O Boletim Focus divulgado
hoje pelo Banco Central trouxe uma nova previsão para o PIB da economia
brasileira em 2024: antes estimado em 2,43%, agora a previsão é de 2,46%. Em
relação ao PIB do segundo semestre, o IBGE publicará os dados amanhã, e estamos
ansiosos para saber o resultado.
O boletim também indica a
possibilidade de elevação do dólar, da inflação e da taxa de juros Selic nos
próximos meses. Esse cenário pessimista, de acordo com nossa interpretação,
pode estar relacionado ao atual aquecimento da demanda agregada na economia brasileira,
além da pressão do mercado para que o governo federal não descuide do ajuste
fiscal das contas públicas. A tensão geopolítica no Oriente Médio e o retorno
da inflação na Ucrânia também têm gerado preocupações.
Por outro lado, mantendo o
raciocínio da nossa análise sobre os fundamentos da macroeconomia nacional,
particularmente no que tange à variável dólar, a tendência é de redução se
forem confirmadas as expectativas do Banco Central americano quanto ao corte de
juros. A conclusão é simples: se houver aumento da Selic e diminuição da taxa
de juros pelo FED, o caminho mais provável será a queda do dólar com a
valorização do real. Isso aumentaria a competitividade no mercado de bens e
serviços da economia doméstica, contribuindo para manter a inflação dentro da
meta.
Portanto, diante do
exposto, resta aguardar o desenrolar dos acontecimentos no mundo econômico,
cuja realidade é sempre de extrema volatilidade, especialmente na atual
conjuntura internacional repleta de surpresas desagradáveis.
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