O IBGE divulgou hoje a inflação oficial de março medida pelo IPCA, que
ficou em 0,56%. Em fevereiro, o índice havia sido de 1,31%, o que representa
uma desaceleração de 0,75 ponto percentual. Ainda assim, trata-se do maior
índice para o mês de março desde 2023.
A redução da
inflação em março já sinaliza a eficácia da política monetária austera adotada
pelo Banco Central (BACEN), com elevação da taxa de juros para conter a
atividade econômica.
Dos nove
grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, todos apresentaram alta
nos preços no mês, com destaque para Alimentação
e Bebidas, que subiu 1,17% e foi o principal responsável pelo impacto no
índice (0,25 p.p.), respondendo por cerca de 45% do IPCA de março.
Apesar da
recuperação gradual do poder aquisitivo das famílias, o aumento dos preços dos
alimentos segue sendo uma das maiores fontes de incômodo no orçamento
doméstico. Esse cenário gera desconforto e pressiona inclusive a popularidade
do atual presidente da República.
Agora, resta acompanhar os próximos meses para verificar se a chegada da
nova safra agrícola contribuirá para a redução dos preços dos alimentos. Essa é
a expectativa dos agentes econômicos.
O IBGE
divulgou hoje as estatísticas referentes ao desempenho do setor de serviços da
economia brasileira em fevereiro de 2025. Houve um avanço de 0,8% no volume de
serviços em comparação com o mês anterior. No acumulado do ano, o segmento
registra uma expansão de 2,6%, enquanto, no intervalo de 12 meses encerrado em
fevereiro, o crescimento foi de 2,8%.
Dentre as
atividades que mais contribuíram para esse resultado positivo estão telefonia,
alimentação fora do lar, tecnologia da informação, hospedagem e transporte.
Assim, mesmo
diante da elevação da taxa básica de juros pelo Banco Central (BACEN), o país continua
em trajetória de recuperação, impulsionando a geração de empregos e o aumento
da renda da população.
O mercado da
construção civil, segundo o CAGED, no mês de fevereiro de 2025 em comparação
com fevereiro de 2024, apresentou melhoras nas contratações das economias de
Campos, Macaé e Rio das Ostras, com a criação de mais postos de trabalho. Em
contrapartida, a economia de São João da Barra registrou uma retração de 79,07%
na geração de empregos com carteira assinada.
A título de
esclarecimento, em fevereiro de 2024 o saldo líquido foi negativo nos
municípios de Campos, Macaé e Rio das Ostras. Já em São João da Barra, o número
de vagas criadas foi de 127 empregos formais.
Portanto, o
setor da construção civil retoma seu fôlego no que diz respeito à
empregabilidade no início de 2025 na região Norte Fluminense. Uma excelente
notícia!
O mundo
financeiro e dos negócios estremeceu com a ameaça do novo "tarifaço"
do furacão Donald Trump. Ontem, as bolsas de valores ao redor do globo fecharam
em queda após o governo Trump declarar que aumentará ainda mais as tarifas, podendo
dobrar as taxas sobre produtos chineses,
elevando-as em até 104%. Um verdadeiro terremoto econômico provocado por Trump,
símbolo máximo da extrema-direita mundial e da decadência da política
internacional.
Diversos
bilionários de Wall Street, que anteriormente apoiaram Trump, agora se
manifestam contra ele, pois já começaram a sentir os prejuízos causados pelo
“tarifaço”. A expectativa é de uma forte recessão econômica nos Estados Unidos,
com impactos severos em escala global.
O ambiente
de incerteza levou o mundo corporativo a adiar investimentos, afetando
negativamente as bolsas. Um exemplo emblemático é Elon Musk, que perdeu US$ 4,4
bilhões em um único dia, após novas quedas nas ações da Tesla. No acumulado do
ano, a perda já soma US$ 134,7 bilhões.
Musk, que
ocupa um cargo no Departamento de Eficiência do governo Trump para promover
reformas no Estado, confidenciou a colegas, em informação vazada à imprensa,
que pretende deixar o governo. A crise revela o dilema clássico: "apoio o
governo, desde que ele não prejudique meu bolso", o que agora se aplica ao
próprio Musk, que vê seu patrimônio e o de outros bilionários americanos
derreterem.
