Apagão
de Mão de Obra
Pesquisa da Pnad Contínua divulgado pelo, IBGE, afirma
que o diploma do curso superior protegeu o brasileiro do fantasma do
desemprego, no período, em que a economia se encontrava em recessão. Este fato
na verdade não constitui nenhuma novidade, uma vez que vivemos na economia do
conhecimento e os recursos humanos que se furtarem a se qualificar, certamente,
estarão fora do jogo da economia de mercado.
O grande problema será no momento em que a atividade econômica voltar a crescer e, no
ensejo, surgir inevitavelmente com ela a necessidade por parte do setor produtivo
de mão de obra qualificada. E o mercado de trabalho não tiver para ofertar.
Essa possível conjuntura negativa sobre o mercado de
trabalho, reside na redução dos recursos financeiros do Fundo de Financiamento Estudantil
(Fies), a partir do ano de 2015, quando ocorreram significativos cortes,
impedindo, com isso, que mais jovens interessados em se qualificar nas universidades
do país tenha diminuído.
Como consequência negativa desta redução do orçamento
do Fies, poderá, sim, futuramente, ocorrer apagão de mão-de-obra na economia do
país, combinado com o aumento da desigualdade social, como bem declarou
especialista entrevistado pelo Jornal O Globo, no dia vinte e cinco de junho. “Segundo especialistas há dois efeitos a médio
prazo. Primeiro, quando a economia reaquecer, haverá um novo apagão de mão de
obra. Segundo, como o financiamento do governo federal foi o que impulsionou a
entrada de mais jovens nas faculdades no começo da década, a maior parte de
baixa renda, há uma tendência de aumento da desigualdade – pois quanto maior a
formação educacional, maior o retorno financeiro do profissional”.
Dura realidade que os futuros governantes do Brasil
deverão enfrentar. Infelizmente.
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