sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Cresce o desemprego na economia de Campos no mês de novembro de 2018 comparado ao mês de novembro do ano de 2017. Infelizmente!


Saldo Líquido Total do Mercado de Trabalho de Novembro de 2081/2017 


fonte: CAGED

Segundo o CAGED de novembro do ano de 2018 a economia de Campos, no mês de novembro do ano de 2018, perdeu 1.532 vagas com a carteira assinada. Neste mesmo recorte de tempo, ou seja, em novembro de 2017, as perdas totalizaram 171 vagas. Reflexos ainda das demissões da economia canavieira.    

Mercado de trabalho de Campos no mês de novembro do ano de 2018, perdeu 1.532 empregos com a carteira assinada às vésperas do Natal, segundo o CAGED




Saldo líquido do Mercado de Trabalho do Mês de Novembro de 2018/2017

fonte: CAGED

Segundo a publicação da pesquisa sobre o mercado de trabalho da economia de Campos realizada pelo CAGED, do mês de novembro do ano de 2018, comparado ao mesmo período do ano de 2017. O saldo líquido total do mês de novembro de 2018 ficou em menos 1.532 empregos formais, enquanto em novembro de 2017, este número atingiu a destruição de 171 vagas.  Os números negativos de 2018 refletem, ainda, as demissões por parte do encerramento da safra do setor sucroalcooleiro, cujo final neste ano, ocorreu mais tarde.

Os segmentos econômicos que perderam postos de trabalho em 2018, foram o da indústria de transformação com menos 467 vagas, o da construção civil com menos 68 vagas e a agropecuária com menos 1.110 vagas. Agora, em novembro do ano de 2017, a indústria de transformação fechou 11 vagas, a construção civil eliminou 110 vagas e o segmento de prestação de serviços ficou sem 159 empregos formais.

Por fim, importa registrar que, apenas, no mês de novembro do ano de 2018, se somarmos os empregos perdidos da indústria de transformação que está ligada a parte fabril das usinas, aos empregos da agropecuária, o agronegócio de Campos, perdeu 1.577 empregos formais. Infelizmente.   


quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Por Alcimar das Chagas Ribeiro




Campos dos Goytacazes perdeu a capacidade de investimento

A análise da gestão orçamentária nos últimos dois anos em Campos dos Goytacazes, não deixa dúvidas de que o município perdeu a capacidade de investimento. A primeira argumentação é porque a queda do preço de petróleo em 2014 e a gestão temerosa do governo anterior deixou sequelas profundas. Me parece que não é bem assim. Realmente a receita de royalties despencou 51,33% em 2015, com base em 2014. Podemos observar no gráfico uma redução do investimento nesse ano e recuperação e 2016, ano de forte crise e queda de mais 53,36% nas receitas de royalties em relação a 2015. Nos anos de 2017 e 2018 (até outubro) as receitas de royalties evoluíram em relação a 2016, mesmo não alcançando o patamar de 2014.
A questão é que o governo atual não conseguiu reduzir as despesas de custeio, mantendo-as no mesmo nível do governo anterior. Nesse caso, o sacrifício foi para o investimento que é a rubrica mais importante, já que garante infra estrutura social e econômica. Também não foi identificado nenhuma politica de médio e longo prazo em beneficio da economia local. O discurso sobre a agricultura não obterá sucesso, pois faltam disgnósticos mais qualificados, assim como, as discussões sobre apoio financeiro a pequenos negócios também são frágeis, já que estão concentradas em um contexto restrito. A visão do desenvolvimento endógeno exige o reconhecimento de certos fundamentos em um contexto amplo e uma visão sistêmica.
O médio prazo é complexo, já que as receitas de royalties não atingirão o patamar anterior a crise e, a ausência de programas efetivos de mudanças, inicializará o governo atual.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Queda do PIB de Campos de 2016 em quase cinquenta porcento, confirma, apenas, a dependência da economia municipal das rendas petrolíferas





Queda de quase 50 % no PIB de 2016 do município de Campos dos Goytacazes (RJ)




Com base na análise do professor Alcimar das Chagas Ribeiro, no seu site Coneflu, relativa aos números do produto interno bruto (PIB) dos municípios produtores e não produtores de petróleo da região, publicado recentemente pelo IBGE.

