3,72%.

Importa salientar, no ensejo, que os segmentos econômicos que impactaram positivamente a curva da empregabilidade tanto em maio de 2024 como em 2025 foram a agropecuária, a indústria e o setor de prestação de serviços. Este último, impulsionado pela elevação do fluxo de renda decorrente da conjuntura da safra canavieira.

Portanto, a guisa de lembrança, o presente cenário se constitui numa boa notícia para a cidade. Mas não podemos esquecer que esses empregos são sazonais, em função da safra do setor canavieiro, como já ressaltado anteriormente. Logo que terminar o ciclo da moagem da cana-de-açúcar em Campos, via de regra em setembro, por não haver matéria-prima suficiente para as duas usinas em dificuldade financeira desenvolverem suas atividades operacionais, esses trabalhadores serão demitidos e a economia municipal voltará a amargar o desemprego. Infelizmente.


Por Alcimar das Chagas Ribeiro

 

A mesorregião Norte Fluminense gerou 3,34 mil vagas de emprego em maio

 


O saldo de emprego na mesorregião Norte Fluminense dobrou em maio com relação a abril. Foram gerados 3.340 novos empregos no mês contra 1.651 empregos em abril. Campos dos Goytacazes liderou o processo com um saldo de 1.604 empregos, tendo o setor agropecuário contribuído com 54,49% em função do início da safra de cana de açúcar. Macaé gerou um saldo de 988 empregos no mês e São Francisco de Itabapoana gerou um saldo de 377 empregos também sob forte influência do setor sucroalcooleiro que contribui com 85,67% no mês. São João da Barra gerou 247 novas de emprego no mês.

No acumulado de janeiro a maio foram gerados 8.211 vagas de emprego na mesorregião. Macaé mantém a liderança com participação de 56,81%, seguido por Campos dos Goytacazes com participação de 27,96%, São Francisco de Itabapoana com participação de 6,80% e São João da Barra com participação de 4,98% no acumulado do ano.

Na avaliação setorial, considerando os principais munícipios geradores de emprego - Macaé, Campos, São Francisco São João Barra - as atividades industrias foram responsáveis pela geração de 4.451 vagas de emprego, seguido pelas atividades de serviços com 3.877 vagas, das atividades agropecuárias com a geração de 1.405 vagas, das atividades de comércio com 483 vagas e da construção civil com 191 vagas no período.

O estado do Rio de Janeiro gerou 45.890 vagas de emprego no período e o país gerou 1.051.244 emprego no acumulado do ano.