Segundo a execução
orçamentária da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ), de janeiro
a outubro de 2024, o orçamento aprovado pela Câmara Municipal no final de 2023
foi de R$ 2.695.157.906,26. Desde o início, alertamos que o orçamento estava
subestimado, algo que os números agora comprovam, o que não é uma novidade.
Devido às suplementações
orçamentárias e à necessidade do governo Wladimir Garotinho em atender às
crescentes demandas típicas de um ano eleitoral, como o de 2024, a receita
prevista no orçamento foi ajustada ao longo dos dez meses do ano, alcançando R$
3.006.752.321,14, após as devidas atualizações realizadas. Contudo, até outubro
de 2024, a receita realizada, ou seja, efetivamente arrecadada, totalizou
apenas R$ 2.527.521.893,16.
Em relação às despesas, a
dotação atualizada até outubro foi de R$ 3.288.907.237,92. Deste total, as
despesas empenhadas atingiram R$ 2.998.464.858,86, as liquidadas totalizaram R$
2.595.199.765,07 e as despesas efetivamente pagas somaram R$ 2.545.916.195,13.
Esses dados foram extraídos do Balanço Orçamentário da prefeitura encaminhado
ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).
Portanto, nesse contexto,
conclui-se que, até outubro de 2024, o governo Wladimir Garotinho enfrentou
dificuldades financeiras para efetuar o pagamento das despesas liquidadas. Isso
pode ser constatado no fato de que as despesas pagas são inferiores às despesas
liquidadas, que já cumpriram os trâmites legais e estão aptas para pagamento.
Outro ponto a ser
destacado é o aumento do orçamento. O governo Wladimir tem orçamento
disponível, como mostram os números. No entanto, a receita arrecadada é
insuficiente diante do orçamento suplementado, que totalizou R$
3.288.907.237,92, enquanto a arrecadação atingiu apenas R$ 2.527.521.893,16.
Esse cenário evidencia a falta de caixa ou liquidez para honrar os compromissos
assumidos, ou seja, os empenhos realizados.
Considerando esse
panorama, é provável que o governo enfrente dificuldades para encerrar o
exercício fiscal de 2024 em conformidade com os preceitos da Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF). Não à toa, após as eleições, o governo aprovou o programa REFIS
na Câmara Municipal, um indicativo de que busca alternativas para amenizar os
problemas financeiros enfrentados. O cenário, claramente, é desafiador.
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