Pode-se, dizer especificamente, no que tange ao município de Campos, que a queda do PIB municipal de 2016, representou quase cinquenta por cento, quando comparado ao ano de 2014. Ano em que o preço do barril do petróleo, a partir do mês de setembro de 2014, inicia a sua trajetória de queda abaixo do preço de US$ 100 dólares.

Tal movimento confirma, apenas, o que já se havia discutido exaustivamente, nas universidades privadas e públicas, da região, que a partir da conjuntura de redução do preço do barril do petróleo, o PIB de Campos, certamente, sofreria impacto negativo no seu resultado, em razão da descontaminação por parte das rendas do petróleo agregado pelo IBGE, no que se refere ao segmento da indústria. Este fato deixa claro, que a economia de Campos constitui-se, simplesmente, numa economia rentista, ao contrário da economia macaense, que é verdadeiramente a economia do petróleo da região.

As rendas expressivas recebidas pelo município de Campos, no período circunscrito de 1999 a 2014, deixaram certamente de ser convertidas, numa base econômica que pudesse fortalecer a economia real municipal, dentro da perspectiva do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FUNDECAM), para exatamente, a partir do momento, em que o petróleo perdesse fôlego ou escasseasse, a economia do município teria sustentabilidade, através da diversificação da atividade econômica local.

Infelizmente, os gestores públicos que passaram pela prefeitura no período salientado acima, interpretaram de forma diferente, a realidade econômica. Por conta disto e de outras questões inerentes ao processo de desenvolvimento econômico, o município de Campos, vem sofrendo com o seu esvaziamento econômico, responsável pelo alto desemprego de mão de obra e queda da renda agregada. Uma história que jamais será esquecida pela população campista de boa memória.  




Por Alcimar das Chagas Ribeiro



PIB se desmancha na região Norte Fluminense
O IBGE divulgou o Produto Interno Bruto (PIB) municipal de 2016. Analisando os municípios da região Norte Fluminense, podemos confirmar que, como indicador de riqueza, o mesmo não é apropriado para entender a dinâmica econômica, especialmente, dos municípios produtores de petróleo. Na tabela acima, separamos os nove municípios da região em dois grupos: os produtores e os não produtores de petróleo. O primeiro ponto é a dimensão do valor, no primeiro grupo eles são contaminados pela atividade petrolífera que  não tem nenhuma relação com o sistema produtivo local, com exceção de Macaé, que é sede da estrutura empresarial voltada para o setor. No segundo grupo os valores são mais realísticos, por retratar a real movimentação das atividades tradicionais do sistema interno, por isso são extremamente menores.
Uma outra questão é a queda acentuada do PIB nos municípios produtores, em função da crise de 2014 no setor. A retração da atividade com os problemas de corrupção da Petrobras e da queda acentuada no preço do barril de petróleo, gerou um recuo do PIB em Campos de 41,01% em 2015 em relação a 2014 e uma queda de 49,49% em 2016 com relação a 2015. Nesses dois anos o país experimentou uma forte recessão. Os outros municípios (Carapebus, Quissama e São João da Barra) também tiveram fortes quedas.  Observem que as menores taxas de retração ficaram em Macaé. Poderíamos dizer que Macaé sofreu menos? Não, apesar da menor taxa de declínio, o município foi o que mais sofreu, exatamente, por sediar toda a estrutura que se desmanchou com a crise.
Já nos municípios não produtores, observamos uma evolução positiva em Cardoso Moreira em 2016 comparado com 2014, os resultados também são satisfatórios em Conceição de Macabu que cresceu 11,46% em 2015 e 9,68% em 2016.  São Francisco de Itabapoana, basicamente manteve a mesma estrutura, enquanto São Fidélis cresceu nos dois anos depois da crise de 2014.
Como última observação, São João da Barra foi atropelado pelo crise do petróleo em 2014, mas iniciou nesse mesmo ano a fase de operação do porto do Açu. Segundo os números, essa fase tão esperada não conseguiu reverter a situação do município que declinou o seu PIB em 17,13% em 2015 e potencializou a queda para 46,92% em 2016 com relação a 2015.  Difícil!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Da previsão orçamentária de R$ 130,929 milhões para o ano de 2018, o Governo Diniz, investiu de janeiro a outubro de 2018, apenas, R$ 16,365 milhões ou 12,5% do valor previsto. Para que este orçamento tão alto?





