O
noticiário econômico na presente conjuntura está recheado de notícias, sobre a
controvérsia envolvendo o Presidente da República e o Banco Central do Brasil.
O
presidente Lula, dispara a sua artilharia na meta de inflação fixada pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN) e executada pelo BACEN.
Segundo
ele, ela encontra-se num patamar muito alto, o que inviabiliza a retomada do
crescimento da economia brasileira. Encarecendo, assim, o crédito no momento em
que as famílias realizam as suas compras de bens e serviços a prazo, e os
empresários querem ampliar os investimentos em máquinas e equipamentos, no
intuito de gerar emprego e renda, e não conseguem. Pois o preço do dinheiro disponível
no mercado financeiro é impraticável para qualquer tipo de empréstimo.
Por
outro lado, temos a posição do Banco Central, cuja função reside no combate da
inflação, no ano passado ela ficou em 5,79% pelo IPCA, importa salientar no
ensejo, fora da meta estabelecida pelo CMN. Para 2023, o objetivo inflacionário
é de 3,25%. Há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais e
para menos, podendo ficar em 1,75% a 4,75%. Por conta da insistência da espiral dos preços em não ceder, o Comitê
de Política Monetária (COPOM), manteve na sua primeira reunião do ano de 2023 a
Selic em 13,75% ao ano.
É exatamente
essa taxa de juros que vem deixando, o presidente Lula irritado, juntamente,
com a postura polêmica do Presidente do Banco Central, no dia da eleição
presidencial ele foi votar com a camisa da seleção brasileira, manifestando
claramente, a sua opção política, de votar no ex-presidente Jair Messias
Bolsonaro.
Agora,
por derradeiro, há além de todas essas questões abordadas no contexto, uma
outra embotada, e ainda, não divulgada, pela mídia corporativa. O desejo
latente, do Presidente da República, de substituir Roberto Campos Neto, e
colocar no seu lugar, o ex- presidente do Banco Central, nos seus oitos anos de
mandato, Henrique Meirelles.
Portanto,
não foi por acaso, que na entrevista, concedida a jornalista do Globo News, em
janeiro, Natuza Nery, Lula, fez a seguinte observação: “que Banco Central
independente é esse? Será que ele é mais independente do que o Meirelles?” Diante
disso, vamos aguardar os próximos capítulos dessa grande novela brasileira sobre
a fritura e futura queda com certeza do presidente do BACEN.
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