O prefeito
eleito no último domingo, Wladimir Garotinho, em entrevista ontem pela manhã na
radio Folha FM, declarou que criará uma Empresa Municipal de contratação de mão
de obra, logo que for empossado no dia primeiro de janeiro de 2021. E, no seu
governo, “não terá lugar para cabide de emprego, espaço para malandro e de
pessoas ligadas a A, B, ou C. A prefeitura deve ser a indutora do desenvolvimento
econômico do município.”
Diante dessa colocação, o ilustre prefeito, já sinaliza, sobre a possiblidade, de formalizar alguns contratados por RPAs, a custa do dinheiro do contribuinte, numa conjuntura de escassez financeira. Repetindo, todavia, numa proporção, obviamente, menor e num modelo diferente, porém, na essência é a mesma coisa, o governo Rosinha. Que possuía inúmeras empresas terceirizadas de fora do município, que sangravam, o orçamento municipal, em detrimento dos concursos públicos. Além disso tudo e o mais grave, era o desrespeito acintoso, a forma constitucional de ingresso dos recursos humanos na Administração Pública. Já, que nessas unidades terceirizadas haviam também, algumas categorias de trabalhadores sujeitas ao imperativo do concurso.
E,
ainda, o governo da aludida prefeita, alegava a época, que a impossibilidade de
se realizar os concursos públicos, estava na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF),
em face do limite do índice de gasto com pessoal. O que na prática constituía-se,
numa forma disfarçada para se contratar as indicações políticas e os amigos do
poder, em razão da inexistência de DAS suficientes, para atender a todos os
interessados em participar do banquete público.
O
governo Wladimir Garotinho, de acordo com o seu discurso lançado na praça, sinaliza
que a sua gestão, não será nada diferente, do governo da sua mãe. Por ser, um
governo de centro-direita, trazendo no seu bojo, todos àqueles execráveis vícios
do passado. O que não é novidade para ninguém.
Na sua
própria entrevista sobre a criação da nova empresa, ele deixa claro, o seu viés
clientelista natural das velhas oligarquias paroquiais, sem antes de entrar na
prefeitura, no intuito de verificar os dados reais da máquina pública, em que o
prefeito Rafael Diniz, está negando o acesso. Para, depois, então, fazer um profundo
diagnóstico sobre as contas públicas, e com isso, programar, as medidas
cabíveis e necessárias de curto, médio e longo prazo, no sentido de mitigar a crise
fiscal, financeira e econômica do município. O que é lamentável.
Por
fim, quero dizer que esse filme é antigo, e acho que a futura estatal de mão de
obra, será o cabidão de emprego, institucionalizado do governo Wladimir Garotinho.
Vamos aguardar para conferir o final desse processo todo. E viva a nossa cidade!
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