A intervenção realizada pela prefeita
Rosinha no sistema de ônibus de Campos constitui-se em ato de oportunismo,
típico de governos populistas em ano eleitoral.
Os problemas do transporte público do
município não começaram com a prefeita, apenas, continuaram, ou melhor dizendo,
se aprofundaram em virtude do governo municipal, implantar o programa da
passagem a um real, sem reestruturar o sistema de transporte coletivo do
município. Numa característica patente de uma “gestora” pública de visão de
curto prazo dos problemas locais.
Só para que a sociedade tome ciência,
as empresas de ônibus do nosso município, receberam da prefeitura em valores
reais atualizados pelo IPCA índice de preço apurado pelo IBGE, até o mês de
novembro de 2015, exatamente, o valor de R$ 223.549.441,69, através do aludido
programa social. Renda transferida do orçamento público municipal, dinheiro do
contribuinte, para que os empresários oferecessem a população campista, serviços
de transporte de alta qualidade. Fato que não ocorreu por conta exclusiva da
leniência e inércia fiscalizatória por parte do poder concedente, a prefeitura
municipal de Campos. Demonstrando com isso a fragilidade e a falta de liderança
política, do grupo que hoje está no poder, em lidar com um setor tão relevante
ao trabalhador.
Ainda não satisfeitos com a volumosa
quantia recebida, esses empresários fizeram lobby junta a prefeita, no sentido do
Fundo de Desenvolvimento Econômico (FUNDECAM), financiar a aquisição de ônibus
novos e com ar condicionado, quando na ocasião conseguiram R$ 100.000.000,00 à
taxa de juros de 6% ao ano, com a justificativa de que a partir deste momento da
renovação da frota, o transporte público de Campos iria melhorar. Algo que infelizmente,
presenciamos agora que resultou apenas em mais um factoide “garotista”, lançado
contra a população campista que vive atormentada, pela falta de transporte público
no município para se locomoverem dignamente.
Obviamente, não foi por conta da falta
de dinheiro público fartamente aportado no setor que ele hoje funciona precariamente.
O dinheiro sempre existiu prefeita, como está provado acima.
Agora, vossa excelência publicar no Diário
Oficial do município, intervenção no referido setor soa no mínimo como mais um
teatro de uma administração desorganizada e sem rumo. Infelizmente! A conta mais uma vez está sendo paga pela
população carente e desprovida de políticas públicas eficazes.
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