A
área da saúde pública dos principais municípios da bacia petrolífera de Campos
transformou-se num mercado de bens e serviços, de alto fluxo de renda e exponencial
lucratividade. Por seu turno, sem a devida contrapartida proporcional, no
que tange à prestação de serviços aos usuários e aos contribuintes, dessa
relevante política pública, praticada de forma ineficiente e ineficaz pelos
gestores, dos respectivos governos municipais.
A
guisa de ilustração, no ano de 2017, o volume de renda que circulou no setor da
saúde, desses quatro municípios analisados chegou ao patamar bilionário de R$
1,347 bilhão e no ano de 2018 atingiu o valor de R$ 1,467 bilhão, o crescimento
de 2018 em relação ao ano de 2017 foi de 8,95%, em termos nominais. Como se observa,
um grande negócio, que atrai diversos empresários do ramo, de nacionalidade brasileira
e estrangeira, como a guisa de exemplo, à indústria de remédios e afins.
Todavia,
ao destacar-se, individualmente, tais orçamentos por municípios, no intuito de
oferecer a sociedade, uma maior clareza dos números, verifica-se que, o município de
Campos, no ano de 2017, teve o seu orçamento quantificado em R$ 697,762 milhões
e em 2018, o quantitativo executado financeiramente resultou no valor de R$
773,455. A elevação de um ano em relação ao outro chegou a 10,85%.
Em
Macaé, no ano de 2017, o orçamento da saúde totalizou o numerário de R$ 470,762
milhões e no ano de 2018, a cifra de R$ 480,184 milhões, cresceu 2,13%.
No
município de Rio das Ostras, o orçamento também representou um valor
considerável. No ano de 2017 chegou ao patamar de 90,287 milhões e em 2018 ao
valor de R$ 113,080 milhões.
No
município vizinho de São João da Barra, com um pouco mais de trinta mil
habitantes, o orçamento da saúde foi significativo. No ano de 2017, chegou a R$ 88,993 milhões e
em 2018 a R$ 101,035 milhões, o crescimento foi de 13, 53 %.
Assim,
diante desse contexto, pode-se afirmar embasado nesses astronômicos orçamentos
que, a área da saúde dos municípios da região, constitui-se, num grande e
extraordinário negócio financeiro. Não é por acaso que, o segmento das empresas
prestadoras de serviços e venda de remédios atrelados a administração pública
na região, desconhecem qualquer tipo de crise econômica. Enquanto isso, a população
padece de forma injustificável nas imensas filas de atendimentos dos hospitais
públicos e contratualizados, por conta da precária prestação de serviços,
dessas unidades de saúde. Lamentável.
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