É necessário e urgente que
as autoridades municipais resolvam de imediato à situação do trânsito, bastante
confuso, em Campos dos Goytacazes (RJ). Dificilmente se observa motorista e
motociclistas obedecendo às sinalizações de trânsito. Via de regra, todos eles
burlam os sinais luminosos, inclusive alguns motoristas de ônibus, o que é
ainda mais grave.
A responsabilidade por
colocar ordem no trânsito é da prefeitura, por meio da Guarda Municipal, que há
anos tem se mostrado omissa em suas mais sagradas atribuições. Isso é
inaceitável, pois pagamos muitos impostos e não vemos a contrapartida do poder
público na prestação de serviços na mesma proporção.
O que os motociclistas
fazem pelas ruas da nossa cidade é muito perigoso, porque, além de colocarem
suas próprias vidas em risco ao desobedecerem à legislação vigente, também
colocam as nossas. Admito até que houve algum avanço no trânsito de Campos, com
a instalação de sinais e ciclo faixas, que permitem uma relação mais humanizada
entre motoristas e ciclistas, já que o direito à cidade é coletivo. Temos que
ressaltar que o direito ao espaço público é de todos e não apenas daqueles que
possuem poder econômico.
Portanto, acho que passou
da hora da prefeitura de Campos atuar de forma mais austera na coibição dos
abusos no trânsito, tanto por parte dos motoristas quanto dos motociclistas.
Antes de concluir, quero deixar registrada a minha solidariedade com a família
da ciclista que foi morta na Avenida Arthur Bernardes por um caminhão que
jamais deveria estar passando por ali. Todavia, como o governador do estado do
Rio de Janeiro e o prefeito de Campos são duas autoridades omissas, esse fato
lamentável e repudiável ocorreu, levando a vida de uma inocente. E o prefeito
Wladimir, tardiamente, resolveu tomar providências, como, por exemplo, impedir
o tráfego de caminhões na zona urbana da cidade, a partir de primeiro de
setembro. Na verdade, tais medidas deveriam ter sido tomadas anteriormente.
Mas, como tudo no Brasil, só funciona após um trauma ou o surgimento de um
cadáver, como foi o caso da jovem que morreu. A vida segue. Para não esquecer:
é urgente reabrir a Estrada dos Ceramistas, senão mais inocentes morrerão na
Arthur Bernardes.
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