CRÔNICA
Por C. Alfredo Soares
Tem uma coisa que jamais deveria apagar em nós, capacidade de fazer o outro sorrir e de sorrir com o outro. Isto é tão importante, que beira ao absurdo não considerar isto em meio as chamadas “DRs”, tão comuns entre os casais. Na minha modesta avaliação a perda da capacidade de fazer o outro rir é o primeiro sinal que as coisas vão de mau a pior na relação. Sou daqueles que ri sozinho ao se lembrar de algo que não deu certo em algum momento da vida. Não estou falando dos momentos de dor, mas daquelas situações onde por um detalhe as coisas não deram certo. Na vida e numa relação, as pessoas tem muitas obrigações, que já se previam antes de resolverem dividir a casa, contudo esses problemas precisam ser relativizados, tirar deles a pressão que impomos, pois nada é garantido na hora que dizemos sim um para o outro. Então ria. Não com ar de deboche. Ria daquilo que não deu certo, mas que não feriu ninguém, pois não era pra não dar certo mesmo. Talvez fosse pra ser apenas um aprendizado, para que no futuro, com mais experiência, você e seu par possam usufruir melhor daquela conquista que ficou pra trás. Se permita ser feliz. Viver é experimentar, errar e acertar. O presente é continuar vivo e respirando aguardando o amanhã. Então não se dê tanta importância, nem abandone suas metas. Sorrindo você se aceita e tolera melhor a jornada, que se apresenta longa pra quem entende desde o início a leveza que o ato de rir trás. No seu dia se afaste daqueles que querem impor um regime carrancudo, que reclamam, insatisfeitos, consigo mesmo. A minha reflexão não quer impor, é só uma sugestão, já que a vida tem andado muito tensa ultimamente. Faça como quem recebe um presente e ao abrir tem aquela grata surpresa; sorria e agradeça.
Seja
grato!
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