Enquanto
isso, no Brasil, figuras como os bolsonaristas Tarcísio de Freitas (SP) e Romeu
Zema (MG), aliados ideológicos de Trump, evitam comentar o impacto das tarifas
sobre as exportações da indústria paulista e o setor siderúrgico mineiro. Já
Bolsonaro e seu filho Eduardo seguem ao lado de Trump, mesmo que isso contrarie
os interesses nacionais.
Essa é a
consequência de se votar em extremistas. Nada se constrói pelos extremos, é no
equilíbrio que se encontra o caminho, como ensinava Buda.
Estoque
de mão de obra de janeiro a dezembro de 2023 e 2024 - Campos dos Goytacazes (RJ)
A tabela
apresenta o volume de empregados formais, ou seja, o total de pessoas com
carteira assinada em cada setor da economia de Campos dos Goytacazes (RJ), no
período de janeiro a dezembro dos anos de 2023 e 2024.
De acordo
com os dados, o contingente profissional registrado em 2023 atingiu 79.073
indivíduos. No ano seguinte, esse valor aumentou para 81.950, resultando em uma
elevação de 3,64% nas admissões.
A área que
mais absorveu trabalhadores nos dois anos foi a de serviços, seguida
pelo comércio. Já a agropecuária ocupou a última colocação no
ranking setorial, mantendo-se como a lanterninha na geração de empregos
formais no município.
Diante
disso, é possível concluir que a dinâmica econômica local segue sustentada,
majoritariamente, pelo setor terciário. E quanto à agropecuária de Campos? Continua sendo apenas um elemento retórico
nas campanhas institucionais da prefeitura, uma autêntica quimera.
Campos gerou 14 mil empregos nos últimos 4 anos. A informação foi passada com exclusividade ao J3News na última semana de março, pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, através do setor de indicadores sociais da pasta.
O número foi destacado pelo município como mais positivo da gestão Wladimir Garotinho no primeiro mandato do prefeito (2021-2024). O segmento que mais produziu vagas foi o de serviços.
Coordenador do Núcleo de Pesquisa Econômica do RJ (Nuperj), o professor Alcimar Chagas, pós-doutorado em economia pela UFRJ, analisa o cenário:
“Talvez esta análise possa explicar melhor a economia do município. O setor de serviços tem índice de 47%. Se essas atividades fossem densas em tecnologia seria ótimo, porém trata-se de ocupações de baixa e média escolaridade com baixos salários. O mesmo acontece com o setor de comércio. Com características muito parecidas, concentra 21% do estoque de vínculos. Chama atenção a proporção limitada das atividades industriais, com 10%, e da agropecuária com somente, 2% do total”, pontua. E acrescenta, criticando o baixo investimento público no segmento:
“Como município produtor de petróleo e beneficiário de rendas petrolíferas, o padrão de investimento público tem sido baixo, não favorecendo o fomento à indução de negócios com maior padrão de conhecimento. Por outro lado, as microempresas criadas apresentam perfil de empreendedorismo por necessidade, ou seja, baixo investimento, baixo padrão tecnológico, além de expectativa breve de vida útil”, complementa.
De acordo com o Nuperj, a evolução do índice de dinâmica econômica do município, entre 2019 a 2023, não apresentou indícios de avanço, mantendo um padrão de dinâmica regular e moderada ao longo do período:
“Uma observação interessante é de que Campos tem se apoiado na sua localização estratégica entre as aglomerações econômicas do setor petrolífero, em Macaé, e da estrutura portuária do Açu, em São João da Barra. O fato de contar com estrutura de cidade mais vigorosa, em função da rede de instituições de ensino, saúde, lazer, etc, ‘suga’ parte das externalidades positivas geradas pelas mesmas aglomerações citadas”, conclui o especialista.
