quinta-feira, 18 de março de 2021

Aumento da taxa de juros Selic para 2,75% é para engordar ainda mais os banqueiros

 




O Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central elevou a taxa de juros Selic que estava em 2% ao ano para 2,75%, no dia de ontem, sob a alegação de que a inflação brasileira, já extrapola a meta inflacionária pré-estabelecida por ele de 3,75% ao ano.

Tal majoração ocorre exatamente numa conjuntura em que a economia brasileira não consegue sair da recessão econômica, e tudo indica, após a elevação da Selic, o quadro econômico pode se agravar, ainda mais, devido ao encarecimento do crédito para empresas que, desejam investir em algum projeto, aquecendo, com isso, o nível de atividade econômica.

Pois o empresariado do país anda profundamente preocupado com o nível de incerteza que ronda a economia brasileira, e nesta situação, a tendência é o capital se recolher esperando, assim, um momento mais oportuno e de baixo risco.

Por outro lado importa salientar, a inflação que hoje atormenta a vida do povo brasileiro, constitui-se numa inflação de custos. Em virtude do aumento dos preços dos combustíveis, onde eles são transportados na sua imensa maioria por caminhões, aliado, todavia, a um choque de oferta, decorrente da falta de alimentos básicos para a população, no mercado interno, por conta da desvalorização do real em relação ao dólar, cujos efeitos de curto e médio prazo é o crescimentos da curva das exportações de bens e serviços.

E, se o governo federal estivesse, investindo nos estoques reguladores de alimentos, abandonados pela equipe econômica de Paulo Guedes, por não acreditarem nesse tipo de política pública, devido à crença deles, na auto- regulação do mercado, onde todos nós sabemos ser uma quimera de laboratório dos economistas liberais, certamente, a nossa realidade seria outra. O Estado poderia muito bem está equilibrando o mercado de alimentos e a população mais pobre não sofreria tanto com a perda de renda, obviamente, aqueles trabalhadores que ainda estão empregados.

Por fim, quero dizer o seguinte: a política monetária restritiva do Banco Central (aumento da taxa de juros) será, sim, um tiro pé. Porque, nessa conjuntura de crise econômica, social e sanitária extremamente profunda vivida pelo Brasil. À única saída viável são as políticas anticíclicas, como por exemplo, a redução dos juros e o aumento do gasto público, caso contrário, a economia ficará patinando, na ilusão da decadente e anacrônica política macroeconômica de Paulo Guedes e do Presidente do BACEN, Roberto Campos Neto. Ambos são lacaios do capital financeiro da Avenida Faria Lima em São Paulo. O aumento dos juros é a alegria dos banqueiros, em detrimento do capital produtivo gerador de empregos, de renda e impostos. Que decepção!

 


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