CRÔNICA
Por C. Alfredo Soares
O jogo da vida acontece em um campo de flores, espinhos e algumas granadas espalhadas pelo caminho.
Nem sempre uma bomba explodirá aos seus pés, na maioria das vezes serão as surpresas inesperadas que, positivamente, vão nos acompanhar.
Mas a vida consiste em cruzar esse campo, o tempo todo, sabendo onde pisar.
Manter-se inteiro em meio aos estilhaços, quando os astros parecem não cooperar, é da arte do bem viver. Muitos são aqueles que partem sem avisar em meio a uma tarde ensolarada. Olhamos para o lado e não vemos mais alguém que nos fazia companhia. Abre-se um buraco existencial que nos traz de novo a dura realidade de perenidade.
Nesse jogo sobrevivem os armados. Armados de amor e compaixão, exalados em gestos constantes e fluidos. Sinceros e puros. A bondade nos blinda como uma couraça invisível.
Dica 1: Ao proteger o próximo estará se fortalecendo, mas não se iluda, não espere reciprocidade, não perca tempo. O foco é cumprir a missão.
O troféu em disputa já está em suas mãos desde o seu primeiro suspiro.
Ao final uma porta se descortinará. Todos serão transportados e uma nova etapa dará sentido a anterior. O jogo jamais acaba. Ele sempre se reinicia.
Dica 2: Não gaste energia a toa. São mais do que 06 rounds.
Não se compadeça, não olhe pra trás, mas olhe sempre pra quem está ao seu lado. Desfrute dessa oportunidade e seja feliz aqui no presente.
Game over.
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