Segundo os
dados mais recentes do CAGED, em fevereiro de 2025, em comparação ao mesmo mês
de 2024, o setor de prestação de serviços em Campos apresentou uma retração de
-32,07% no número de empregos formais. Já em Macaé, houve um crescimento de
40,07%, enquanto Rio das Ostras registrou um aumento de 8,10% nas contratações
com carteira assinada. Em São João da Barra, a expansão foi ainda mais
expressiva, com 64,89% de novos postos de trabalho formais.
Diante desse
panorama, observa-se que, entre os municípios analisados no gráfico, apenas
Campos apresentou redução na criação de vagas no período em questão,
evidenciando a vulnerabilidade da sua economia no contexto atual.
Portanto, os
três municípios que registraram avanço no mercado de trabalho em fevereiro de
2025, em relação a 2024, são justamente aqueles com presença significativa do
setor industrial. Isso reforça a importância da indústria como motor essencial
para o crescimento econômico. Sem ela, o desenvolvimento tende a estagnar.
O presidente
da República assinou, nesta quinta-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto,
um decreto que antecipará o pagamento do décimo terceiro do INSS para
aposentados e pensionistas, com depósitos previstos para o final dos meses de
abril e maio. Trata-se de uma excelente notícia para a categoria e para o país.
A medida tem
o potencial de injetar mais de R$ 70 bilhões na economia brasileira e
beneficiar cerca de 35 milhões de pessoas. O anúncio foi feito um dia após a
divulgação da pesquisa eleitoral Genial/Quaest, contratada pelo mercado
financeiro, que indica uma queda na popularidade do presidente.
Entretanto,
a mesma sondagem aponta que, se a eleição presidencial fosse hoje, o presidente
Lula venceria todos os demais candidatos no segundo turno, garantindo assim um
quarto mandato como chefe maior da nação.
Portanto,
prevalece aquela velha máxima: o governo pode até estar mal avaliado, mas se o
candidato for o Lula, ele ainda é considerado melhor do que os demais. E assim,
o eleitor diz: "Eu voto nele". Esse é o comportamento do soberano
eleitor. Vai entender, pessoal!
Foi
publicado o número de pessoas cadastradas, ou em situação de pobreza, no
CADÚNICO do Ministério da Cidadania do Governo Federal, referente ao mês de
março de 2025, nos municípios pertencentes às Bacias Petrolíferas de Campos e
de Santos. Esta última é composta pelas cidades de Maricá, Niterói e Saquarema.
No que diz
respeito a Campos, Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, a pobreza
apresentou redução em março de 2025, em comparação com março de 2024, nas
seguintes proporções: -6,80%, -1,35%, -4,57% e -0,36%, respectivamente.
Já em
relação às cidades hoje consideradas a "rota da fortuna", a pobreza,
em vez de diminuir, como seria esperado
diante dos investimentos e maiores oportunidades, aumentou. Em Maricá, houve um
crescimento de 6,95%; em Niterói, de 3,17%; e em Saquarema, de 3,33%. Um
cenário curioso e contraditório.
Portanto,
chega-se rapidamente à conclusão de que, em alguns casos, o excesso de recursos
pode atrapalhar, como parece ocorrer na
atual conjuntura com os grandes recebedores das rendas do petróleo da Bacia de
Santos.
De acordo
com os dados do CAGED de fevereiro de 2025, comparados aos de fevereiro de
2024, referentes aos empregos no setor comercial dos municípios de Campos,
Macaé, Rio das Ostras e São João da Barra, observa-se o seguinte cenário:
Campos foi o
único município que apresentou saldo líquido negativo nos dois períodos
analisados. Já São João da Barra teve resultado negativo apenas em fevereiro de
2025, o que evidencia certa fragilidade do comércio nessas duas cidades.
Por outro
lado, Macaé e Rio das Ostras apresentaram um ambiente mais favorável para o
setor comercial em ambos os períodos. Esse desempenho positivo está fortemente
atrelado à renda gerada pela indústria do petróleo, que impulsiona a economia
local.
Portanto,
sem o suporte da indústria petrolífera, a atividade do comércio de Macaé e Rio
das Ostras tende a perder tração. Viva a indústria do petróleo!