domingo, 27 de outubro de 2019

CHILE PEDE SOCORRO!









Chile país da América Latina em que o produto interno bruto (PIB) cresceu 4% no ano de 2018 totalizando em termos absolutos, aproximadamente, o valor de trezentos bilhões de dólares. Teve na sua expansão econômica a boa desenvoltura dos segmentos econômicos da mineração, da construção civil e o de serviços. E, nos últimos dias enfrentou na suas principais cidades, os maiores protestos da sua história, por conta, simplesmente, do aumento da passagem do metrô.

Na verdade, tal majoração revelou-se como a gota de água do processo de insatisfação social gestado no país há alguns anos, que certamente a qualquer dia iria explodir e denunciar a todo o mundo, a verdadeira face do país que era considerado na América Latina, como o exemplo perfeito da economia liberal de sucesso.

Todavia, em virtude dessa convulsão social, se constatou agora no Chile, o que já se sabia nos bastidores, ao contrário, da mídia capitalista tentar esconder: a crescente concentração de riquezas na mão de poucos, combinado a elevação da desigualdade social. 

Mas, especificamente, podem-se destacar aqui, os casos gritantes envolvendo os aposentados pelo modelo de capitalização previdenciária, implantado, pelos economistas da Escola de Chicago, como a solução viável de ajuste fiscal e aumento da poupança interna para financiar a curva de investimentos da economia do país. E que, o ministro da Economia Paulo Guedes, tentou de forma frustrada pelo Congresso Nacional, replicar no Brasil, de forma insana. Uma grande sorte do povo brasileiro.

Só que um dos fiéis defensores do receituário de austeridade fiscal neoliberal, o mercado financeiro, por exemplo, esqueceu de calcular corretamente os proventos futuros dos aposentados. Como decorrência, desse fato, as aposentadorias no momento do recebimento dos benefícios, vinham ficando abaixo do salário mínimo. Com isso, os filhos e os netos arcavam com o ônus do desequilíbrio evitando, assim deixar os aposentados, em dificuldades financeiras. O que de certa de forma é paliativo.

Tal conjuntura somada à retração dos pequenos investimentos na área da saúde e da educação pública constituiu o combustível perfeito, no desencadeamento da crise social que hoje assola o Chile.

Por fim, o presidente Sebastián Piñera, fez pronunciamento ontem à nação, afirmando rever a sua política econômica injusta e repensar a sua agenda social.  Ainda bem.

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