Ontem dia 23 de abril de 2017, o
mundo, presenciou a ascensão do candidato ao cargo de presidente da França,
Emmanuel Macron, conduzido ao segundo turno das eleições, com a expressiva
chance de vitória. O ilustre candidato de trinta e nove anos, considerado a
novidade do processo eleitoral francês, soube captar de forma eficaz o anseio
da sociedade francesa por um rosto novo na vida pública. Apresentou-se como alternativa à direita e a esquerda,
defendo as propostas de liberalismo social e econômico.
Este fenômeno eleitoral parece, não
está distante da realidade brasileira, sobretudo, na atual conjuntura degradante
da política vivida pelo nosso país. Nas últimas eleições municipais, do ano
passado, o povo brasileiro elegeu vários candidatos de rosto novo, seja nas pequenas
cidades, como nos municípios de grandes capitais.
A população talvez tenha cansado não
propriamente da política partidária, mas sim, a maneira antiga e caquética de
se exercer uma das mais nobres ciências, a Ciência Política. Através da prática
nefasta do aparelhamento excessivo do Estado pelas oligarquias regionais, cujo
objetivo único, visa somente privilegiar os grupos econômicos, detentores dos
interesses de auferir vantagens pecuniárias do orçamento público, em detrimento
da população.
O fenômeno francês Macron, certamente
não se pode descartá-lo, nas próximas eleições presidenciais e na de governadores
de Estado, que ocorrerá no ano que vem.
Já temos em algumas das capitais
brasileiras, aqueles candidatos que o marketing político os chamam de outsider
(indivíduo que não pertence a um grupo determinado). Nos primeiros dias de suas
administrações, se apresentaram fazendo malabarismos, como no caso clássico, o do
prefeito de São Paulo, João Dória, vestido de gari numa clara marquetagem no
intuito de tentar passar à sociedade paulista, a imagem do personagem trabalhador,
o humilde e amigo do povo. Mas, sorrateiramente, costurou os acordos devidos e
necessários com os vereadores representantes das forças reacionárias, no
sentido de viabilizar as atuais e futuras ações administrativas. O perigo do
rosto novo na política ronda o mundo. Serão os novos arautos trazendo as velhas
mensagens?
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