Retrato da desigualdade social no município de Campos dos Goytacazes (RJ) de março de 2023
Tabela
Gráfico
Segundo
os dados do Cadastro Único do Ministério da Cidadania do Governo Federal, de
março de 2023, o município de Campos dos Goytacazes (RJ), tem 236.525 pessoas
cadastradas em estado de vulnerabilidade social.
Desse
total, de acordo com a tabela e o gráfico, temos de pessoas cadastradas em famílias
em situação de extrema pobreza 170.961 ou 72% e 35.733 ou 15% de famílias de baixa
renda. Em situação de pobreza, o quantitativo de pessoas chegam a 12.102 ou a 5%.
E, as pessoas com renda per capita mensal acima de meio salário mínimo, atingem o patamar de 17.729 ou a 7%.
Considerando,
dentro desse contexto, que o nosso município possui segundo o IBGE, uma
população estimada no ano de 2021 de 514.643 habitantes. Se Campos possui no
Cadastro Único, 236.525 pessoas registradas, então, são 45,96% ou quase a metade
da população campista em situação social deplorável. O que nos deixa
profundamente envergonhado.
Tudo
isso, numa cidade que recebeu de rendas petrolíferas segundo o Info Royalties
da Universidade Cândido Mendes, em apenas uma fonte de receita de 1999 a 2021
em valores reais, a fortuna de R$ 30,452 bilhões. Isto sem contabilizar a arrecadação
de 2022. É injustificável e inaceitável, o município campista exibir números tão
vergonhosos como esses, do Cadastro Único do Governo Federal.
Por
fim, em face dessa conjuntura de gritante desigualdade social municipal, uma
pergunta não quer calar: para onde foram os recursos financeiros do ciclo
abundante do petróleo? Para aplacar a miséria da população campista os números
acima demonstram que não foram. Portanto, não adianta justificar o atual
cenário de horror utilizando, apenas, o argumento da pandemia. O quadro de
pobreza e concentração de renda da economia campista é antigo. Será que faltou eficiência
nas políticas públicas dos sucessivos governos, que ocuparam a Prefeitura? É uma
hipótese.
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