quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Empresa municipal ou a estatal do cabidão de emprego?

 





O prefeito eleito no último domingo, Wladimir Garotinho, em entrevista ontem pela manhã na radio Folha FM, declarou que criará uma Empresa Municipal de contratação de mão de obra, logo que for empossado no dia primeiro de janeiro de 2021. E, no seu governo, “não terá lugar para cabide de emprego, espaço para malandro e de pessoas ligadas a A, B, ou C. A prefeitura deve ser a indutora do desenvolvimento econômico do município.” 

Diante dessa colocação, o ilustre prefeito, já sinaliza, sobre a possiblidade, de formalizar alguns contratados por RPAs, a custa do dinheiro do contribuinte, numa conjuntura de escassez financeira. Repetindo, todavia, numa proporção, obviamente, menor e num modelo diferente, porém, na essência é a mesma coisa, o governo Rosinha. Que possuía inúmeras empresas terceirizadas de fora do município,  que sangravam, o orçamento municipal, em detrimento dos concursos públicos. Além disso tudo e o mais grave,  era o  desrespeito acintoso, a forma constitucional de ingresso dos recursos humanos na Administração Pública. Já, que nessas unidades terceirizadas haviam também, algumas categorias de trabalhadores  sujeitas ao imperativo do concurso. 

E, ainda, o governo da aludida prefeita, alegava a época, que a impossibilidade de se realizar os concursos públicos, estava na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em face do limite do índice de gasto com pessoal. O que na prática constituía-se, numa forma disfarçada para se contratar as indicações políticas e os amigos do poder, em razão da inexistência de DAS suficientes, para atender a todos os interessados em participar do banquete público.

O governo Wladimir Garotinho, de acordo com o seu discurso lançado na praça, sinaliza que a sua gestão, não será nada diferente, do governo da sua mãe. Por ser, um governo de centro-direita, trazendo no seu bojo, todos àqueles execráveis vícios do passado. O que não é novidade para ninguém.

Na sua própria entrevista sobre a criação da nova empresa, ele deixa claro, o seu viés clientelista natural das velhas oligarquias paroquiais, sem antes de entrar na prefeitura, no intuito de verificar os dados reais da máquina pública, em que o prefeito Rafael Diniz, está negando o acesso. Para, depois, então, fazer um profundo diagnóstico sobre as contas públicas, e com isso, programar, as medidas cabíveis e necessárias de curto, médio e longo prazo, no sentido de mitigar a crise fiscal, financeira e econômica do município.  O que é lamentável.

Por fim, quero dizer que esse filme é antigo, e acho que a futura estatal de mão de obra, será o cabidão de emprego, institucionalizado do governo Wladimir Garotinho. Vamos aguardar para conferir o final desse processo todo. E viva a nossa cidade!


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