Folha de Pessoal X Investimentos da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes

fonte: PMCG

Os gastos da Prefeitura Municipal de Campos, com a sua folha de pagamento de janeiro a outubro do ano de 2018, atingiu o valor de R$ 808,851 milhões, sem o valor relativo da parcela do décimo terceiro de 2018, cujo pagamento, ocorreu no dia trinta de novembro. Todavia, importa salientar, neste quantitativo financeiro encontra-se a parcela do décimo terceiro, referente à última parcela do ano de 2017, pago em fevereiro de 2018. Já a folha de pessoal do ano de 2017, chegou ao valor de 727,807 milhões, em dez meses, também, sem o valor do décimo terceiro, que o Governo Diniz, começou a pagá-lo em dezembro de 2017. O crescimento da folha de 2018 em relação ao ano de 2017 foi de 11,14%.

Agora, no que tange a despesa de capital, especificamente os investimentos, de janeiro a outubro do ano de 2018, atingiu o valor de R$ 16,365 milhões, enquanto neste mesmo período de 2017, os aportes financeiros na rubrica investimento se restringiram, apenas, ao quantitativo de R$ 1,528 milhões.

Pode-se afirmar dentro deste contexto que, os investimentos por parte do poder público municipal, ainda continuam muito baixo, a despeito da previsão da curva de investimentos do orçamento do ano de 2018 está em R$ 130,929 milhões, o gestor municipal atual conseguiu investir, somente, 12,50%. Para que este orçamento tão alto?     

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

No ano de 2018 de janeiro a outubro a arrecadação da prefeitura de Campos melhora em relação a janeiro a outubro do ano de 2017. Que bom.



Arrecadação da Prefeitura Municipal de Campos de Janeiro a Outubro de 2018/2017



fonte: PMCG

O gráfico e a tabela trazem a arrecadação realizada pela Prefeitura Municipal de Campos, de janeiro a outubro de 2018, comparado ao mesmo período do ano de 2017.

Como se verifica, o IPTU cresceu em 2018 8,64%. O ISS aumentou a sua arrecadação em 4,74%. O ITBI elevou o quantitativo arrecadado em 17,85%. O IPVA apresentou queda de 2,86%. O ICMS cresceu no período analisado 10,49%. E o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) teve a sua arrecadação majorada em 5,49%.

Por fim, importa salientar, a arrecadação dos dez meses de outubro do ano de 2018, ficou acima dos valores arrecadados neste mesmo recorte de tempo do ano de 2017. Apenas, o IPVA, apresentou queda de arrecadação. Que bom.   



sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Por Alcimar das Chagas Ribeiro



São João da Barra sofre queda de 34,19% nas exportações esse ano

A receita acumulada de exportação em São João da Barra atingiu US$292,7 milhões em novembro, equivalente 0,9% da exportação total do estado. Na comparação com a movimentação do mesmo período do ano passado, foi contabilizado uma queda de 34,19% em 2018. A exportação está concentrada em tubos flexíveis, que representa 99% do total exportado, tendo como principal destino a Holanda.
Já Itaguaí movimentou US$1.267,78 milhões de exportação no mesmo período, representando 4,1% do volume exportado pelo estado. Desse total 79% são equivalentes a minério de ferro, com destino de 25% para China; 27% para Portugal; 9,3% para o Japão; 6,9% para os Estados Unidos e 6,5% para Barein.
A movimentação de exportação em São João da Barra no período de janeiro novembro desse ano, representou 23,09% do volume movimentado em Itaguaí,

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Em dez meses de execução orçamentário do ano de 2018 em relação ao mesmo período de 2017, o Governo Diniz, reduziu os gastos em 34,19% na Assistência Social e aumentou em 240,35% os gastos na Comunicação Social




Execução Orçamentária de Janeiro a Outubro do Ano de 2018/2017 da Prefeitura Municipal de Campos


Fonte: PMCG

De acordo com o Balanço de Execução Orçamentária da Prefeitura Municipal de Campos, de janeiro a outubro do ano de 2018, comparado ao mesmo período do ano de 2017, os gastos realizados efetivamente pelo Governo Rafael Diniz, nas principais áreas representadas, no gráfico e na tabela, foram os seguintes.

No ano de 2018, o governo gastou na Saúde R$ 612,488 milhões, contra o valor de R$ 570,853 milhões no ano de 2017. Os gastos de janeiro a outubro aumentaram no ano de 2018, 7,29% em relação ao ano de 2017.

No setor da Educação, foram gastos de janeiro a outubro de 2018, o quantitativo financeiro de 255,524. Em 2017 os gastos atingiram o valor de 239,341 milhões. O aumento de 2018 em relação ao ano de 2017 foi de 6,76%.

Na Agricultura, segmento desprestigiado pelo governo municipal, em 2018 se gastou R$ 200,522 mil, enquanto, de janeiro a outubro do ano de 2017 se executou financeiramente do orçamento, apenas, R$ 66,00 mil.

Em relação a política social do governo, a cargo da Assistência Social. Os gastos sofreram significativa redução. No ano de 2018, os valores executados financeiramente, atingiram o patamar de R$ 28,052 milhões. No ano de 2017, este quantitativo ficou em R$ 42,624 milhões. Os recursos destinados pelo Governo Diniz, na área social de janeiro a outubro do ano de 2018, reduziram 34,19%.

O Poder Legislativo campista, aumentou os seus gastos em 2018 em relação ao ano de 2017 em 10,18%, conforme registrado no gráfico e na tabela. E a Comunicação Social, os gastos, também, se elevaram no exercício fiscal de 2018, em relação ao ano de 2017 em 240,35%.

Por fim, acima estão os valores referentes a execução financeira de dez meses do orçamento aprovado pela Câmara Municipal, para viger no ano fiscal de 2018.



Preço do barril de petróleo tipo Brent tem redução de quase trinta por cento, a partir de setembro do ano de 2018 até o mês de novembro




Preço do Barril de Petróleo Tipo Brent de 2014 a Novembro de 2018 

Fonte: investing.com


O preço do petróleo tipo brent, no mês de novembro de 2018, fechou em US$ 58,71. Como se observa, no gráfico e na tabela, ao longo do exercício financeiro do ano de 2018, cujo final já se aproxima, no mês de setembro, o barril de petróleo no mercado mundial teve a sua maior alta, ficando em US$ 82,72.

A partir deste mês, a curva de preço que estava no patamar acima de US$ 70,00, desde o mês de março de 2018, começa agora, a experimentar o seu declínio de 29,03%. Para desespero dos municípios, que ainda mantém a dependência dos royalties e das participações especiais, decorrentes do extrativismo do petróleo. Duro golpe.  

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

PIB da economia brasileira está em ritmo lento



        PIB do  terceiro trimestre de 2018 do Brasil ficou em 0,8%







O produto interno bruto do Brasil (PIB), do terceiro trimestre de 2018 cresceu apenas 0,8%.

Puxado, pelo desempenho positivo da agricultura  de 0,7%. Tal índice sofreu impacto de 25% por conta do crescimento da lavoura cafeeira e de algodão, no período.

A indústria de transformação também ficou positiva em 0,4%, o responsável por este bom resultado, foi o aumento da fabricação de veículos.

O setor de serviços, manteve-se na trajetória de crescimento positivo. Encerrou o trimestre com o índice de 0,3%, alavancado pelos segmentos de transporte, armazenagem e correios que subiram conjuntamente, 2,6%.

A variável consumo, que representa 64% do PIB, teve uma tímida melhora, impulsionada pelo embora ainda claudicante, indicadores de emprego e renda.

Os investimentos tiveram variação de 6,6%, as exportações do país cresceram 6,7%, impulsionadas pela reação das vendas de veículos e as importações, a variação no crescimento chegou a 10,2%.

Com isso pode-se afirmar que, o PIB da economia nacional,  patina,  no que tange a retomada do crescimento econômico. O futuro governo que será empossado em janeiro, terá grandes desafios na esfera econômica. Vamos aguardar!